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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender temporariamente, nesta terça-feira (20), a comercialização de próteses mamárias. A medida, que deve ser publicada no Diário Oficial na quinta-feira (22), prevê também a exigência de uma certificação de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para que possa haver o comércio desse tipo de produto.

Até a resolução de ontem, as importadoras de próteses mamárias precisavam apenas mostrar uma certificação da origem do produto para obter a autorização. No entanto, com a nova medida, o comércio deve ficar suspenso até que o Inmetro defina as regras de coleta de amostras e emissão da nova autorização, que irá avaliar a composição do silicone e a resistência do material.

Além de verificar a qualidade do produto e detectar a presença ou não de metais pesados, ficou estabelecido pela Anvisa que os médicos-cirurgiões passarão a ter obrigação de informar ao paciente sobre a vida útil de cada prótese e os riscos que o implante pode provocar.

 

Próteses PIP e Rofil

As novas resoluções para a importação de próteses mamárias remetem aos recentes problemas encontrados nos produtos das marcas PIP e Rofil, que apresentaram taxas de ruptura do material acima do permitido pela lei. Depois de receber denúncias de pessoas que foram lesadas, a Anvisa optou, no começo do mês, pela suspensão da importação, distribuição e comercialização de próteses dessas marcas.

 

 

Fonte: Agência Brasil

As artes marciais mistas (MMA) têm conquistado uma popularidade cada vez maior não só entre adultos, mas também entre as crianças. No entanto, o estímulo da prática dessa modalidade esportiva no universo infantil é motivo de alerta por parte de especialistas que estudam a estrutura muscular e esquelética.

Segundo José Inácio Salles, coordenador do Laboratório de Pesquisa Neuromuscular do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), a prática de artes marciais que misturam boxe, caratê, judô, entre outras modalidades, pode ser prejudicial na medida em que provoca lesões e consequências para ossos e músculos. "É muito complicado, em um contexto de iniciação esportiva, oferecer tanta diversidade de golpes e técnicas", explica.

De acordo com José Inácio, a prática das artes marciais mistas ainda deve passar por estudos mais aprofundados antes de ser apresentada para crianças. "Acompanhando a carreira dos campeões de MMA, observo que todos começaram com tipos individuais de luta, seja o boxe ou o jiu-jítsu. Só depois optaram por esta categoria mais abrangente", ressalta.

O MMA, que consagrou diversos campeões mundiais do Brasil como Anderson Silva e Júnior Cigano, vem sofrendo resistência no Congresso Nacional. Recentemente, o deputado federal José Mentor (PT-SP) tentou apresentar projeto de lei que proíbe a exibição de lutas da categoria na televisão. No entanto, ainda não há definições sobre o caso.



Fonte: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia

Os laboratórios da Coordenação de Vigilância e Serviços Tecnológicos do Instituto de Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos) desenvolvem, em estágio final, a produção de um novo antirretroviral para crianças de até 13 anos de idade com HIV/Aids. Os estudos, que vêm sendo realizados há cerca de três anos, entrarão na fase de testes clínicos com humanos já no próximo semestre e a expectativa é de que, em até três anos, o medicamento esteja disponível para o público pediátrico.

A iniciativa da Farmanguinhos atende a uma política da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estimula a produção de medicamentos adequados a pacientes com essa faixa etária. A fim de facilitar a adesão das crianças, o novo antirretroviral será de fácil administração e deverá ser dissolvido em pequena quantidade de água para ingestão.

Baseado em três princípios ativos, Lamivudina 30mg, Zidovudina 60mg e Nevirapina 50mg, o novo medicamento em forma de dose fixa combinada terá como benefício a maior adesão ao tratamento, já que, em vez de três comprimidos, a criança poderá tomar apenas um. Além disso, os custos operacionais devem ser reduzidos.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui para a população infantil até 16 tipos de antirretrovirais com diferentes concentrações de acordo com a idade. No entanto, grande parte desses medicamentos não foi testada em pacientes pediátricos e só tem registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adultos ou crianças a partir de determinadas faixas etárias.

 

 

Fonte: Farmanguinhos

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir, em reunião nesta terça-feira (13), se proíbe ou não a venda dos cigarros aromatizados com aditivos como o mentol e o açúcar. No último mês, a Diretoria Colegiada chegou a um consenso a respeito da proibição, mas a discórdia em relação ao acréscimo do açúcar adiou a decisão definitiva para a reunião desta terça-feira.

Em entrevista para o Idmed no mês de fevereiro, o médico pneumologista Dr. Clovis Botelho já alertava para os riscos desse tipo de produto derivado do tabaco. "O aparelho respiratório, diferentemente da nossa digestão ou pele, não está preparado para absorver os aromatizantes contidos nesses tipos de cigarros, que irão agredir as mucosas dos brônquios e causar lesões difusas e imprevisíveis. Além disso, substâncias consideradas inertes podem transformar-se em tóxicas com a queima do tabaco e, ao serem inaladas, essas novas substâncias irão agredir ainda mais nossas células e tecidos orgânicos", explica.

Caso a Anvisa opte pela proibição definitiva, os fabricantes terão até 18 meses para retirar de circulação do mercado nacional todos os cigarros aromatizados. No entanto, a adição do açúcar ainda gera polêmica, já que a combinação das folhas de tabaco sem a substância torna praticamente inviável o consumo.

Na primeira proposta votada em fevereiro, a adição do açúcar não seria proibida imediatamente e teria o prazo de um ano para ser retirada de circulação. Naquela ocasião, Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, optou pelo adiamento da decisão, pois queria mais detalhes a respeito do uso desse tipo de aditivo. 

 

Para saber mais sobre os riscos do cigarro aromático no organismo, clique aqui.

A prática de atividades físicas como alongamento e exercícios aeróbicos pode diminuir a fissura na vontade de jogar em pacientes diagnosticados como jogadores compulsivos. É o que aponta uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), desenvolvida por Daniela Lopes, professora de Educação Física, e orientada pela Dra. Mônica Zilberman.

O estudo, que levou em consideração um programa de exercícios criado por Daniela, foi realizado com pacientes do Ambulatório de Jogo Patológico (PRO-AMJO), do Instituto de Psiquiatria (Ipq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Durante dois meses, além de diminuição da fissura, notou-se também uma melhoria significativa em outros sintomas de jogadores patológicos como depressão e ansiedade.

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram levadas em conta as medições de fissura antes e depois da prática de exercícios, entre eles alongamentos e caminhadas ou corridas leves monitoradas de até 50 minutos. Segundo Daniela, a diminuição dos números foi visível. "A motivação para os exercícios faz com que o nível de fissura seja baixo, ou seja, o desejo de jogar é menor", afirma. "O resultado ainda é mais relevante se for levada em conta a fissura sete dias antes do exercício apontada pelos pacientes, que caiu de 16,2 para 5,9", ressalta, em entrevista à Agência USP de Notícias.

Além de medições de fissura, foram verificados também os níveis de prolactina, que está relacionada à presença de dopamina no sistema nervoso central e influencia a vontade de jogar, assim como os níveis de cortisol, que está ligado ao estresse. No entanto, tais números não foram conclusivos, já que nem todos os pacientes aceitaram fazer tais exames.

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias 

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