A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir, em reunião nesta terça-feira (13), se proíbe ou não a venda dos cigarros aromatizados com aditivos como o mentol e o açúcar. No último mês, a Diretoria Colegiada chegou a um consenso a respeito da proibição, mas a discórdia em relação ao acréscimo do açúcar adiou a decisão definitiva para a reunião desta terça-feira.
Em entrevista para o Idmed no mês de fevereiro, o médico pneumologista Dr. Clovis Botelho já alertava para os riscos desse tipo de produto derivado do tabaco. "O aparelho respiratório, diferentemente da nossa digestão ou pele, não está preparado para absorver os aromatizantes contidos nesses tipos de cigarros, que irão agredir as mucosas dos brônquios e causar lesões difusas e imprevisíveis. Além disso, substâncias consideradas inertes podem transformar-se em tóxicas com a queima do tabaco e, ao serem inaladas, essas novas substâncias irão agredir ainda mais nossas células e tecidos orgânicos", explica.
Caso a Anvisa opte pela proibição definitiva, os fabricantes terão até 18 meses para retirar de circulação do mercado nacional todos os cigarros aromatizados. No entanto, a adição do açúcar ainda gera polêmica, já que a combinação das folhas de tabaco sem a substância torna praticamente inviável o consumo.
Na primeira proposta votada em fevereiro, a adição do açúcar não seria proibida imediatamente e teria o prazo de um ano para ser retirada de circulação. Naquela ocasião, Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, optou pelo adiamento da decisão, pois queria mais detalhes a respeito do uso desse tipo de aditivo.
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