Vida sexual e fertilidade

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Na adolescência, a sexualidade manifesta-se de forma intensa. Nessa fase da vida, repleta de descobertas e experimentações, ocorrem mudanças físicas que incluem alterações hormonais, além de vínculos afetivos que são criados e desfeitos com intensidade e rapidez, como é o caso do famoso "ficar" entre os jovens.

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A vida sexual na terceira idade, por muito tempo, foi um grande tabu, um assunto não comentado e quase que vergonhoso, porém hoje isso tem mudado gradualmente. Segundo a psicóloga Jussania Oliveira, a maior expectativa de vida e até mesmo a mídia, que esclarece e informa a população a respeito da importância da sexualidade para a saúde e qualidade de vida, têm contribuído para a quebra desse tabu. "O sexo sempre esteve associado à juventude, como se apenas esse público, essa fase da vida tivesse 'direito' a exercer sua sexualidade, mas hoje isso mudou bastante e esse tem sido um assunto bastante debatido", diz ela.


O sexo traz muitos benefícios à saúde. "O exercício da sexualidade representa saúde e qualidade de vida. Maior envolvimento afetivo, participação nas atividades do parceiro, companheirismo, troca de experiências, novas descobertas, novas formas de se obter e dar prazer, desenvolvimento da sensibilidade erótica, enfim, o envelhecimento não nos transforma em seres 'assexuados'. Não se não permitirmos, pelo menos", diz ela.


Porém, o passar dos anos traz mudanças na vida tanto da mulher como do homem. Com a menopausa, a mulher deixa de produzir o estrogênio e isso pode causar mudanças significativas em seu corpo e sua sexualidade, tais como: secura vaginal (a lubrificação natural diminui, a mucosa da vagina se torna mais fina, o que costuma causar desconforto durante a penetração), o desejo sexual pode ficar comprometido (diminui), alterações de humor também podem ocorrer, menor elasticidade da pele, insônia, entre outras. No entanto, segundo a psicóloga, conversando com o médico ginecologista é possível encontrar a melhor maneira de tratar esses sintomas e continuar tendo uma vida sexual plena e satisfatória.

No homem também ocorrem mudanças importantes. O estímulo precisa ser mais "direto" e objetivo para se obter reação excitatória (ereção), a ereção não apresenta o mesmo nível de rigidez e duração, o volume de esperma diminui e o jato ejaculatório é menos intenso, o tempo de latência, ou seja, o intervalo entre uma relação e outra, aumenta. Mas, da mesma maneira que para a mulher, atualmente existem várias possibilidades de minimizar esses efeitos, sendo possível manter uma atividade sexual satisfatória e prazerosa.

De acordo com ela, nessa fase da vida a pessoa já sabe o que mais a excita e também conhece bem a parceira, por isso acaba "aperfeiçoando" o toque. "Sempre digo que, com a idade, perdemos em quantidade e ganhamos em qualidade", diz ela. Há mais tranquilidade para se aprimorar e explorar novas possibilidades de sensações eróticas e não há a "obrigatoriedade" da penetração, pois existem várias maneiras de se obter prazer sexual que não exclusivamente pela penetração. Enfim, pode-se desenvolver o exercício da sexualidade com mais prazer e menos obrigações.

A psicóloga salienta que a diminuição hormonal pode alterar a intensidade do desejo e que isso, para as pessoas que nunca tiveram uma vida sexual plena e prazerosa, pode significar a estagnação do sexo precocemente. Já aqueles que vivenciaram uma sexualidade prazerosa irão buscar formas e maneiras de continuarem a vivenciar o prazer e a satisfação em suas relações.

Para aqueles homens que buscam um estimulante sexual, Jussania é enfática ao dizer: é fundamental realizar uma avaliação médica, pois, como qualquer medicamento, tem efeitos colaterais.

Com o avançar da idade, a possibilidade de se desenvolver algumas doenças aumenta significativamente. Por isso, é fundamental ter uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos regularmente e fazer acompanhamento médico (check-up) sempre que necessário. Existem maneiras de se prevenir algumas doenças, mas, se as mesmas já estiverem "instaladas", é necessário buscar tratamento e acompanhamento médico. Cuidar de sua saúde física e mental é fundamental para uma sexualidade saudável e satisfatória.

Outra dica da psicóloga é conversar com o parceiro sobre sexo. Segundo ela, isso é fundamental em qualquer idade e relacionamento. "Não temos a capacidade de adivinhar o que o outro pensa ou deseja. Precisamos perguntar e o outro precisa expressar o que é importante para ele/ela. Saber pedir, mostrar o que gosta e o que não gosta desenvolve intimidade, favorece a relação e ajuda o parceiro a realizar suas vontades para que ambos tenham prazer. Falar sobre sexualidade ainda é um hábito que precisa ser desenvolvido e estimulado. Mas já tem melhorado bastante. Mas ainda temos um longo caminho de trabalho pela frente", diz ela, que completa: "Entender a importância do exercício da sexualidade saudável para sua saúde e qualidade de vida e buscar tudo o que for possível para se sentir capaz de dar e receber prazer, de reconhecer que somos os únicos animais que temos o privilégio de fazer sexo não somente para procriação, mas com o intuito de obter prazer, que a vida fica bem mais divertida e 'colorida' com o sexo e que, longe de precisar ser um atleta sexual, podemos exercitar de forma serena, tranquila, mas muito prazerosa, fará com que a vida seja bem mais leve e fácil de ser vivida", finaliza.

 

 

Jussania Oliveira é psicóloga clínica e sexóloga. Membro da WAS – World Association for Sexology. Autora de livros sobre sexualidade humana.

Consultora da revista Men's Healthy.

www.jussaniaoliveira.psc.br

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