Bebês
O banho do recém-nascido costuma assustar pais de primeira viagem, mas, por outro lado, é um momento de muito carinho entre quem dá o banho e o bebê. O pediatra Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros explica que o banho é uma gratíssima experiência para o bebê. "Após 40 semanas envolvido em líquido, o bebê, após o parto, experimenta outra situação, totalmente desconhecida para ele. Agora ele está em contato com o ar, e sua pele inicia a adaptação para protegê-lo no meio externo. O banho leva o bebê de volta às condições intrauterinas, provocando enorme prazer e relaxamento", diz o pediatra.
Segundo ele, os pais devem aproveitar esse momento mágico do bebê, para lavá-lo, ao mesmo tempo que o acariciam. O pior obstáculo para uma boa relação entre os pais e o bebê é a insegurança.
E quantos banhos a criança deve tomar por dia? Ele explica que, usualmente, se dá um banho por dia. No entanto, em algumas situações, como sujar-se muito às trocas de fraldas, calor forte, ou criança que chora bastante, sem motivos, pode-se apelar para mais banhos por dia, sem limite de quantidade.
O local indicado é aquele em que o bebê se sente mais confortável e no qual ele já esteja habituado, pois retirá-lo do local pode provocar insegurança no bebê.
A temperatura da água deve ser próxima à da pele do bebê, entre 34 e 36°C.
E muitas mães ficam em dúvida se devem ou não usar uma esponja. Segundo o Dr. Sylvio, a lavagem com as mãos, além de dar mais segurança à mãe, através da sensação do tato, tem ainda a vantagem de funcionar como carinho, o que é extremamente agradável e relaxante para o bebê.
Entre os cuidados a serem tomados durante o banho, o principal é jamais deixá-lo só na banheira, tendo a cautela de estar com todos os ingredientes necessários para o banho ao alcance da mão e da vista. Evitar jogar água nos olhos do bebê também é uma forma de proteção.
O bebê deve ser mantido em posição de banho sentado na banheira (atualmente existem banquinhos não escorregadios para ajudar a sustentação), com a mão materna segurando em suas costas, o mais próximo possível da região da nuca. Com a outra mão lava-se e enxágua-se o bebê. Principalmente nos primeiros banhos é imprescindível a ajuda de um terceiro, de preferência o pai, para dar o apoio e conforto necessário à mãe. Ou mesmo substituí-la em alguns dos banhos, para que ela diminua sua carga de trabalho e de preocupações do período pós-natal.
O ideal é que os pais utilizem sabonete neutro, de preferência de glicerina, sem ou com o mínimo de perfume, para evitar quadros alérgicos extremamente comuns em bebês que utilizam produtos mais perfumados ou sabonetes não indicados para sua faixa etária.
"Vale a pena ressaltar que uma das maiores causas de choro do bebê é ansiedade e medo do novo mundo que a criança acaba de conhecer. O banho é realmente uma volta ao útero, ficando a criança em meio líquido, sendo tocada por sua mãe, ouvindo a voz materna que ela já reconhece bem. Isso relaxa o bebê, dando-lhe tranquilidade", finaliza ele.
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro "Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses", é médico formado pela Faculdade de Medicina do ABC. Especializou-se em pediatria na Unifesp/EPM, obtendo em seguida título pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Curso de especialização prática pela General Pediatric Service da University of California - Los Angeles (Ucla). Atuou por quase 30 anos no Pronto-Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo. Hoje atua em seu consultório, a MBA Pediatria.
Com este calor que tem feito no Brasil todo, os pais devem ter cuidado redobrado com a pele dos bebês. Isso porque os bebês ainda estão na fase de formação das defesas do organismo aos processos alérgicos, portanto, a pele deles é mais sensível do que a dos adultos.
E se você acha que basta passar o protetor solar na criança e pronto, ela já está pronta para ir à praia, você está enganado, principalmente se o bebê tiver menos de seis meses.
Segundo a dermatologista Carla Bortolo, antes dos seis meses de idade é melhor evitar qualquer tipo de ativo químico na pele, seja ele protetor solar ou até um perfume. É aconselhável apenas o uso de um sabonete com o pH fisiológico para a higiene corporal. "No verão é melhor não expor crianças abaixo de seis meses de idade a temperaturas elevadas, ambientes com muita radiação solar e evitar também mergulhos em piscinas ou praias, pelo motivo de ainda estarem em fase de adaptação", diz ela.
A dermatologista explica que a partir dos seis meses as mamães já podem aplicar protetor solar na pele dos bebês, mas desde que seja específico para crianças. Além do uso do protetor solar, é necessário usar roupas e chapéus com tecido adequado e específicos, que ofereçam proteção solar. E, claro, evitar o sol diretamente na pele, em especial entre as 10h e as 16h, que é quando está presente também a radiação ultravioleta do tipo A.
E como escolher o protetor solar? A dica da dermatologista é procurar aqueles que informam na embalagem que são específicos para crianças. Se não encontrar um desses, o ideal é procurar pelos protetores que são 100% físicos, ou seja, aqueles que têm componentes como óxido de zinco e dióxido de titânio. Ele deve ser aplicado antes de expor a criança ao sol e deve ser repassado a cada duas horas.
Dra.Carla Bortoloto, médica especializada em dermatologia clínica e cirúrgica.
Quem tem bebê em casa sabe bem que no início da vida deles é comum que chorem bastante. Inúmeras são as causas desse choro: eles podem estar com calor, com frio, com fome ou sede, com medo, angustiados e, também, podem estar com as famosas e chatinhas cólicas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou uma campanha para inibir o uso de andador por bebês. De acordo com ela, a cada ano são realizados cerca de dez atendimentos nos serviços de emergências para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização.
Muitos bebês apresentam, ao nascerem, manchas na pele, ou as chamadas manchas "de nascença". De acordo com o dermatologista Adriano Almeida, as manchas congênitas podem ter diversas causas. "Podem ser pigmentares, acastanhadas, como os nevos, existindo lesões extensas como o nevo de Becker até pequenas lesões do tamanho da cabeça de um alfinete", explica ele.