Saúde emocional
Toda família conhece a história. Os filhos crescem e em determinada idade deixam a casa dos pais para construir uma vida independente. Na casa que antes era cheia de vozes, o silêncio passa a reinar. Não tem como evitar, este é o ciclo da vida. É comum o casal ter muita dificuldade para lidar com essa mudança, e é nesse momento que surge a chamada "Síndrome do Ninho Vazio".
Segundo a psicóloga Solange Bittencourt Quintanilha, ela se caracteriza pelo sentimento de solidão, vazio, tristeza, irritação e depressão que muitos pais sentem com essa nova fase da vida. "Embora muitos pais sejam também afetados, é uma fase complicada principalmente para as mulheres que passaram toda a sua vida dedicando-se exclusivamente aos filhos. Quando eles vão embora, elas perdem o chão, sentem um enorme vazio, e não conseguem lidar com esse ritual de passagem", explica ela. Esse sofrimento, às vezes devastador, acaba ganhando proporções prejudiciais à vida, quando não se consegue lidar com essa perda. A saudade pode virar angústia, crises de ansiedade e podem surgir sintomas ou adoecimento. "Nada vai substituir a saída dos filhos, mas é preciso entender que a fase da vida mudou e se a pessoa não buscar outras fontes de prazer ela pode desenvolver muitas e até um somatório de doenças. Não é para ignorar os sintomas, mas sim aceitar a dor, aceitar a saída do filho, se adaptar a essa mudança e dar novos sentidos para a vida", diz a psicóloga.
Há ainda um agravante para as mulheres já maduras: a menopausa. O período do climatério, culminando com a menopausa, afeta muito a mulher. As mudanças hormonais aumentam a suscetibilidade às oscilações de humor, à depressão e outros sintomas. Sua autoestima diminui e ela sente-se muito fragilizada emocionalmente. Nesse momento, ela precisará muito da compreensão do marido e também dos filhos. É necessário que eles entendam que não é questão de egoísmo ou excesso de amor, é que realmente um ciclo significativo da própria vida, cheio de realizações e boas lembranças, está se encerrando, e surge o medo do vácuo.
"Se tanto a mãe quanto o pai se sentem realizados profissionalmente, e não estruturaram suas vidas apenas em torno dos filhos, fica muito mais fácil lidar com essa nova etapa da vida. Assim, podem enriquecer suas vidas, usufruindo da maior liberdade com passeios, viagens, cursos, danças, hobbies, ampliar a vida social, ter atividades físicas, fazer tudo aquilo que lhes dá prazer", diz Solange.
Um ponto de vital importância nessa nova situação é a constatação da significativa influência e mudança na vida conjugal. Muitos conflitos aparecem quando os cônjuges só se dedicaram aos filhos e não ficaram atentos às necessidades do(a) parceiro(a), não cultivaram a relação a dois durante toda a vida.
Com o ninho vazio, os problemas que antes estavam adormecidos aparecem, os dois ficam muito mais expostos um para o outro. Se o casal não estiver preparado, o relacionamento complica e pode até acabar. É muito importante que cada um procure se sentir bem consigo mesmo e reconhecer seu próprio valor, antes de qualquer coisa, para depois lutar pelo relacionamento.
Faz-se necessário um resgate, investir de verdade cuidando da relação, reconstruindo a parceria e a cumplicidade. Precisa haver paciência, compreensão, apoio, companheirismo e afeto de um para o outro. Enxergar que é uma boa hora para reaquecer o relacionamento e que ambos podem se alimentar dessa troca de amor e carinho.
Solange Bittencourt Quintanilha - Psicóloga Clínica, Psicóloga Médico-Hospitalar, Psicanalista, Psicóloga Motivacional.
Você conhece algum amigo ou tem algum parente que é muito consumista e compra, compra, compra sem parar? Saiba que isso pode ser uma doença.
Você já ouviu falar em terapia de casal? Até pouco tempo atrás, ela era desconhecida e sofria um certo preconceito das pessoas, que acreditavam que o método não funcionaria. Hoje, o preconceito vem diminuindo e a psicóloga Marina Vasconcellos explica que muito disso se deve à mídia, que aborda o tema em programas, novelas e filmes.
O nascimento de um filho é um momento importante e feliz na vida de uma mulher, porém, muitas sofrem com a depressão pós-parto. Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, cerca de 10 a 15% das puérperas apresentam sintomas da doença. "Se há antecedentes psiquiátricos na família, a mulher está mais propensa a desenvolver a doença, necessitando de um acompanhamento médico bem mais próximo e cuidadoso que o normal", explica ela.
Você se sente esgotado emocionalmente em relação à sua profissão? Trabalha fazendo algo em que não acredita mais valer a pena? Faz algo que não lhe dá prazer e sente-se muito frustrado com isso? Atenção: você pode estar sofrendo da síndrome de Burnout.