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A fim de evitar que casos como o do implante mamário da marca francesa PIP e da holandesa Rofil se repitam, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, juntamente com a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reuniram-se ontem (11) para discutir sobre a avaliação das próteses mamárias de silicone no país. Além disso, foi debatido como serão feitos os exames e procedimentos cirúrgicos e atendimentos às mulheres que utilizam os implantes das marcas mencionadas.
“Precisamos ter uma reavaliação. Houve uma falha no critério de avaliação. O cirurgião plástico foi tão surpreendido quando a paciente”, afirmou Luciano Chaves, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a Anvisa, os casos em que o tratamento cirúrgico de substituição das próteses forem necessários, estes serão considerados como cirurgias reparadoras. “O entendimento do Governo é de que a ruptura da prótese implica uma cirurgia reparadora que pode ser feita no SUS, como qualquer cirurgia reparadora. No caso de necessidade, haverá uma substituição da prótese”, explicou Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa.
Será criado um cadastro com os nomes de todas brasileiras com implantes de silicone nos seios, onde os médicos registrarão dados como a data da cirurgia e a prótese utilizada. A Anvisa, em nota à sociedade, afirmou que os portadores das próteses PIP e Rofil desde 2004 serão chamados para avaliação clínica nos serviços de saúde. As mulheres que não apresentarem problemas em suas próteses terão um acompanhamento específico para que, caso sejam detectadas alterações dos implantes, o diagnóstico seja feito o mais breve possível.
Uma nova reunião entre as sociedades médicas e o Ministério da Saúde será realizada em Brasília na próxima quarta-feira, dia 18, para que sejam criadas diretrizes para os acompanhamentos às pessoas com as próteses fraudadas.
Fonte: Agência Brasil e Anvisa
Um estudo realizado pela Universidade de Copenhagen sugere que um hormônio intestinal que supre o apetite leva à perda de peso benéfica e reduz a pressão arterial e os níveis de colesterol. A pesquisa foi publicada no British Medical Journal.
De acordo com a publicação, o hormônio GLP-1 é secretado pelo intestino quando comemos. Recentemente, a GLP-1 terapia foi introduzida como um novo tratamento para pacientes com diabetes tipo 2 por conta de sua capacidade de regular os níveis de açúcar no sangue. É considerada uma alternativa interessante no tratamento da obesidade pois diminui a ingestão alimentar e o apetite.
Os pesquisadores descobriram que pacientes que receberam doses clinicamente relevantes da substância por pelo menos 20 semanas alcançaram uma maior perda de peso em comparação ao grupo de controle. O resultado foi observado em pacientes com e sem diabetes tipo 2.
Apesar dos resultados satisfatórios, efeitos colaterais foram notados, como náuseas, vômitos e diarreia. No entanto, isso não foi suficiente para que os pacientes abandonassem os testes – o que sugere que a satisfação do paciente com o tratamento é alta.
Fonte: British Medical Journal
A partir do dia 1º de janeiro deste ano, entrou em vigor a Resolução Normativa nº 262 que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. A norma, publicada em agosto de 2011 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), determina que as operadoras de planos de saúde deverão oferecer cerca de 60 novos procedimentos aos consumidores de planos novos (contratados após janeiro de 1999) ou adaptados à legislação.
O Rol de Procedimentos é a listagem mínima de consultas, cirurgias e exames que um plano deve oferecer. O novo rol foi elaborado com a participação de um Grupo Técnico composto por representantes da Câmara de Saúde Suplementar, que inclui órgãos de defesa do consumidor, representantes de operadoras e de conselhos profissionais, entre outros.
Novidades
Cirurgia por vídeo: São 41 novas cirurgias cobertas por este método. Esse tipo de procedimento é menos invasivo que o convencional.
Exames: Os consumidores terão acesso a mais 13 novos exames, incluindo a análise molecular de DNA dos genes EGFR, K-RAS, HER-2 e dosagem quantitativa de ácidos graxos de cadeia muito longa para o diagnóstico de erros inatos do metabolismo (EIM).
Promoção à saúde e prevenção de doenças: Ampliados os números de consultas para nutricionistas e as indicações para terapia ocupacional.
Novos tratamentos: Terapia imunológica endovenosa para tratamento de artrite reumatoide, artrite psoriática, doença de Crohn e espondilite anquilosante.
Novas tecnologias: Destaque para o tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico, angiotomografia coronariana, implante de anel intraestromal.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar
Os níveis elevados de açúcar no sangue estão associados a um maior risco de câncer colorretal. Isso é o que sugere um estudo conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos. Foram analisadas 5.000 mulheres que já haviam passado pela menopausa. Os resultados foram divulgados na edição on-line do British Journal of Cancer.
Neste estudo, as mulheres inscritas no Instituto Nacional de Saúde passaram por medições nos níveis de açúcar e insulina do sangue por 12 anos. Ao final desse período, 81 delas haviam desenvolvido câncer colorretal.
Resultados
Os pesquisadores descobriram que mulheres que tinham o nível de glicose mais alto no sangue apresentaram duas vezes mais chance de desenvolver o câncer quando comparadas com outras mulheres com níveis mais baixos. Nenhuma associação entre os níveis de insulina e o risco da doença foi encontrada.
Esses resultados vão contra o que muitos pesquisadores acreditavam. A obesidade, normalmente acompanhada por níveis elevados de insulina e glicose, é um fator de risco para o câncer colorretal. Os pesquisadores já suspeitavam que a influência da obesidade no risco desse tipo de câncer decorre dos níveis elevados de insulina que ela causa. Mas o estudo sugere que o impacto da obesidade sobre esse tipo de câncer pode ser devido a níveis elevados de glicose.
"O próximo desafio é encontrar o mecanismo pelo qual os níveis de glicose no sangue cronicamente elevados podem levar ao câncer colorretal", diz Geoffrey Kabat, epidemiologista e principal autor do artigo. "É possível que níveis elevados de glicose estejam ligados a níveis aumentados de fatores de crescimento e fatores inflamatórios que estimulam o crescimento de pólipos intestinais, alguns dos quais mais tarde se transformam em câncer."
No Brasil
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2009 ocorreram 12.471 mortes, sendo 5.847 homens e 6.624 mulheres.
Fonte: Faculdade de Medicina Albert Einstein
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard descobriu, com a ajuda de um grupo de 75 voluntários, que o consumo de uma porção de sopa enlatada por dia, durante cinco dias, representou 1.221% a mais da substância Bisfenol-A (BPA) na urina quando comparado a outro grupo que consumiu sopas com ingredientes frescos no mesmo período.
Esse estudo é um dos primeiros a quantificar os níveis de Bisfenol-A em alimentos enlatados. Os resultados dessa pesquisa foram publicados no Journal of the American Medical Association (JAMA).
"Estudos anteriores ligaram os níveis de Bisfenol-A aos efeitos adversos à saúde. O próximo passo foi descobrir como as pessoas estão expostas a essa substância. Já sabemos que bebidas armazenadas em recipientes plásticos rígidos podem aumentar a quantidade de BPA no organismo. Esse estudo sugere que os alimentos enlatados podem representar uma preocupação ainda maior devido à sua ampla utilização", explica Jenny Carwile, uma estudante de doutorado no Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Harvard e principal autora do estudo. Testado em animais, o BPA mostrou colaborar com doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade.
Situação no Brasil
Vale lembrar que, após ser aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) em 2010, o projeto do senador Gim Argello (PTB-DF), que proíbe a comercialização ou distribuição gratuita de mamadeiras e chupetas que contenham a substância química Bisfenol-A, foi colocado em prática em Piracicaba, interior de São Paulo.
A cidade, que é a primeira a proibir o ato, seguiu os passos de países como Canadá, Costa Rica e Dinamarca, que vetam a substância na fabricação de produtos que armazenam alimentos e bebidas e são destinados a crianças. O projeto concedeu aos fabricantes, distribuidores e comerciantes um prazo de 120 dias para se adequarem à proibição.
Clique aqui e confira a entrevista com o pediatra Jairo Len, que explica os malefícios que essa substância pode causar.