Notícias

Segundo um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, pessoas que têm a pele clara e evitam a exposição ao sol são duas vezes mais propensas a sofrer de deficiência de vitamina D. A pesquisa analisou cerca de 6.000 pessoas. Surpreendentemente, foi descoberto também que o filtro solar utilizado por elas não afetou significativamente os níveis sanguíneos da vitamina, já que elas podem ter utilizado muito pouco ou raramente.

A análise representa mais um debate em relação a como equilibrar os perigos da exposição excessiva ao sol e a necessidade de se ter níveis adequados de vitamina D no organismo, que acabam evitando doenças ósseas como a osteoporose e o raquitismo. A vitamina D é produzida pela pele em resposta à exposição aos raios da luz solar. Níveis baixos podem causar o enfraquecimento dos ossos e colaborar com o surgimento de outras doenças crônicas, como o câncer. Pequenas quantidades de vitamina D podem ser adquiridas na ingestão de leite fortificado, cereais e peixes, como o salmão e o atum.

"Essa é uma questão complexa, mas cada paciente precisa se adaptar às recomendações e passar a utilizar protetores de acordo com o tipo de pele e estilo de vida", diz Eleni Linos, dermatologista e autora do estudo.

 

Resultados

Os pesquisadores descobriram que pessoas com a pele clara que evitaram o sol com roupas ou permaneceram na sombra tinham os níveis sanguíneos de vitamina D menores (cerca de 3,5 nanogramas por mililitro) se comparadas ao grupo que não apresentou esse comportamento. Em contraste, a associação entre o sol e os níveis da vitamina em pessoas com a pele mais escura não foi significativa – elas apresentavam cerca de 14,5 nanogramas por mililitro de vitamina. "Isso pode ser explicado pela pigmentação da pele, que atua como protetor solar natural", explica Eleni. Eles também chegaram à conclusão de que, embora 40% dos participantes fossem deficientes em vitamina D, esse número aumentou para 56% entre aqueles que se protegiam do sol com roupas ou que ficavam na sombra.

 

 

Fonte: Escola de Medicina de Stanford 

 

Perder peso reduz os fatores de risco para muitas doenças, especialmente as cardiovasculares e o diabetes tipo 2. Com a redução de 10 quilos, por exemplo, ocorre a diminuição da pressão arterial. A perda de peso também reduz o açúcar no sangue e melhora os níveis de colesterol.

Agora, parece que há mais um novo benefício aliado à perda de peso: a redução da incontinência urinária em mulheres que estão acima do peso ou obesas. Em um estudo financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, a perda de peso moderada em um grupo de mulheres que fez uma dieta de seis meses aliada a programas de exercícios diminuiu a frequência dos episódios de incontinência urinária pela metade.

A incontinência urinária afeta mais de 13 milhões de mulheres americanas. Ela não só causa transtorno e estresse emocional, mas também aumenta o risco de quedas e fraturas. A obesidade tem sido associada com perda urinária em mulheres, mas até agora tem havido pouca pesquisa para confirmar que perder peso poderia ajudar a reverter o problema – ou sugerir o quanto a perda de peso seria necessária.

 

O estudo

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, trabalharam com 338 mulheres com sobrepeso ou obesas (idade média de 53 anos) que sofreram com problemas urinários pelo menos 10 vezes por semana. As participantes foram aleatoriamente designadas para um programa intensivo de dieta, exercício e modificação comportamental ou para um grupo controle que foi instruído sobre os benefícios da perda de peso, exercícios e alimentação saudável, mas não recebeu treinamento para ajudá-las a modificar seus hábitos.

No início do estudo, as participantes receberam folhetos de autoajuda para controle da bexiga e completaram diários de sete dias em que identificaram episódios de incontinência, como a urinária de esforço (perda de urina ao tossir, espirrar, esforço ou exercício), incontinência de urgência (perda de urina após sentir uma necessidade repentina de urinar) ou outras.

O grupo de perda de peso se reuniu semanalmente durante seis meses em sessões de uma hora lideradas por especialistas em exercícios, nutrição e mudança de comportamento. Elas receberam uma baixa caloria (1200-1500 calorias por dia), tiveram uma dieta de baixo teor de gordura e aumentaram gradualmente a intensidade de atividade física até pelo menos 200 minutos por semana. As participantes do grupo controle se reuniram quatro vezes em sessões de uma hora.

 

Resultados da investigação

Depois de seis meses, as mulheres do primeiro grupo tinham perdido uma média de 17 quilos e tiveram 47% menos episódios de incontinência urinária; as participantes do segundo grupo perderam uma média de 3 quilos e 28% relataram menos episódios de incontinência.

Os pesquisadores reconheceram que suas descobertas podem não se aplicar a todas as mulheres. No entanto, o estudo sugere fortemente que a perda de peso reduz episódios de incontinência, possivelmente reduzindo a pressão sobre a bexiga e do assoalho pélvico. Compreender isso pode ajudar as mulheres preocupadas com as perdas urinárias a procurar a ajuda devida.

 

 

Com informações de Harvard Medical School.

 


Um estudo ampliado, considerado um dos maiores já feitos sobre o assunto, não encontrou ligação entre o uso prolongado de telefones celulares e um maior risco de desenvolvimento de tumores cerebrais. A informação é de um estudo publicado na revista científica British Medical Journal.

Cientistas dinamarqueses não encontraram evidências de um risco maior entre mais de 350 mil donos de telefones celulares analisados por 18 anos. Pesquisas anteriores sobre uma possível relação entre o uso de celulares e tumores cancerígenos tinham sido inconclusivas, parcialmente devido à falta de dados de longo prazo.

Em junho deste ano, a IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer), da OMS (Organização Mundial da Saúde), classificou a radiação dos celulares como "possivelmente cancerígena para humanos". O novo estudo é a sequência de uma pesquisa anterior, que comparou o risco de câncer enfrentado por todos os utilizadores de telefonia celular na Dinamarca – cerca de 420 mil pessoas – com o restante da população adulta.

Patrizia Frei, pesquisadora de pós-doutorado da Sociedade Dinamarquesa de Câncer, e colegas examinaram registros de saúde entre 1990 e 2007 de 358.403 donos de celulares. No total, foram diagnosticados 10.729 tumores do sistema nervoso central. Porém, entre as pessoas que fizeram uso mais prolongado do telefone celular – 13 anos ou mais –, as taxas de câncer foram quase as mesmas das que não faziam uso do aparelho. "O acompanhamento estendido nos permitiu investigar os efeitos nas pessoas que utilizaram telefones celulares por dez anos ou mais, e esse uso de longo prazo não esteve associado com riscos maiores de câncer."

As descobertas, no entanto, não descartaram a possibilidade de um "risco pequeno a moderado" para usuários muito intensos ou pessoas que utilizam os aparelhos por mais de 15 anos.

Anders Ahlbom e Maria Feychting, do Instituto Karolinska, da Suécia, disseram que a nova evidência é tranquilizadora, mas pediram monitoramento contínuo dos registros de saúde.

 

 

Fonte: British Medical Journal

 

No dia 22 de novembro será lançado em São Paulo o Programa Doadores de Sabedoria. A iniciativa abre a pessoas que vivenciaram ou se encontram em situações limite em função de doenças graves como o câncer a oportunidade de compartilhar suas vivências e aprendizados. O objetivo é valorizar a importância da vida plena, da atenção ao próximo, e do autocuidado com a saúde física, mental e espiritual.

A iniciativa, idealizada por Luiz Fernando Brandão, da consultoria in futuro, e viabilizado por Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, e por Karen Worcman, diretora do Museu da Pessoa, reunirá depoimentos, que serão contados por meio do programa 'Conte sua História', do Museu da Pessoa (espaço expositivo e estúdio aberto para que toda e qualquer pessoa possa gravar sua história ou indicar alguém) e ficarão disponíveis no site do programa (www.doadoresdesabedoria.com.br), do Instituto Oncoguia, da in Futuro e na página do Museu.

"Receber o diagnóstico do câncer não é fácil pra ninguém, mas acontece a todo o momento e com qualquer pessoa", afirma a psico-oncologista Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. "Essa situação limite gera reflexões profundas sobre a vida e torna-se uma fonte preciosa de sabedoria, que merece ser compartilhada", completa.

"Nossa intenção com o Doadores de Sabedoria é ouvir pacientes, familiares, amigos que passaram por esta situação, eternizar seus aprendizados e dividir com milhares de pessoas, pela Internet, redes sociais e no próprio espaço do Museu", acrescenta a diretora do Museu da Pessoa, Karen Worcman. "Buscamos um mundo mais justo e democrático, baseado na história de pessoas de todos os segmentos da sociedade", completa Worcman.

"Hoje o câncer não é uma sentença de morte. É uma doença que pode ser curada", conta Ivani Rossi, paciente curada de um linfoma, em sua 'doação' ao Doadores de Sabedoria. Os depoimentos também serão divulgados nas mídias sociais, Twitter e Facebook, além de sites e blogs, por meio de 'pílulas de sabedoria', trechos das declarações que serão disseminadas na Internet para provocar o envio de novas histórias e para mobilizar os internautas a favor da causa e de uma vida melhor.

A oportunidade de registrar suas vivências, além de dar um sentido maior à intensa experiência individual é o que define Luiz Fernando Brandão, da consultoria in Futuro. "O Doadores de Sabedoria vai beneficiar muitas pessoas e estimular os cuidados com a saúde física, mental e espiritual", afirma.

 

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, e pela Breakthrough Breast Cancer revela a semelhança dos genes que causam o câncer de mama em homens e em mulheres. A pesquisa também identifica algumas diferenças que podem potencializar e indicar os tratamentos mais adequados. Os resultados foram publicados na revista PloS Genetics.

A equipe analisou 433 casos de câncer de mama masculino e avaliou os 12 genes mais comuns que contribuem para o surgimento da doença em mulheres. Os pesquisadores mostram que cinco desses genes afetam significativamente o risco também em homens, apesar do grau de ocorrência ser diferente entre os sexos.

O câncer de mama em homens é raro. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2008, 125 pessoas morreram devido à doença no Brasil. Já o número de mulheres é bem mais elevado: 11.735 mortes causadas pela doença. Segundo Dr. Nick Orr, autor do estudo, é preciso entender se a biologia do câncer de mama no sexo masculino é essencialmente o mesmo que o das mulheres ou se há diferenças. "Os resultados dão origem a tratamentos adequados para esses tipos de pacientes", explica.

Os pesquisadores acreditam que os resultados também podem colaborar com a melhora no atendimento das causas genéticas do câncer de mama em mulheres.

 

 

Fonte: Instituto de Pesquisa do Câncer  

Publicidade