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O Diário Oficial da União publicou, nesta segunda-feira (14), os critérios do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a interrupção da gravidez de anencéfalos (fetos que tiveram má- formação do tubo neural). A medida ocorre 32 dias após a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para a interrupção desse tipo de gravidez.

Segundo o texto do Diário Oficial, a interrupção só poderá ocorrer após um detalhado exame ultrassonográfico, feito a partir da 12ª semana de gestação, assinado por dois médicos e realizado em local adequado. A medida serve como forma de comprovar o diagnóstico inequívoco de anencefalia, além de exigir que o médico zele pelo bem-estar da paciente.

Formada por profissionais especialistas em ginecologia, obstetrícia, genética e bioética, a comissão que definiu as normas e regras para o procedimento foi criada pelo CFM um dia após a decisão do STF. De lá para cá, foram discutidos diversos aspectos, que segundo a resolução deixarão a gestante livre para decidir se quer manter ou não a gravidez.

Ainda de acordo com o texto elaborado pelo CFM, devem ser feitas distinções entre a interrupção da gravidez, aborto e aborto eugênico, aquele que visa o melhoramento da raça. "Apesar de alguns autores utilizarem expressões 'aborto eugênico ou eugenésico' ou 'antecipação eugênica da gestação', afasto-as, considerado o indiscutível viés ideológico e político impregnado na palavra eugenia", explica o relator do processo e ministro Marco Aurélio Mello, em palavras reproduzidas no texto da resolução.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Os números do diabetes no país cresceram nos últimos anos e são maiores entre as mulheres. É o que indica o estudo da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que levou em consideração o período entre 2006 e 2011. Segundo os dados da pesquisa, o percentual da doença em homens subiu de 4,4% para 5,2%, número ainda inferior ao das mulheres (6%).

Além de analisar o perfil da doença por sexo, o levantamento da Vigitel coletado nas 26 capitais e Distrito Federal verificou que o diabetes é mais recorrente em pessoas com menor escolaridade: 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo, enquanto 7,5% daqueles que têm até oito anos.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os resultados apresentados pelo estudo da Vigitel apenas comprovam a importância do acesso à informação no que diz respeito à prevenção. "É de extrema importância o fortalecimento de ações de prevenção e melhoria na qualidade da educação, além da expansão do diagnóstico e do oferecimento de medicamentos gratuitos", ressaltou.

Outra faixa da população que viu a incidência do diabetes aumentar foi a de idosos, que atingiu 21,6% entre os maiores de 65 anos. Já a faixa etária entre 18 e 24 anos apresentou o menor número, com apenas 0,6%.

Dentre os principais fatores de risco para o crescimento da doença no país, o levantamento da Vigitel apontou o aumento da população idosa, assim como o crescimento da obesidade e das pessoas com excesso de peso. Por fim, contribuiu ainda o aumento do diagnóstico da atenção básica à saúde.

 

 

Fonte: Ministério da Saúde

 

Você sabia que a falta de exposição ao sol pode causar miopia? Isso é o que sugere um estudo da Universidade Nacional Australiana, publicado na revista médica The Lancet na última sexta-feira (4). Segundo a publicação, a troca de ambientes ao ar livre por locais fechados explicaria a causa de nove entre dez jovens a deixar a escola, em grandes cidades da Ásia, serem míopes.

Para o pesquisador Ian Morgan, da universidade desenvolvedora do estudo, a exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, que evita o crescimento alongado do olho. Consequentemente, a substância impede a distorção do foco de luz que entra no globo ocular e que causa a miopia.

Para chegar à conclusão, a pesquisa levou em conta números de países como Cingapura, Austrália e Grã-Bretanha. No primeiro deles, onde nove entre dez adultos são míopes, constatou-se que os estudantes passam apenas meia hora por dia ao ar livre. Enquanto isso na Austrália, onde as crianças passam cerca de 3 horas ao ar livre, a prevalência da miopia é de apenas 10%.

De acordo com os cientistas da pesquisa, os estudantes do leste da Ásia basicamente vão de casa para a escola, onde quase não têm contato com o ambiente externo. Nos tempos livres, elas apenas estudam e assistem televisão, o que prejudica o contato com a exposição ao sol.

Apesar de existir uma relação da miopia com os estudos, as pesquisas procuram não vincular um diretamente com o outro. "Desde que façam atividades ao ar livre, não parece importar o quanto estudam", explica Morgan.

 

 

Fonte: UOL, com informações da Agência France-Presse

Você já ouviu falar da regra dos três segundos para alimentos que caem no chão? Segundo um estudo publicado no jornal britânico Daily Mail, a comida que vai ao solo, quando consumida no tempo adequado, pode ser segura para consumo, o que comprova a veracidade do dito popular.

Dentre os alimentos testados pela Manchester Metropolitan University (MMU) estava o pão com geleia, presunto, biscoito simples, macarrão cozido e frutas secas, que foram recuperados e analisados após diferentes períodos de intervalo: a partir de três, cinco e até dez segundos.

De acordo com os resultados, alimentos com teor elevado de sal ou açúcar, como os alimentos industrializados, são mais seguros por oferecer condições menos propícias para o habitat de bactérias nocivas encontradas no chão. Por outro lado, produtos como as frutas secas e a massa cozida mostraram resultados preocupantes após os três segundos.

Nesse intervalo de tempo, os produtos referidos apresentaram sinais de Klebsiella, uma bactéria que potencialmente pode ser responsável por doenças como a pneumonia, septicemia e infecções do trato urinário.

Além de alimentos, a MMU também testou brinquedos de crianças nos mesmos intervalos de tempo, com resultados apresentando níveis baixos para bactérias nocivas.

 

 

Fonte: Terra

Você sabia que até 19 diferentes tipos de câncer podem ter relação com o trabalho? Segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), tumores malignos como os de pulmão, fígado, bexiga, laringe e leucemias podem ter causas ligadas à atividade profissional e ao ambiente de trabalho.

Ainda de acordo com a publicação do INCA, denominada "Diretrizes para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho", o Brasil deve registrar neste ano até 20 mil novos casos de câncer com relação ao trabalho dos pacientes. Dentre as causas, o levantamento leva em consideração desde substâncias classificadas como cancerígenas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até mesmo outras inofensivas como poeira de madeira, couro e medicamentos.

Para o epidemiologista e responsável pela área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do INCA, Dr. Ubirani Otero, raramente os médicos investigam a ocupação do paciente. "É importante que os profissionais da saúde questionem aos doentes diagnosticados com câncer qual foi a rotina laboral que exerceram por mais tempo em suas vidas. Só assim será possível identificar e registrar os casos de câncer relacionados ao trabalho no Sistema Nacional de Agravos do Ministério da Saúde (Sinan)", alerta.

 

Prevenção dos tumores

As diretrizes do INCA para prevenir tumores malignos ligados ao trabalho preveem algumas medidas, entre elas a identificação de possíveis agentes causadores e redução ou eliminação da exposição a eles. Para isso, o preenchimento de fichas com informações relativas a produtos químicos do ambiente de trabalho é um importante instrumento, pois reconhece e avalia os riscos em questão.

Segundo Ubirani, a redução da jornada de trabalho excessiva e o tempo de exposição às substâncias cancerígenas são prioridades. "A prioridade da prevenção é a remoção da substância cancerígena do processo das atividades exercidas pelos trabalhadores. Enquanto isso não acontece, as recomendações alternativas são: evitar a exposição e gradualmente eliminar o uso desses agentes e restringir o contato com cancerígenos a determinadas atividades", orienta.



Fonte: Ministério da Saúde

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