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A fumaça emitida pelos escapamentos dos carros pode trazer vários prejuízos aos seres humanos quando inalada. O que muitos não sabem é que essa fumaça, quando emitida por motores a diesel, é um agente causador do câncer, segundo um estudo desenvolvido por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Baseada em pesquisas com trabalhadores de risco como mineiros, caminhoneiros e funcionários ferroviários, a descoberta da OMS concluiu que a fumaça de escapamento de motores a diesel é responsável não apenas por casos de câncer de pulmão, mas também de tumores na bexiga. Porém, o estudo concluiu que todos devem estar atentos a esse risco e não só os grupos mais suscetíveis.
Antes classificada como "provavelmente" cancerígena pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC), que faz parte da OMS, agora a fumaça teve a sua classificação alterada para "definitivamente" cancerígena, aumentando em até 40% as chances de risco de desenvolvimento do câncer de pulmão em indivíduos que trabalham em indústrias de risco devido à exposição.
De acordo com o médico e líder das pesquisas, Christopher Portier, a conclusão do grupo de trabalho a respeito dos riscos da fumaça foi unânime. Além disso, o pesquisador ainda ressaltou que a exposição às partículas do diesel e mistura de produtos químicos deve ser reduzida mundialmente.
Para que isso seja possível, um dos esforços que estão em curso pelas montadoras de veículos é a produção de motores de combustão mais eficientes, além do desenvolvimento de combustíveis que utilizem menos enxofre em suas composições.
Fonte: BBC Brasil
O Brasil deu um passo à frente no combate à esquistossomose. Na última terça-feira (12), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, no Rio de Janeiro, os resultados de seus últimos testes clínicos com a vacina desenvolvida pelo Laboratório Esquistossomose Experimental (IOC) e que combate a doença.
Pioneira na criação e produção da vacina da esquistossomose, a descoberta da Fiocruz é um grande feito da ciência brasileira, tendo em vista que a doença afeta atualmente 200 milhões de pessoas que vivem em áreas pobres. Além disso, o risco de contágio expõe mais pessoas à doença e abre potencial para atingir até 800 milhões, principalmente aquelas próximas a regiões do Nordeste, Minas Gerais, países africanos e América Central.
Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das doenças parasitárias mais devastadoras depois da malária, a esquistossomose está associada à miséria de países pobres, segundo a chefe do Laboratório Esquistossomose Experimental, Miriam Tendler. Já em relação aos testes da vacina, ela ressalta que os resultados foram bastante positivos. "A gente tem informações associadas à eficácia que são a imunogenicidade. Ela induziu uma excelente resposta imunológica, que é o que queremos dos indivíduos vacinados", explicou Miriam.
Além dos bons resultados no que diz respeito à sua eficácia, a vacina desenvolvida pela Fiocruz é considerada segura e deve passar por testes em larga escala no Brasil e na África em breve, de acordo com a pesquisadora. "Essa segurança é o maior atributo de uma vacina. Só a partir da confirmação da segurança é que se pode fazer testes em mais larga escala", ressaltou.
Em um prazo máximo de cinco anos, a pesquisadora acredita que já seja possível imunizar a população nos locais onde ocorre a endemia, colocando fim a um processo de desenvolvimento que se arrasta desde a década de 90, quando o Brasil depositou a sua primeira patente com as descobertas.
Fonte: Agência Brasil
Começa no próximo sábado (16) e vai até o dia 6 de julho, em todo o país, a Campanha Nacional contra a Poliomielite ou Paralisia Infantil. Segundo informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, serão distribuídos pouco mais de 26 milhões de doses para garantir uma ampla cobertura vacinal das crianças brasileiras.
Em 2011, a Campanha Nacional contra a Pólio vacinou quase 14 milhões de crianças, o que representou 98,21% do público-alvo. Neste ano, a expectativa do Ministério é de que 95% dos menores com até cinco anos de idade sejam vacinados com a imunização do "Zé Gotinha", administrada por via oral.
Vale ressaltar que, há mais de 22 anos, nenhum caso de paralisia infantil é registrado no país (o último foi em 1989), o que reforça a necessidade de manter a vacinação sempre em dia. Em 1994, devido ao trabalho no combate à poliomielite, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença.
Para imunizar a criança, os pais ou responsáveis devem recorrer ao posto de vacinação mais próximo portando a carteira de vacinação, pois, caso alguma outra imunização esteja atrasada, ela será administrada prontamente pelos agentes de saúde.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave que, na maioria das vezes, não é letal. No entanto, caso haja a contaminação por vírus, podem ocorrer sérias lesões que comprometem o sistema nervoso, causando paralisia principalmente nos membros inferiores.
Uma nova patente irá permitir que vacinas antes administradas apenas por injeção possam ser administradas também em gotas. É a patente da sílica nanoestruturada, um adjuvante vacinal do Laboratório Cristália que foi doado ao governo federal e estadual em anúncio realizado na última semana, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Esse não é o único benefício que a doação da patente deve trazer. Segundo Ogari Pacheco, presidente do laboratório, a novidade representa ainda uma ampliação da eficácia das vacinas. "Essa descoberta vai permitir que crianças sejam vacinadas contra doenças graves de uma forma muito mais barata e com menos riscos de contaminação, mas com a mesma eficácia", explica.
Ainda na fase de estudos pré-clínicos, a sílica nanoestruturada mostrou resultados positivos que foram testados, inicialmente, com a vacina da hepatite B. Após administração oral, a nova forma de imunização teve a mesma eficácia que o modo convencional e recebeu o Prêmio Prof. Eric Roger Wroclawski, na categoria Pesquisa Clínica, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
Se for aprovada após os testes com humanos, o novo adjuvante vacinal deve se juntar à vacina Sabin contra paralisia infantil, atualmente a única que é administrada por via oral. Já as demais formas de vacinação são administradas por via parenteral (intradérmica e intramuscular), pois o estômago destrói as partículas das proteínas que são responsáveis pela estimulação imunológica.
Fonte: Insight Comunicação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou novas regras para fabricantes de protetores solares, seguindo os parâmetros adotados em todo o Mercosul. As mudanças foram publicadas ontem no Diário Oficial da União.
Uma das mudanças é o aumento do Fator de Proteção Solar (PFS) mínimo de dois para seis. A medida prevê ainda que a proteção contra raios UVA, um dos tipos de raio ultravioleta, seja de, no mínimo, um terço do FPS declarado no rótulo — o qual mede somente a proteção contra raios UVB, outra categoria de radiação ultravioleta. Para isso, testes serão feitos para comprovar a proteção contra raios UVA, que não existia até então.
Os fabricantes também terão que passar por inúmeros testes para confirmar a eficácia do protetor solar. Aqueles que alegam resistência à água terão que se submeter a testes específicos e poderão colocar em seus rótulos as expressões "resistente à água", "muito resistente à água", "resistente à água/suor" ou "resistente à água/transpiração" de acordo com as características comprovadas.
As informações nos rótulos dos protetores solares também devem mudar. Segundo a Anvisa, os fabricantes não poderão usar palavras que aleguem proteção absoluta contra as radiações solares, como "100% proteção" ou "bloqueador solar". Também deverá constar no rótulo a necessidade de reaplicação do produto após algumas horas.
O prazo de adequações dos fabricantes à norma é de dois anos.
Fonte: Anvisa