A prática de atividades físicas como alongamento e exercícios aeróbicos pode diminuir a fissura na vontade de jogar em pacientes diagnosticados como jogadores compulsivos. É o que aponta uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), desenvolvida por Daniela Lopes, professora de Educação Física, e orientada pela Dra. Mônica Zilberman.

O estudo, que levou em consideração um programa de exercícios criado por Daniela, foi realizado com pacientes do Ambulatório de Jogo Patológico (PRO-AMJO), do Instituto de Psiquiatria (Ipq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Durante dois meses, além de diminuição da fissura, notou-se também uma melhoria significativa em outros sintomas de jogadores patológicos como depressão e ansiedade.

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram levadas em conta as medições de fissura antes e depois da prática de exercícios, entre eles alongamentos e caminhadas ou corridas leves monitoradas de até 50 minutos. Segundo Daniela, a diminuição dos números foi visível. "A motivação para os exercícios faz com que o nível de fissura seja baixo, ou seja, o desejo de jogar é menor", afirma. "O resultado ainda é mais relevante se for levada em conta a fissura sete dias antes do exercício apontada pelos pacientes, que caiu de 16,2 para 5,9", ressalta, em entrevista à Agência USP de Notícias.

Além de medições de fissura, foram verificados também os níveis de prolactina, que está relacionada à presença de dopamina no sistema nervoso central e influencia a vontade de jogar, assim como os níveis de cortisol, que está ligado ao estresse. No entanto, tais números não foram conclusivos, já que nem todos os pacientes aceitaram fazer tais exames.

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias 

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