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O câncer de mama mata onze mil mulheres por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. A fim de diminuir a incidência de câncer de mama no Brasil, o Inca elaborou sete recomendações de prevenção e detecção precoce da doença. Entre elas, a realização de mamografia a cada dois anos, para mulheres entre cinquenta e sessenta anos. Também é recomendado pelo Inca a atenção aos primeiros sintomas da doença. O técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do Instituto Nacional do Câncer, Ronaldo Corrêa, explica quais são:
"As mulheres devem ficar atentas principalmente com nódulo da mama, alteração da pele da mama, alteração do tamanho da mama. Alterações do mamilo, do formato do mamilo. Ou uma saída de secreção pelo mamilo. E, eventualmente, aparecimento de um carocinho debaixo do braço."
Ainda segundo Ronaldo Corrêa, as mulheres sedentárias e que abusam do consumo de álcool também devem ficar atentas.
"Toda mulher deve saber que o excesso de peso e o consumo do álcool têm relação com o câncer de mama".
Ronaldo Corrêa explica que é recomendação do Inca a certificação dos serviços de mamografia nos programas de qualidade. A certificação deve ser de conhecimento das usuárias dos serviços.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100795
Agência FAPESP – A impulsividade tem sido relacionada a vários distúrbios psiquiátricos e também a formas diferentes de comportamento violento. Um novo estudo acaba de descobrir uma mutação que pode predispor seus portadores a reagir sob o impulso do momento e de maneira irrefletida.
A pesquisa foi feita com 96 presidiários na Finlândia por um grupo internacional e teve seus resultados publicados na edição desta quinta-feira (23/12) da revista Nature.
A mutação está presente no gene HTR2B, um receptor de serotonina, neurotransmissor que atua no controle de impulsos. A descoberta foi feita após os pesquisadores sequenciarem e compararem o DNA de condenados por crimes violentos com um grupo controle.
Denominada HTR2B Q20, a mutação se mostrou três vezes mais presente entre os presidiários do que nos demais. Os 17 condenados que carregavam a mutação (do total de 96 analisados) cometeram em média cinco crimes violentos, 94% dos quais sob a influência de bebidas alcoólicas. Os crimes se constituíram em reações agressivas a eventos menores sem premeditação ou ganho financeiro.
Apesar de a presença da mutação ter se mostrado mais frequente nos criminosos, os cientistas ressaltam que sua presença não é suficiente para provocar ou prever o comportamento impulsivo.
Segundo Laura Bevilacqua, do Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados Unidos, e colegas, outros fatores devem ser levados em conta ao se discutir o tema, como gênero, níveis de estresse ou consumo de álcool. Por conta disso, reforçam, mais estudos são necessários para entender melhor o papel particular dessa mutação descoberta agora.
O artigo A population-specific HTR2B stop codon predisposes to severe impulsivity (doi:10.1038/nature09629), de Laura Bevilacqua e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Agência FAPESP
Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13231/gene-da-impulsividade.htm
Agência FAPESP – Um dos desafios de profissionais envolvidos com a recuperação de pacientes com queimaduras é abreviar o tempo de internação para evitar complicações infecciosas. O uso de biocurativos, produzidos a partir de celulose bacteriana – que possibilita a regeneração mais rápida da pele –, é uma das alternativas promissoras.
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, em parceria com a empresa Apis Flora, de Ribeirão Preto, desenvolveram um biocurativo cicatrizante e antimicrobiano à base de celulose bacteriana e extrato de própolis.
O produto foi testado in vitro com ótimos resultados. “O objetivo do biocurativo, feito em forma de película, é atenuar o tempo de tratamento e a dor de pacientes que sofreram queimaduras de primeiro e de segundo graus ou que possuam feridas crônicas”, disse Hernane Barud, coordenador da pesquisa, à Agência FAPESP.
Os resultados obtidos até agora mostram alto grau de eficiência do produto, principalmente na prevenção do crescimento microbiano e na liberação sustentada de própolis.
A pesquisa “Desenvolvimento e avaliação de biocurativos obtidos a partir de celulose bacteriana e extrato padronizado de própolis (EPP-AF) para tratamento de queimaduras e lesões de pele” contou com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
Os resultados correspondem à primeira fase do projeto, já concluída com testes in vitro. De acordo com Barud, a novidade do produto é o aprimoramento da celulose bacteriana com a incorporação de extrato de própolis, insumo farmacêutico que já fora avaliado quanto à eficácia pré-clínica e clínica em queimados por Andresa Berretta, pesquisadora responsável da Apis Flora.
“A própolis é um material resinoso e balsâmico obtido pelas abelhas que, associada à membrana, produz uma ação cicatrizante e antimicrobiana. Além de regenerar a pele, o biocurativo consegue matar as bactérias que surgem junto com os ferimentos”, explicou o pesquisador, que concluiu recentemente seu doutorado no Instituto de Química da Unesp de Araraquara sobre Materiais Multifuncionais Baseados em Celulose Bacteriana.
A Apis Flora tem patente para o extrato padronizado de própolis e, atualmente, o grupo prepara nova solicitação para o biocurativo com própolis. “Não é qualquer extrato de própolis que apresenta os resultados, mas o que a empresa desenvolveu, avaliou e depositou o pedido de patente”, ressaltou Barud.
Segundo Andresa, quando se trabalha com derivados naturais a reprodutibilidade de lote a lote é indispensável para se obter medicamentos. “Nosso grupo já avaliou essas características e tem condições de obter industrialmente lotes reprodutíveis a fim de se registrar um medicamento nos órgãos reguladores”, disse.
A membrana de celulose é produzida pela bactéria Acetobacter xylinum, encontrada principalmente nas frutas em decomposição.“A vantagem da celulose bacteriana, principalmente a produzida pela A. xylinum, é a elevada resistência mecânica conferida pela rede tridimensional formada por nanofibras de celulose”, explicou.
Com o novo biocurativo o paciente em tratamento poderá desempenhar atividades corriqueiras como tomar banho ou ficar exposto ao sol. “Como o produto é impermeável, ele funciona como uma barreira bacteriológica, sem impedir que o ferimento respire”, disse.
Liberação controlada
Barud acrescenta ainda que pela transparência e por aderir com facilidade ao leito da ferida, a película possibilitará o acompanhamento constante da cicatrização. Um dos problemas no tratamento de queimados é que o curativo convencional pode provocar lesões todas as vezes que é removido.
“O novo biocurativo poderá ser colocado diretamente na ferida sem necessidade de troca. Além disso, conseguimos desenvolvê-lo com liberação sustentada, ou seja, ele libera própolis lentamente”, disse.
A próxima etapa da pesquisa será o teste em animais. Depois de superada essa fase, o biocurativo será testado em humanos. “A meta é produzir o produto em larga escala. A previsão é que dentro de dois a três anos ele seja comercializado”, disse Barud.
Participam também da pesquisa os professores Younés Messaddeq e Sidney José Lima Ribeiro, do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, além de Andresa Aparecida Berretta, coordenadora de pesquisa na empresa Apis Flora.
Por Alex Sander Alcântara - Agência FAPESP
Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13230/cicatrizante-e-antimicrobiano.htm
Está em desenvolvimento na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP um anti-inflamatório proveniente do óleo da copaíba, árvore encontrada em todo o Brasil, mas com maior concentração na Amazônia.
Os índios brasileiros já utilizavam o óleo como remédio antes da chegada dos portugueses e, ainda hoje, é muito fácil encontrá-lo em feiras ou lojas de produtos naturais ou fitoterápicos. Popularmente, atribui-se ao óleo as propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante. Por enquanto, ao menos a primeira foi comprovada há alguns anos pelo estudo da FCFRP, coordenado pelo professor Osvaldo de Freitas. Atualmente, o professor pesquisa a formulação de um medicamento à base da planta.
Freitas explica que mesmo após comprovada a capacidade anti-inflamatória, há muitos passos antes de produzir algo que possa ser comercializado. “Medicamento é diferente de remédio. Como remédio, o óleo de copaíba já é usado, mas medicamento precisa passar por vários testes científicos, ser registrado pela Anvisa”, diz.
A formulação do medicamento, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com a Health, empresa farmacêutica privada da cidade de Indaiatuba, já foi aprovada para uso em animais e deve começar a ser testada em seres humanos (testes clínicos) em breve, assim que houver financiamento.
Fiscalizações
Freitas acredita que dentro de quatro ou cinco anos o produto poderá ser comercializado — fatores como financiamento para os estudos e a autorização dos órgãos competentes influenciarão no processo. Isso porque a fabricação em escala comercial de um medicamento dependeria da atividade extrativista. Porém, como a extração do óleo pode ser feita sem derrubar as árvores, o professor garante que não causaria nenhum dano. “O impacto ambiental é positivo porque é um incentivo para que a florestas fiquem de pé e continuem fornecendo a matéria prima”, destaca.
Cabe ao Ibama, além de avaliar o impacto ambiental, decidir se o medicamento estaria na categoria de Patrimônio Genético e de Conhecimento Tradicional Associado, mecanismo criado para evitar a biopirataria. Se for julgado assim, parte do lucro obtido com a possível futura venda do produto iria para a comunidade de produtores do óleo da região amazônica.
Depois que o desenvolvimento do anti-inflamatório for concluído, o grupo de pesquisa continuará estudando o óleo de copaíba, mas para tentar comprovar outra característica que lhe é atribuída, a antimicrobiana.
Por Bruno Leite - USP Online
Link de acesso: http://www.usp.br/agen/?p=45198
O verão chegou e com ele vieram as altas temperaturas e também a vontade de se refrescar. Nesse período do ano, a busca por ambientes agradáveis e refrescantes, aumenta o uso do ar condicionado. Mas, para curtir esse frescor de forma saudável, é importante que o aparelho seja usado de forma correta. Segundo o médico pneumologista Ricardo Luiz, a queda muito alta da temperatura e a má condição de higiene do aparelho podem provocar doenças respiratórias.
"O uso do ar condicionado pode trazer doenças consigo. É muito importante que a pessoa tenha primeiro: um cuidado com a manutenção do equipamento, principalmente com o filtro. Se não tiver essa manutenção adequada, esse ar condicionado pode transmitir fungo, bactérias, vírus. É importante que se busque uma temperatura que não fique muito baixa. Porque, em temperaturas baixas, a umidade do ar cai significamente e isso pode prejudicar as vias áreas, predispor a pessoa a ter infecções respiratórias também ou quadros de alergia."
Segundo o pneumologista, aqueles que já possuem um problema respiratório, como asma, rinites ou sinusites têm um risco maior de desenvolvimento crises graves com o uso do ar condicionado. Nesse verão, a dica é evitar locais fechados e se refrescar com ar natural.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100794