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Uma nova formulação química adaptada à terapia fotodinâmica foi criada para tratar, de forma menos agressiva, o melanoma maligno – tipo de câncer de pele com pior prognóstico, devido à sua elevada probabilidade de causar metástases.

A formulação desenvolvida pela pesquisadora Paula Aboud Barbugli, ex-aluna da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) de Ribeirão Preto da USP, sob a orientação do professor Antonio Claudio Tedesco, visa combater a doença sem causar grandes efeitos colaterais e prejuízos estéticos. Esta formulação começou a ser desenvolvida em 2007, no Laboratório de Fotobiologia e Fotomedicina da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, durante o mestrado de Paula e foi apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Atualmente, existem poucos tratamentos efetivos para o tratamento do melanoma. Os pacientes com este tipo de câncer, normalmente, são submetidos à tratamentos cirúrgicos associados à radioterapia e quimioterapia. Com a evolução da doença e o surgimento de metástases a probabilidade de cura e remissão da doença são muito remotas.

 

Terapia Fotodinâmica

As pesquisas de Paula revelam resultados positivos na eliminação das células de melanoma maligno após o tratamento de Terapia Fotodinâmica (FTD). O estudo trabalhou na criação de uma formulação com o fármaco Ftalocianina de Cloroalumínio capaz de induzir a morte de células malignas em mais de 90% após a irradiação com laser em comprimento de onda específico.

“A terapia fotodinâmica é uma modalidade terapêutica seletiva e não invasiva, que age diretamente sobre a pele do paciente. O fármaco é administrado e após algumas horas ocorre a irradiação com luz laser somente no local do tumor. Esta técnica já vem demonstrando excelentes resultados clínicos no tratamento de tumores de pele do tipo não melanoma, agora, comprovamos que a terapia também é capaz de surtir efeito em células de melanoma em fase avançada de progressão da doença”, afirma a pesquisadora.

Segundo Paula, a ftalocianina foi “encapsulada em lipossomas”, o que permite sua administração em condições fisiológicas. Ou seja, apto para a aplicação em pacientes tanto por via endovenosa (injetada em veias) como por uso tópico (colocando os lipossomas em um gel para aplicá-lo sobre a pele).

 

Aplicação

Testes in vitro, realizados na primeira fase da pesquisa, com diferentes modelos celulares (do tipo célula padrão e do tipo tridimensionais, desenvolvidos a partir de uma matriz de colágeno e fibroblastos) com diferentes fases de progressão do melanoma demonstraram resultados positivos em relação ao tratamento.

“O próximo passo, é buscar parcerias para realizar estudos pré-clínicos e clínicos que viabilizem a implementação da técnica”, relata a pesquisadora, que ressalta, “estudos in vivo em animais possuem boas perspectivas de resposta ao tratamento do melanoma humano, com possibilidades de futuras aplicações clínicas.”

Caso o método obtenha respostas positivas em estudos in vivo, o fármaco poderá ser aplicado em gel sobre a pele e irradiado por um laser. “Será uma terapia localizada que não causará nenhum efeito colateral, como a radioterapia e a quimioterapia, e nenhum prejuízo estético oriundo de cirurgias”, avisa Paula.

 

 

Por Marcelo Pellegrini - Agência USP de Notícias

Link de acesso: http://www.usp.br/agen/?p=44854

A Organização Mundial da Saúde, OMS, aprovou o teste rápido para diagnosticar a tuberculose. A tecnologia deve provocar grande impacto nos países pobres, que são os mais afetados pela doença. Atualmente, o teste tradicional para detectar a tuberculose demora até três meses obter o resultado. Com o novo teste rápido, o paciente vai saber se tem ou não a doença em no máximo duas horas. O coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, do Ministério da Saúde, Draurio Brarreira, afirma que no Brasil, Rio de Janeiro e Manaus vão ser as primeiras cidades a utilizar o novo exame.

"Rio e Manaus por várias questões. A principal delas é que são os estados e as capitais que você tem as maiores incidências da tuberculose do país. Outra questão é que tanto Rio como Manaus tem temperaturas e umidades altas. Então como ele foi testado em países do hemisfério do Norte, a gente optou por estado com condições climáticas, fossem digamos, desfavoráveis."

Draurio Barreira explica também que o teste rápido para diagnosticar a tuberculose é totalmente automatizado. Será preciso apenas um técnico de saúde para colher o sangue do paciente e colocar na máquina. Segundo a OMS, a rapidez dos resultados dos exames vai permitir que os pacientes recebam tratamento imediato, o que aumenta as chances de cura.

 

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

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Pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira revelou que o prato típico da culinária brasileira, o famoso arroz com feijão, tem perdido espaço para os pratos semi-prontos. De acordo com a pesquisa, a aquisição média anual de arroz passou de 24,5 quilos por pessoa para 14,2 entre 2008 e 2009. O feijão também teve queda, ao passar dos 12,4 quilos de média anual para 9,1 quilos. Já o consumo de cerveja teve um aumento considerável de 23 por cento. Durante a apresentação do balanço da Saúde nos últimos sete anos, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, comentou o resultado da pesquisa.

"Complicado, o feijão é uma fonte de proteína de ferro muito importante. Então é um fenômeno que você vê crescente: de um lado mudanças na estrutura familiar, estão levando as pessoas a comerem fora de casa e comerem comida semi-pronta. Só que essa alimentação tem um conteúdo de sódio, gordura e açúcar maior. Isso junto com a inatividade física, consumo de refrigerante e agora parece também de bebida alcoólica muda totalmente o padrão das doenças no Brasil, que é um fenômeno complexo, que não afeta só o Brasil, é um problema mundial."

Em cerimônia realizada nesta quinta-feira, em Brasília, José Gomes Temporão destacou as principais realizações do governo na saúde entre 2003 e 2010. Segundo o ministro, a cobertura do programa Saúde da Família aumentou 81 por cento e o investimento na atenção básica saltou para 63 por cento. Os dados do Ministério da Saúde também mostraram que o programa Brasil Sorridente já atende mais de 91 milhões de brasileiros e o governo federal liberou investimento de um bilhão de reais para construção de mais 500 novas Unidades de Pronto Atendimento, as Upas 24 horas.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100787

Pesquisadores da USP, Universidade de São Paulo, desenvolveram um equipamento portátil capaz de diagnosticar e tratar de maneira mais rápida o câncer de pele. O aparelho usa fluorescência e padrões de luz para detectar lesões. O físico da USP, Vanderlei Bagnato, explica como funciona o novo tratamento.

"O tratamento consiste na adição de uma pomada que faz com que as células tumorais gerem uma substância que sob a iluminação gera uma substância tóxica que mata a célula praticamente imediatamente."

Vanderlei Bagnato afirma que este será o primeiro equipamento no mundo capaz de diagnosticar e também tratar o câncer de pele. Os que já existem têm apenas uma das funções. Ele explica que o exame pode ser feito sem que tenham que ser extraídos pedaços da pele, como nos métodos tradicionais.

"É uma substância que participa fortemente no metabolismo da célula, gerando o que a gente chama de marcador. De tal maneira que o médico olhando o dispositivo pode identificar as regiões que têm célula cancerosa."

Segundo o físico Vanderlei Bagnato o equipamento já foi testado com bons resultados em cerca de mil pessoas ao longo de dez anos. Agora, o projeto espera autorização da Agência de Vigilância Sanitária para começar a ser comercializado.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100786

Pesquisa revela queda de 49,5 % no uso de substâncias psicotrópicas pelos alunos com relação a 2004.

 

O VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras, concluído em 2010, mostrou diminuição de 49,5 % no uso de drogas ilícitas entre estudantes da rede pública do país, na comparação com a última pesquisa, realizada em 2004. Esse cálculo levou em consideração o uso, continuado ou não, no ano, de solventes/inalantes, ansiolíticos, anfetamínicos, cocaína, maconha, crack e anticolinérgicos. Somente no caso da cocaína não houve redução de consumo.

Na comparação entre as pesquisas de 2004 a 2010 também houve redução expressiva dos relatos de consumo de bebidas alcoólicas e tabaco pelos alunos da rede pública. O consumo de álcool, por exemplo, diminuiu 35,1%, enquanto o de tabaco reduziu 37,6%.

A série histórica de levantamentos compreende os anos de 1987, 1989, 1993 e 2004. Até 2004, apenas estudantes da rede pública eram pesquisados e, até, 1997, somente 10 capitais participavam do levantamento. O estudo atual, feito pela Senad em parceria com o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas) trouxe, pela primeira vez, dados do uso de drogas entre alunos da rede particular de ensino. Por meio de questionário, de auto-preenchimento, a pesquisa foi aplicada em 789 escolas, com 50.980 estudantes pesquisados, destes 31.280 da rede pública e 19.610 da particular.

O VI Levantamento identificou que há diferenças na proporção do uso de substâncias psicotrópicas entre alunos da rede privada e da pública. Foi revelado, por exemplo, que 9,9% dos estudantes das escolas públicas utilizaram, nos 365 dias anteriores a aplicação do questionário, qualquer tipo de droga, exceto álcool e tabaco), enquanto na rede particular esse número foi de 13,6%.

Para a secretária adjunta da Senad, Paulina Duarte, “a redução do consumo de drogas entre os estudantes é resultado das políticas que vem sendo implementadas no âmbito das escolas e da sociedade como a capacitação de professores, ações junto a lideranças comunitárias, fortalecimento da rede de proteção social, entre outras iniciativas da área”, analisou.

 

OUTROS PAÍSES – A comparação do VI Levantamento com pesquisas internacionais mostrou aspectos positivos da realidade do consumo de drogas no Brasil. Os estudantes brasileiros, por exemplo, são os que menos consumiram tabaco, tanto na vida quanto no ano, quando comparados os estudantes de 16 países, da América do Sul e Europa: Alemanha, Reino Unido, Suíça, Itália, Holanda, França, Uruguai, Irlanda, Colômbia, Portugal, Chile, Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Bolívia.

Outro destaque é que o uso na vida de crack entre estudantes brasileiros pode ser considerado diminuto na comparação com estudantes europeus e sul-americanos. O Brasil e o Paraguai ocupam a última posição, com a mesma prevalência de uso na vida e no ano de crack.

O consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes brasileiros, de 15 e 16 anos, está dentro da média internacional, tanto para uso na vida, quanto no ano. Os maiores índices são da Alemanha e os menores da Bolívia.

A comparação entre a realidade brasileira e de outros países foi feita com base nos relatórios Monitoring the Future (Estados Unidos), de 2009; ESPAD (países europeus), de 2007; e SIDUC (países da América Latina), de 2006. Foi realizado um recorte de faixa etária que permitisse a comparabilidade entre os diferentes países e o Brasil.

 

 

Ministério da Saúde

Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12014

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