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Agência FAPESP – A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo criou um fórum destinado aos profissionais de saúde para discussão de casos de pacientes portadores de HIV com transtornos mentais.
O projeto pretende proporcionar troca de experiências e ampliação de conhecimentos de casos que envolvam portadores de Aids com algum tipo de problema mental. O fórum é coordenado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids e conta com uma equipe de apoio multidisciplinar.
Para participar do serviço, é necessário que o profissional de saúde envie uma descrição básica do caso, contendo as iniciais do paciente, idade, sexo e orientação sexual. O conteúdo encaminhado terá acesso restrito para a manutenção do sigilo e da ética profissional.
Segundo a Secretaria, também devem ser encaminhados queixa principal, breve histórico do paciente, condutas e estratégias terapêuticas adotadas (atendimento individual, grupo e família), principais questões em relação ao caso, dúvidas e estratégias a serem adotadas.
O e-mail para a discussão de casos é o O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Mais informações: www.saude.sp.gov.br
Agência FAPESP
Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13271/hiv-e-transtornos-mentais.htm
O alecrim pimenta (Lippia sidoides) é uma planta muito usada pela medicina popular como antimicrobiano e antifúngico e que já foi tema de diversas pesquisas científicas que comprovaram suas propriedades benéficas. Toda essa “riqueza natural” acaba de ser alvo de uma patente na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento em Processos Farmacêuticos (LAPROFAR) patentearam dois produtos a base de alecrim pimenta obtidos a partir do encapsulamento do óleo essencial da planta em micropartículas. Um dos produtos poderá ser usados em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados.
O trabalho foi realizado pela farmacêutica Luciana Pinto Fernandes. Ela explica que os dois produtos são apresentados em forma de pó – as micropartículas são visíveis apenas pelo microscópio eletrônico. “A diferença entre eles é a maneira como foram obtidos e o direcionamento de uso dado a cada um, devido aos custos dos processos de obtenção”, conta a pesquisadora, que estudou o alecrim pimenta durante seu doutorado, apresentado em janeiro de 2009 sob a orientação do professor Wanderley Pereira de Oliveira, coordenador do LAPROFAR.
Os dois produtos foram produzidos através da técnica de secagem por atomização (spray drying), experimentando-se um processo de encapsulamento físico e outro químico. No caso do processo químico, o óleo foi encapsulado dentro de uma molécula de ciclodextrina (polímero de glicose). “O óleo essencial é muito volátil, evapora facilmente, acaba oxidando e decompondo com o passar do tempo, e perde um pouco suas propriedades. Quando encapsulado, ele se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora.
Segundo Luciana, com o encapsulamento, é possível ter mais controle sobre a liberação dos princípios ativos da Lippia sidoides, que podem ser liberados aos poucos ou continuamente. “O óleo essencial é irritante para a pele e mucosas. Porém, quando encapsulado dentro da molécula de ciclodextrina, conseguimos a redução da irritação local, permitindo ainda uma liberação prolongada do ativo a partir de formulações de aplicação tópica”, destaca. “Apesar de o processo químico de encapsulamento ser mais caro, encarecendo o produto final, ele apresenta mais eficácia, segurança e estabilidade. Por isso, seu uso seria mais indicado nas formulações de medicamentos e cosméticos.”
Já o produto obtido pelo processo físico de encapsulamento possui um custo inferior. Esse processo envolve o aprisionamento do óleo essencial na forma de gotas muito pequenas, no interior de uma matriz formada por dois agentes encapsulantes: misturas de maltodextrina (amido hidrolisado) e goma arábica em diferentes proporções. Segundo Luciana, a aplicação desse produto poderia estar ligada a indústria alimentícia. “Uma opção de uso seria para conservar alimentos processados, sem necessidade de usar conservantes artificiais, impactando em produtos alimentícios mais saudáveis. Pode-se ainda explorar esse produto como uma opção sensorial inovadora a ser usada na produção de temperos em pó para carne, além de uma infinidade de outras utilizações”, aponta.
A patente abrange ainda um terceiro produto, ainda mais barato que os dois anteriores, obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas da planta. “Os produtos obtidos com o óleo essencial de alecrim pimenta apresentam uma maior concentração de substâncias ativas em comparação ao produto obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas”, explica. “Apesar disso, o pó obtido a partir do extrato hidroalcoólico também poderia ser usado nas mesmas áreas”, pondera a pesquisadora.
Farmácia popular
O alecrim pimenta é uma planta muito abundante no Nordeste. É usada popularmente na forma de chá das folhas em gargarejo e bochecho para tratamento de infecções da garganta ou em lavagens vaginais para tratamento de fungos. Também há relatos do seu uso para o tratamento de ferimentos e infecções na pele e no couro cabeludo, acne, sarna e do mau-cheiro nos pés e axilas. “Vários estudos científicos têm comprovado a eficácia farmacológica do alecrim primenta, demonstrando perspectivas de uso potencial como agente antimicrobiano natural”, conta a pesquisadora.
Um desses estudos foi realizado na FCFRP. A pesquisa, realizada recentemente, mostrou que o extrato vegetal do alecrim pimenta inibe o crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, podendo ser usado na conservação de peixes. A Listeria está associada a listeriose, doença que pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente, por alimentos contaminados.
Luciana comenta que já existe uma reivindicação de patente referente a fitoterápicos antimicrobianos a partir da Lippia sidoides. No entanto, a invenção refere-se a preparações líquidas (infusos, colutórios, tinturas, extratos aquosos e por solventes) assim como o óleo essencial. “As preparações líquidas de produtos naturais apresentam alguns inconvenientes, sendo assim, os produtos obtidos na forma seca [em pó] são preferidos pelas indústrias farmacêutica, cosmética e de alimentos principalmente devido a sua maior estabilidade, facilidade de manuseio e de estocagem. No caso deste trabalho do LAPROFAR, a patente está associada ao método usado para obtenção dos produtos e aos produtos obtidos”, destaca.
Aplicações dos produtos
O próximo passo da pesquisa é testar as aplicações dos produtos. De acordo com a farmacêutica, alguns testes já foram realizados na FCFRP, entre eles o do estudo envolvendo a conservação do peixe contra a Listeria monocytogenes. Mas há outros que ainda estão em andamento como: análises sensoriais de alimentos submetidos aos dois produtos como conservantes, e o desenvolvimento e avaliação da eficácia de cremes dentais contendo formulações a base de alecrim pimenta.
“A médio prazo, os produtos desenvolvidos poderiam ser aplicados em formulações cosméticas, como desodorante ou pó antisséptico, em um ativo potente antimicrobiano para o combate das bactérias responsáveis pelos odores fétidos, ou na preparação de creme dental com finalidade de prevenção de problemas bucais causados por bactérias cariogênicas. A curto prazo, os produtos poderiam ser utilizados em formulações de sopas instantâneas e em outras aplicações dentro da indústria alimentícia”, finaliza a farmacêutica.
Por Valéria Dias - Agência USP de Notícias
Link de acesso: http://www.usp.br/agen/?p=45403
Em período de festas de fim de ano aumenta a movimentação nas rodovias de todo o País e, conseqüentemente, sobe o número de acidentes de trânsito. Os homens são tradicionalmente as principais vítimas nesse tipo de desastre. O assunto é tratado como problema de saúde pública, já que no Brasil o acidente de trânsito é uma das principais causas de morte entre os homens de 20 a 24 anos. Por esta razão, com a proximidade do feriado de Ano Novo, o Ministério da Saúde lança um alerta a toda a população, mas em especial aos homens que vão pegar estrada neste Reveillón. O diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, explica que um dos grandes perigos é o consumo de álcool antes de dirigir.
"O primeiro alerta que nós fazemos é o consumo de álcool. Isso realmente afeta a direção, afeta os reflexos e o consumo de álcool está na grande maioria dos acidentes associado; segundo, são os homens que se arriscam mais, que se expõe mais aos perigos, são mais ousados na direção, portanto, pensar em se cuidar, o cuidado nas estradas, o cuidado na direção é essencial para que as pessoas possam passar esse final de ano muito bem."
Mudar esse antigo hábito que os homens têm de arriscar mais a própria vida é um dos objetivos da Política Nacional de Saúde do Homem, lançada ano passado pelo governo federal. Segundo José Luiz Telles, a idéia do Ministério da Saúde é mudar essa tradição prevalente no Brasil de que apenas a mulher precisa se cuidar.
"O principal mote da campanha trata de que homem que é homem se cuida. Portanto, nós estamos trazendo uma cultura de auto-cuidado, uma preocupação com sua própria vida, coisa que não é comum entre os homens."
Além do Brasil, a violência no trânsito está entre as questões de saúde pública relacionadas à população masculina que mais preocupam países como Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. De acordo com o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Segundo o governo federal, os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer e diabetes.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100803
Uma pesquisa australiana publicada no site especializado MedPage Today sugere que a amamentação pode melhorar a inteligência das crianças. Depois de avaliar mais de mil crianças, o estudo constatou que meninos e meninas de dez anos que receberam leite materno por, pelo menos, seis meses quando bebês tiveram resultados melhores em testes-padrão de leitura, matemática e grafia. Na opinião de especialistas, o resultado da pesquisa, mais uma vez, só comprova o benefício do leite materno. A coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Elsa Giugliani, ressalta a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
"Tem estatísticas de que se as crianças fossem amamentadas segundo as recomendações tanto do Ministério da Saúde quanto da Organização Mundial da Saúde de amamentação exclusiva nos primeiros seis meses e continuada por dois anos ou mais, poderiam ser salvas um milhão e quinhentas mil crianças no mundo."
De acordo com o médico Luciano Borges, da Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno é o alimento ideal para garantir o desenvolvimento saudável do bebê.
"A criança, a gente tem que proporcionar para ela o melhor alimento para que ela receba todos os nutrientes necessários, da forma mais adequada possível. Todas as pesquisas mostraram que neném que mama só peito até os seis meses acaba recebendo exatamente o que ele precisa, nem mais nem menos. O leite materno até os seis meses é completo."
Segundo o estudo, do Instituto de Pesquisa de Saúde Infantil da Universidade do Oeste da Austrália, a relação entre amamentação e desenvolvimento cognitivo é atribuída aos nutrientes presentes no leite materno, que ajudam no crescimento de membranas celulares do cérebro e de neurônios.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100801
Durante as férias de janeiro, é comum as famílias viajarem para casas de veraneio no litoral ou no campo. O problema é que geralmente essas casas ficam fechadas ao longo do ano, criando o cenário ideal para parasitas que podem atacar os bichos e prejudicar a saúde das pessoas. Por isso, nesta época, é importante redobrar os cuidados com os animais de estimação. O veterinário Luís Alberto Pinatti dá algumas dicas de como evitar a proliferação de carrapatos e pulgas.
"O principal é passar um bom produto que tenha ação preventiva para pulga, carrapato e mosquito no animal, pra tentar evitar que ele tenha uma infestação. E fazer uma higienização da casa. Então abrir bem casa, passar aspirador com inseticida dentro. Tentar limpar sempre atrás dos móveis, que é onde ficam mais alojados os carrapatos. Embaixo do sofá, atrás do sofá, atrás dos armários."
O veterinário Luis Alberto Pinatti explica que além de coceiras e irritações, as pulgas e carrapatos também podem gerar outras doenças mais graves nos animais e nos donos.
"A pulga pode trazer alergia para o homem, pela picada dela e dependendo da região, o carrapato pode transmitir a febre maculosa. Então é importante que tenha controle nos cães e nos gatos pra que não tragam problema pra gente."
Luis Alberto Pinatti acrescenta que também é necessário levar os animais de estimação ao veterinário pelo menos uma vez ao ano para uma consulta completa e tomar todas as vacinas.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100801