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A caspa é um problema mais comum do que muita gente imagina. Se você ainda não teve, a probabilidade de ter é grande. Quem afirma é o chefe da área de dermatologia do Hospital Federal de Bonsucesso, Paulo Cotrim. De acordo com ele, nem sempre a caspa ou seborréia surge por falta de higiene e sim por fatores emocionais. Paulo Cotrim explica que, atualmente, o estresse e o nervosismo estão entre os principais fatores que provocam a descamação do couro cabeludo.
"Você está passando por um processo desarmônico, quer dizer, você está passando por uma hiperatividade, está com estresse, quer fazer mil coisas ao mesmo tempo. Em suma, você não está bem com você mesma e você não está bem com o todo, com o meio. E isso gera o que? Uma liberação de adrenalina e isso vai ter repercussão a nível da camada superficial do couro cabeludo, que vai gerar uma aceleração da descamação."
O dermatologista Paulo Cotrim explica que acaspa enfraquece os fios, provoca queda do cabelo e costuma provocar também coceiras. A caspa pode ser seca ou oleosa. A oleosa é a chamada seborréia e provoca placas sobre o couro cabeludo. Paulo Cotrim ressalta que ao surgir o problema, a pessoa deve procurar um dermatologista o mais rápido possível.
"Quando você tem uma descamação de forma desordenada do couro cabeludo, você tem obrigatoriedade de procurar um dermatologista pra poder de fato ser examinado, fazer uma boa avaliação da possível causa ou das possíveis causas que possam estar gerando esse processo dermatológico."
O dermatologista Paulo Cotrim, chefe da área de dermatologia do Hospital Federal de Bonsucesso, destaca que a caspa não tem cura, ela pode apenas ser controlada com xampus recomendados pelo médico e alimentação saudável.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100790
Com as festas de fim de ano e as férias, os estoques dos hemocentros do país caem 30%, em média. A situação é ainda mais preocupante porque aumenta a demanda por transfusões de sangue nos hospitais para atender vítimas de acidentes. O coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, alerta que é importante a população doar sangue antes de sair de férias.
"Durante as festas de final de ano fica mais difícil os bancos de sangue captarem doadores de sangue. Em contrapartida, como as pessoas saem, viajam mais, usam mais o carro, o número de acidentes e o consumo de sangue aumenta bastante. Nós temos um aumento, um pico do número de eventos de violentos, acidentes de trânsito, violência urbana. Antes de viajar, passa no banco de sangue e faz sua doação."
Guilherme Genovez pede que as pessoas procurem o hemocentro mais próximo, mesmo que estejam em outra cidade.
"Se as pessoas não doarem sangue, agora, durante esse período das férias, o sangue vai faltar. Um ato tão simples, tão singelo é capaz de salva três a quatro pessoas."
De acordo com o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, para doar sangue, é preciso que a pessoa tenha hábitos de vida saudáveis, tenha entre dezoito e sessenta e cinco anos e não esteja tomando medicamentos.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100792
Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, importação, fabricação ou manipulação da Caralluma fimbriata, substância que vinha sendo divulgada como emagrecedor natural.
A Anvisa alerta que, até o momento, nenhum produto à base de Caralluma é regularizado e que não há comprovação de sua segurança e eficácia. A agência recomenda que as pessoas suspendam imediatamente o consumo do produto.
O alerta à população sobre os riscos de se consumir produtos de origem e efeitos desconhecidos será intensificado.
Resolução da Anvisa autoriza, ainda, que equipes de vigilância sanitária dos estados e dos municípios possam ir a lojas e farmácias e retirar o produto das prateleiras.
Segundo a Anvisa, até que haja uma decisão sobre o uso da Caralluma no mercado brasileiro, os produtos apreendidos ficarão guardados em embalagens lacradas.
Da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Quedas e acidentes de trânsito são as principais causas de acidentes. Ingestão de álcool antes do acidente foi relatada por 8,1% dos pacientes
As vítimas de acidentes somaram 35.646 atendimentos do total de 39.665 registros de pessoas acolhidas em serviços sentinelas de urgência e emergência no Brasil. Isso representou 89,9% dos atendimentos identificados pelo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), do Ministério da Saúde. Constam do levantamento informações coletadas 74 serviços de saúde de 23 capitais e Distrito Federal (lista abaixo), entre setembro e novembro de 2009.
Os homens foram que mais necessitaram de atendimento por conta de acidentes, com 23.082 registros (64,8% do total). Para o sexo feminino, o número e a proporção caíram quase pela metade – 12.515 (35,2%). Quarenta e nove pessoas (0,1%) não tiveram o registro do sexo.
Entre os homens, as duas principais causas de acidentes foram as quedas (31,8%) e os acidentes de transporte (29,6%). Essas causas se repetem na mesma ordem para o sexo feminino, com 45% e 20,5%, respectivamente. Pessoas de 20 a 29 foram as que mais procuraram atendimento, com 22,9% do total de vítimas de acidentes.
TIPOS DE ACIDENTES – A análise dos dados mostra que as principais causas de acidentes identificadas pelo VIVA foram as quedas (36,5%) e os acidentes de trânsito (26,4%). Também entraram no levantamento os ferimentos com objetos que cortam ou perfuram (7,2%), choque contra pessoa ou objeto (6,5%), lesões ou torções (4,7%), além de acidentes envolvendo penetração, ingestão ou inalação de corpo estranho (4,5%). Houve, ainda, registros de acidentes com objetos que caíram em cima da vítima (3,7%), acidentes com animais (3,2%) e queimaduras (2,2%).
Atendimentos de emergência provocados por sufocação, afogamento, envenenamento, acidentes com arma de fogo e situações não especificadas foram incluídas na categoria “outros” e representaram apenas 3,6% do total de pessoas atendidas e participantes da pesquisa. Do total de atendimentos por acidentes, 23,5% foram relacionados ao trabalho, sendo 14,2% em mulheres e 28,7% em homens.
De acordo com a coordenadora da área de Vigilância e Prevenção de Acidentes e Violências do Departamento de Análise de Situação de Saúde (Dasis), Marta Silva, as quedas podem ser evitadas com cuidados que variam conforme o grupo etário. “As crianças, por exemplo, devem ficar sob a supervisão dos adultos, sejam os pais ou responsáveis. Nas residências, deve haver proteção de móveis, telas em janelas e varandas, uso de tapetes antideslizantes, cercadinhos, e demais mecanismos de segurança”, explica.
Quanto aos idosos, também vulneráveis às quedas, a recomendação é adaptar banheiros, retirar tapetes, usar assentos adaptados para banho, corrimãos, suportes para auxílio no acesso ao banheiro e cama. Para a população em geral, deve haver nivelamento de calçadas, sinalização de obras e proteção de bueiros.
BEBIDA ALCOÓLICA – Realizado desde 2006, esta edição do VIVA também apurou se os indivíduos que procuraram atendimento haviam ingerido bebida alcoólica – um hábito mais frequente em homens e que é um importante fator de risco para acidentes, especialmente os acidentes de trânsito e as violências.
Pela primeira vez, o questionamento foi feito diretamente aos pacientes. Antes, era anotada somente a suspeita do entrevistador de que a pessoa atendida apresentava indícios de ingestão de bebida alcoólica, tais como o hálito forte e dificuldade para articular palavras.
Em 8,1% dos casos, as pessoas estavam alcoolizadas e em 6,7% houve suspeita de terem bebido. Entre os homens, o percentual sobe para 10,6% entre os que declararam ter bebido antes do acidente e 8,9% foram classificados como suspeitos. Para as mulheres, os percentuais caem para 2,7% e 3,7%, respectivamente.
RAÇA E COR – Em 51,4% dos casos, as vítimas declararam ser da cor parda; 26,2% se disseram brancos e 17,8%, pretos. Quanto à escolaridade, 30,2% das pessoas declararam ter entre 5 e 8 anos de estudo.
PERÍODO – De acordo com o VIVA, os acidentes foram mais frequentes durante o dia. No entanto, há variações, como o aumento de registros a partir das 6h, com pico por volta das 12h. No período da tarde, verifica-se redução, mas com aumento gradual e pico por volta das 18h, coincidindo com o retorno do trabalho para casa. Do total dos atendimentos, 26% foram realizados pela manhã, 36% à tarde e 38% à noite.
LOCAL DO ACIDENTE – O local mais comum do acidente foi a residência (37,7%). Em seguida, vêm as vias públicas, como ruas e praças (35,5%). Entre as mulheres, 51% dos acidentes ocorreram na própria casa e 31,4% em vias públicas. Entre os homens, a situação se inverte: 37,7% dos acidentes ocorrem nas ruas e 30,3% no ambiente doméstico. Quanto ao tipo de lesão sofrida, no geral, as principais foram corte ou laceração (28,4%), torções ou luxação (19,5%) e contusão (18,1%).
TRANSPORTE – O veículo particular (37,5%), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/SAMU (14%) e as ambulâncias (14%) foram os meios de locomoção mais utilizados pelos acidentados para chegar ao hospital. Depois destes, vêm o transporte coletivo (12%) e as viaturas policiais (10,1%).
Ministério da Saúde
Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12026
Vítimas, em geral, têm de 20 a 29 anos, são de cor parda e dizem ter de 5 a 8 anos estudo. Mais de 40% das vítimas do sexo masculino disseram ter ingerido bebida alcoólica antes de sofrer a violência
Os homens jovens, de 20 a 29 anos, de cor parda e com escolaridade média de 5 a 8 anos de estudo foram as principais vítimas de violência urbana no Brasil em 2009. Do total de 4.019 atendimentos em unidades de referência para acidentes e violências, 2.915 foram de pessoas do sexo masculino (71,1%), contra 1.098 do sexo feminino (28,7%).
Os dados são do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) e foram coletados com base nos registros de 74 unidades sentinelas de 23 capitais e Distrito Federal, entre setembro e novembro de 2009. O número total de atendimentos decorrentes de violências correspondeu a 10,1% da amostra do estudo, que inclui, ainda, os casos de acidentes (89,9% do tototal).
Este inquérito permite ao Ministério da Saúde traçar o perfil de pessoas vítimas de acidentes e de violências para, a partir dessas informações, subsidiar ações de enfrentamento a esses problemas consolidados em políticas públicas de prevenção e de promoção da saúde e de cultura de paz.
“Sabe-se que os homens se expõem mais aos fatores de risco do que as mulheres e a maioria dos casos ocorreram em via pública, caracterizando violência urbana”, esclarece a coordenadora da área de Vigilância e Prevenção de Acidentes e Violências do Departamento de Análise de Situação de Saúde (Dasis), Marta Silva.
Os dados confirmam tendência verificada na primeira edição do VIVA, em 2006, de que os homens se envolvem mais em atos violentos do que as mulheres. As principais vítimas foram pessoas jovens, na faixa dos 20 aos 29 anos. Os percentuais foram de 36,5% para os homens e de 30,7% entre as mulheres.
Em segundo lugar, com 20,6%, estão as pessoas de 30 a 39 anos para o sexo masculino; e de 10 a 19 anos para o sexo feminino. Em terceiro aparecem pessoas com idade entre 10 a 19 anos para homens (17,9%) e de 30 a 39 para mulheres (20,5%).
Em 30,2% dos casos as vítimas declararam ter de 5 a 8 anos de estudo. Outros 27,7% dos entrevistados disseram ter entre 9 a 11 anos de escolaridade. O percentual dos que frequentaram a rede de ensino por um período de até 4 anos foi de 23,9%. O questionário não foi aplicado a crianças com menos de 6 anos e a portadores de transtorno mental grave.
BEBIDA ALCOÓLICA – Mais de um terço das pessoas que buscaram atendimento médico em unidades de urgência e emergências para violências chegaram alcoolizadas ao local. Do total de 4.019 pessoas avaliadas, 1.446 (37,5%) declaram ter ingerido bebida alcoólica antes de se envolver em situações de violência. Realizado desde 2006, esta é a primeira vez que o estudo incluiu a pergunta direta à pessoa atendida sobre uso de bebida alcoólica.
Além do alto índice de pessoas atendidas que admitiram ter bebido, outras 1.288 (31,3%) foram classificadas como suspeitas pelos entrevistados de estarem alcoolizados ao chegar aos serviços de atendimento a vítimas de violência.
Nesse quesito, os percentuais entre os homens são o dobro daqueles verificados para as mulheres – 41,6% dos pacientes do sexo masculino declararam ter bebido, e outros 36,7% foram suspeitos de beber álcool no dia que procuraram atendimento médico. Para as mulheres, os percentuais foram de 21,1% e 18%, respectivamente, para as que afirmaram ter bebido e as que ficaram sob suspeita.
Para o Ministério da Saúde, esse dado pode estar associado ao tipo de violência (89,5% dos casos registrados foram agressão/maus-tratos), ao local de ocorrência (41,4% ocorreu em via pública e 33,7% em residências) e ao provável autor de agressão (desconhecido 37,2% e amigo ou conhecido 29,7%), o que caracteriza a violência urbana e intrafamiliar.
RAÇA E COR – O número de pessoas de cor parda (2.207) e preta (714) vítimas de violências somou 2.921 atendimentos do total de 4.019 registrados pelo VIVA. Isso corresponde a 72,8% dos atendimentos entre setembro e novembro de 2009. O total de pessoas de cor branca somou 907 atendimentos (26,3%). Os serviços atenderam, ainda, 90 pessoas (2,3%) de cor amarela e 22 indígenas (0,5%). Setenta e dois (1,7%) registros ficaram sem informação sobre raça e cor.
“O fato de temos a maioria dos atendimentos ocorrendo na parcela identificada como parda e preta aponta para as relações de gênero e racismo. Sabe-se que as diferenças raciais associam-se às desigualdades sociais, que condicionam as ocorrências de eventos violentos nas comunidades”, afirma Marta Silva.
VIOLÊNCIA FÍSICA – Os dados do Ministério da Saúde revelam que a agressão física é responsável por 94,1% dos atendimentos a pessoas vítimas de violências nas unidades de urgência e emergência. Do total de 4.012 pessoas atendidas, 3.346 foram vítimas de violência ou agressão.
A maior parte das agressões (37,2%) foi cometida por pessoa desconhecida. No entanto, amigos ou conhecidos aparecem como segundo grupo de prováveis autores das agressões (29,7%). Em terceiro lugar, surgem os ex-companheiros das vítimas (13,5%), o que revela a violência doméstica.
Porém, a soma dos percentuais em que os(as) prováveis autores(as) das agressões são pessoas próximas das vítimas (familiares, amigos, conhecido, companheiro ou companheira) chega a 55,6% dos casos.
Os homens são citados como prováveis autores da agressão em 77,7% dos casos. Para mulheres, o percentual é seis vezes menor (13,1%).
A força física foi relatada como principal meio de agressão, tanto no geral (61,7%) quanto para os sexos feminino (73,6%) e masculino (57,2%). Em segundo lugar as agressões com uso de armas brancas e objetos perfurocortantes como facas (29,8%) para os homens e ameaça verbal (27,7%) para as mulheres.
Em 50,3% de todos os casos, cortes ou laceração foram os resultados do ato violento. As áreas preferenciais para as agressões foram o rosto e outras regiões da cabeça (32,3%), especialmente entre homens (34,4%). Entre as mulheres o percentual foi de 27,2%.
No geral, os braços vêm em segundo lugar como alvo preferencial das agressões (20,7%). Os percentuais são próximos para os sexos feminino (21,6%) e masculino (20,3%). Aqueles que tiveram múltiplos órgãos e regiões do corpo atingidas corresponderam a 14,1% do total de registros, 14,7% entre mulheres e 13,8% dos homens.
De acordo com o Dasis, o inquérito realizado com as informações do VIVA capta mais facilmente as violências que resultam em algum tipo de lesão física, como os traumas, ferimentos e fraturas, os quais demandam atendimento de serviço hospitalar.
“As agressões físicas são as causas destes tipos de lesões, por isso o seu predomínio dentre os atendimentos provocados por violências. No entanto, ainda existem outros tipos de violência, que não a física, captadas pelo inquérito e que são minoria, pois às vezes nem chegam a procurar atendimento nos serviços de emergência”, explica Marta Silva. “Esses casos podem estar associados à violência contra criança sem lesão física grave, à violência sexual e psicológica ou negligência”.
O local mais comum da violência foi à via pública, como ruas e praças (41,4%), seguida da residência (33,7%). As pessoas do sexo feminino foram mais vítimas de violências nas residências (56%) e as do sexo masculino foram mais vitimados nas vias públicas (47,9%). Em geral, a violência ocorre nos fins de semana (44,2%) e os atendimentos são mais comuns à noite, entre 18h e 0h.
Ministério da Saúde
Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12027