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No domingo, dia 1° de dezembro, foi comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids e no mesmo dia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou uma novidade no tratamento do HIV: todos os adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença.
Essa oferta com antirretrovirais garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas pelo HIV e reduz a transmissão do vírus, isso porque a pessoa em tratamento com antirretrovirais, ao diminuir a carga viral, reduz a propagação do HIV.
Na ocasião, o ministro anunciou também a oferta pelo SUS, aos pacientes com HIV, da dose tripla combinada, o chamado três em um. "Este medicamento será disponibilizado como tratamento inicial para as pessoas com o HIV. Nossa meta é ofertar, em um primeiro momento, para dois estados: Rio Grande do Sul, por ter uma das maiores taxas de detecção do país, e para o Amazonas, que tem uma das maiores taxas de mortes por aids em relação aos casos registrados no estado", justificou o ministro, ressaltando que, posteriormente, será disponibilizado aos demais estados do país.
Desde o início da oferta do antirretroviral no SUS, há 17 anos, 313 mil pessoas foram incluídas no tratamento. Com o novo protocolo, o Ministério da Saúde irá disponibilizar os medicamentos a mais 100 mil pessoas, apenas em 2014. Isso significa um aumento de 32% no número de pacientes vivendo com HIV com acesso ao antirretroviral.
Com a assinatura e publicação da portaria no Diário Oficial realizada ontem, segunda-feira, o novo tratamento passa a valer em todo o território nacional. O paciente poderá iniciar o tratamento logo após a confirmação da presença do vírus no organismo. Dados de estudos internacionais evidenciam que o uso precoce de antirretrovirais diminui em 96% a taxa de transmissão do HIV.
PREVENÇÃO INOVADORA
O Ministério da Saúde também dará início a um estudo inédito no país para o uso de tecnologias de prevenção inovadoras, como a Profilaxia Pré-Exposição (PREP). O estudo será realizado no Rio Grande Sul, como projeto-piloto, e integra as ações previstas no termo de cooperação técnica, entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, assinado neste domingo.
O objetivo é introduzir nos Serviços de Assistência Especializada (SAEs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a Profilaxia Pré-Exposição e expandir para a atenção básica a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que já é oferecida no SUS desde 2010, nos SAEs. O estudo, que será realizado em um primeiro momento no Rio Grande do Sul, terá prazo de um ano e deve ser iniciado no primeiro trimestre de 2014.
A PREP será usada como estratégia de intervenção para a prevenção da transmissão entre populações prioritárias – homens que fazem sexo com homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua. A PREP é o uso diário de antirretrovirais em pessoas não infectadas, mas que estão em risco muito elevado de infecção pelo HIV, de forma a bloquear a aquisição do vírus.
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de prevenção que consiste no início do uso de medicamentos até 72 horas decorridas de uma provável exposição ao vírus HIV e já é utilizada, basicamente, em duas situações: em casos de risco de contaminação por HIV de profissionais de saúde na atividade laboral, devido a acidentes, e em casos de relações sexuais para reduzir o risco de transmissão do HIV, quando ocorre falha nas medidas de prevenção.
Boletim Epidemiológico - A epidemia de aids no Brasil é considerada como concentrada porque, apesar de uma prevalência do HIV baixa, na população em geral (0,4%), em alguns grupos prioritários – homens que fazem sexo com homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas – ela pode ser maior que 10%. A taxa de detecção tem se apresentado estável, nos últimos anos, em torno de 20 casos de aids a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano.
A taxa de mortalidade pela doença vem reduzindo no país nos últimos 10 anos. Em 2003, era de 6,4 casos a cada 100 mil habitantes, caindo para 5,5 a cada 100 mil habitantes em 2012. Entretanto, esta tendência não é observada nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam aumento ao longo deste período. Do total de óbitos por aids no Brasil, até o ano passado, 190.215 (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres. "A aids continua como um problema de saúde no Brasil. Embora, em termos nacionais, a epidemia esteja estabilizada, existem diferenças regionais. Diante desta situação, estamos cada vez mais empenhados na adoção de medidas que contribuam para reverter este quadro", afirmou o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, após encerramento da cerimônia, no Rio de Janeiro.
Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 700 mil pessoas podem estar infectadas com o HIV, sendo que cerca de 150 mil desconhecem essa situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país.
Nos últimos 10 anos, há uma tendência de queda na proporção de casos por transmissão vertical na faixa etária de menores de cinco anos. Em 2012, esses casos representaram 41,8%, sendo que em 2003 esses números representavam 63,8% desses casos.
Em 2003, foram detectados 913 casos nessa faixa etária, com taxa de 5,3 por 100 mil habitantes. No ano de 2012, foram registrados 475 casos, com taxa de 3,4 por 100 mil habitantes, ou seja, uma redução de 36% na taxa de detecção. Importante ressaltar que esse indicador tem sido utilizado para monitorar a taxa de transmissão vertical do HIV (mãe para filho) em menores de cinco anos.
Dentre as cinco regiões do país, nos últimos 10 anos, observa-se uma diminuição de 18,6% na taxa de detecção na Região Sudeste (de 24,7, em 2003, para 20,1, em 2012) e de 0,3% na Sul (de 31,0 para 30,9). Todas as outras regiões apresentaram aumento, sendo 92,7% na Região Norte, 62,6% na Nordeste e 6,0% na Centro-Oeste. Este cenário sinaliza uma estabilização dos casos de aids no país.
Fonte: Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou nesta quarta-feira (27) que as operadoras de planos de saúde deverão restituir em dobro o valor cobrado indevidamente dos clientes. De acordo com a agência, os processos gerados a partir das reclamações serão arquivados somente após o pagamento.
A mudança na regulamentação da ANS ocorreu após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre um desacordo da Resolução Normativa nº 48/2003 da agência com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A partir de agora, os consumidores lesados poderão ser ressarcidos ainda durante a apuração da reclamação.
Anteriormente à determinação do MPF, o procedimento adotado pela ANS considerava como obrigação das operadoras de planos de saúde a simples devolução do valor cobrado indevidamente. No entanto, segundo a recomendação do procurador da República, Márcio Barra Lima, tal regra deixa de observar o que determina o Código de Defesa do Consumidor.
FenaSaúde destaca exceções
De acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a nova medida da ANS não prevê algumas exceções. Por essa razão, ela encaminhou ofício à agência no último dia 1º de novembro solicitando a revisão da nova norma.
Para a FenaSaúde, ao acatar a recomendação do Ministério Público Federal e estabelecer que todo e qualquer equívoco de cobrança seja ressarcido em dobro ao beneficiário de plano de saúde para que a conduta da operadora seja considerada como Reparação Voluntária e Eficaz, a ANS "omitiu exceções previstas no próprio Código de Defesa do Consumidor (CDC), que dispõe que nos casos de erro justificável não há incidência de devolução em dobro".
Ainda segundo a federação, a obrigação de pagamento em dobro é cabível apenas em situações de dolo (má-fé) ou culpa na conduta do fornecedor. "Tal entendimento é ignorado pela atual Resolução Normativa, que estipula pagamento em dobro sem qualquer apuração das condições de cobrança", informou a FenaSaúde em entrevista à Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil
Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza campanha pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele
No dia 30 de Novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele e a Sociedade Brasileira de Dermatologia irá disponibilizar cerca de 4 mil médicos voluntários distribuídos em 139 postos pelo Brasil, que realizarão atendimento simultâneo para análise, diagnóstico e posterior tratamento da doença, das 9h às 15h, em hospitais públicos credenciados, postos de saúde e tendas montadas em pontos de grande circulação. Nos postos, também estão previstas atividades educativas, como aulas expositivas sobre fotoproteção e sobre como suspeitar do câncer da pele.
Para saber qual o posto de atendimento mais próximo da sua casa, ligue para 0800-701-3197. Tendo apenas o número do seu CEP em mãos, você já consegue saber pelo sistema aonde ir. Além disso, clicando aqui, você pode visualizar todos os postos deste ano.
E você sabe como prevenir a doença? A Sociedade Brasileira de Dermatologia dá algumas dicas:
- Evite a exposição excessiva ao sol.
- Proteja a sua pele dos efeitos da radiação UV.
- Use chapéus, camisetas e protetores solares.
- Evite a exposição solar e permaneça na sombra entre as 10 e as 16h (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, use barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Use filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilize um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplique o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplique uma boa quantidade pela manhã e reaplique antes de sair para o almoço.
- Observe regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Consulte um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
- Mantenha bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), maior centro de oncologia da América Latina, realizou nesta terça-feira (26) uma ação inédita. No hall de entrada do hospital, foi oferecido aos pacientes um ensaio fotográfico, iniciativa que faz parte da campanha "Drible o preconceito!" e que visa prevenir o câncer de próstata.
Durante o ensaio, foram oferecidos aos "modelos" acessórios divertidos do sexo masculino, como chapéus, bigodes, suspensórios e gravatas. Além disso, os pacientes puderam convidar seus acompanhantes para as fotos, que foram clicadas por fotógrafos profissionais do estúdio especializado InFoco.
Além de fazerem parte de uma exposição inédita que o Icesp vai realizar, as melhores fotos clicadas dos pacientes serão impressas e publicadas nas redes sociais do hospital a fim de alertar, de forma leve, a respeito da relevância dos exames de diagnóstico precoce, assim como o valor da adesão ao tratamento.
"A proposta da ação é chamar atenção para uma campanha sobre a saúde do homem e, ao mesmo tempo, trazer momentos alegres para os pacientes e acompanhantes", destaca a coordenadora de Humanização do instituto, Maria Helena da Cruz Sponton.
Ainda sem data de previsão para a publicação nas redes sociais, as fotos produzidas na ação poderão ser vistas na página do Facebook do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Basta acessar a página e curti-la: https://www.facebook.com/InstitutodoCancerSP?fref=ts
Cientistas escoceses da Universidade de Edimburgo desenvolveram uma nova forma de identificar o risco de ataques cardíacos.
A nova técnica detecta a formação de placas nas artérias que levam sangue ao coração. Se uma dessas placas de gordura se rompe, a artéria pode ficar obstruída, bloqueando o fluxo do sangue e provocando o ataque cardíaco.
Eles usaram um marcador radiativo – uma substância química que ajuda a detectar as placas. Eles conseguiram visualizar essas placas com imagens de alta resolução do coração e das veias sanguíneas, obtendo assim um retrato detalhado do coração, com as zonas de perigo claramente identificadas. Uma técnica semelhante é usada para detectar o local exato de tumores em pacientes com câncer.
Os testes iniciais foram feitos com 40 pacientes que haviam sofrido ataques cardíacos recentes. Com a técnica, os pesquisadores conseguiram localizar as zonas de perigo nas artérias em 37 deles.
Esta é a primeira vez que se consegue localizar as placas usando agentes químicos. O próximo passo, segundo os cientistas, é achar as zonas de perigo antes – e não depois – do ataque cardíaco.
"Eu acredito que nem todas as placas detectadas causarão ataques cardíacos, mas isso pode ser útil para identificar pacientes de alto risco que precisam de terapias mais agressivas", disse o cardiologista Marc Dweck, um dos autores do estudo.
A técnica será testada agora em pacientes de alto risco de ataques cardíacos, entre eles alguns que estão prestes a passar por cirurgias. Ele afirma que, caso a tecnologia se mostre eficaz nesses casos, isso poderá fazer uma "diferença enorme" na vida dos pacientes.
"Ataques cardíacos são a principal causa de morte no mundo ocidental, e não há aviso prévio – a primeira vez que as pessoas ficam sabendo da doença cardíaca é quando elas têm um ataque cardíaco."
"Se nós podemos tratar e estabilizar as placas, poderemos prevenir ataques cardíacos e impedir as pessoas de morrer."
Fonte: BBC Brasil