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Você já ouviu falar na soja preta? Apesar de ser menos famosa do que a com grãos amarelos, ela possui as mesmas qualidades nutricionais, mas com uma vantagem: apresenta o dobro de atividade antioxidante, capaz de impedir a degeneração das células, mesmo após o cozimento dos grãos.

Segundo pesquisa da engenheira de alimentos Diana Figueiredo de Rezende, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, a maior quantidade de flavonoides e compostos fenólicos, assim como a presença de antocianinas, são as responsáveis por tais características diferenciadas da soja preta em relação à amarela. Tais substâncias são antioxidantes, ou seja, evitam a oxidação de moléculas que aceleram o processo de morte celular.

Ao comprovar a relação das substâncias com a antioxidação, o estudo apontou que, em média, a soja preta apresenta o dobro dessa capacidade. Após o cozimento, os dois tipos de soja apresentaram perda igual de compostos fenólicos totais, de aproximadamente 40%.

Responsáveis por pigmentos que vão do vermelho ao azul, as antocianinas são encontradas principalmente em alimentos com essas tonalidades e são o principal fator diferencial entre as duas sojas. Além disso, a pesquisadora identificou os dois tipos dessa substância encontrados na soja preta: a cianidina-3-O-glicosídeo e a peonidina-3-O-glicosídeo.

A fim de evitar que o solo interferisse no resultado da pesquisa, foram analisados apenas grãos de uma mesma região. "Tomou-se a precaução de que todas as amostras fossem provenientes da mesma safra e que tivessem as mesmas condições de cultivo", explica Diana, que buscou também saber se havia diferença na massa de 100 grãos de cada espécie e em seus teores de compostos da gordura. No entanto, os indicadores não mudaram de um tipo para outro.

 

Fonte: Agência USP

Um estudo apresentado no seminário do Instituto de Pesquisa de Câncer Britânico, em Liverpool, afirma que um simples teste de sangue pode ser usado para identificar o avanço do câncer de pele.

O autor do estudo e oncologista consultor da Universidade de Dundee (Grã-Bretanha), Tim Cook, explica que é um grande desafio identificar a propagação do melanoma – o tipo mais sério de câncer de pele. Por isso, ele e seus colegas de estudo acreditam que é importante medir os níveis de um gene chamado TFP12 no DNA de pacientes.

Segundo ele, o exame de sangue é uma forma simples e precisa para descobrir o quão avançada está a doença, além de indicar se ela começou a se espalhar. "Isso daria a médicos e pacientes informações importantes, com muito mais antecedência do que temos no momento", afirma. "Há crescentes evidências de que os tratamentos são mais eficientes nesses estágios iniciais. Se conseguirmos identificar quando o câncer começar a se espalhar, poderemos aumentar significativamente as chances de vencer a doença."

Segundo especialistas do setor, a descoberta pode levar a diagnósticos mais rápidos e a novos tratamentos.

O próximo passo do estudo, segundo Charlotte Proby, dermatologista da Universidade de Dundee, é desenvolver um mapa de "biomarcadores" que ajudem a identificar pacientes que precisam de reforço no tratamento do melanoma.

Para Harpal Kumar, executivo-chefe da ONG Cancer Research UK, o uso de exames de sangue para detectar o avanço da doença é algo muito importante. "Essa pesquisa pode resultar em diagnósticos mais rápidos e em novos tratamentos em potencial, dando a pacientes e médicos mais chances de derrotar a doença", diz.

A mesma equipe de pesquisadores identificou outro biomarcador em potencial, chamado NT5E, que parece estar ligado ao avanço de um tipo agressivo de melanoma.

Os pesquisadores dizem que essa identificação pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para a doença, sobretudo em casos em que ela se espalha para órgãos como cérebro e pulmão.

 

Fonte: BBC

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta terça-feira (5) o quarto pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados. O acordo, que foi selado com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), tem como objetivo diminuir o alto índice de consumo de sal no país, responsável por doenças crônicas, como as cardíacas e a hipertensão.

A primeira parceria entre o Ministério da Saúde e a Abia, firmada em 2011 e válida por quatro anos, previu a redução de sódio em 16 categorias de alimentos processados, entre elas pães, bisnagas e massas instantâneas. Em 2012, o termo de compromisso foi ampliado e incluiu na lista outros tipos de alimentos, como cereais matinais, margarinas, temperos e caldos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação de consumo diário máximo de sal é de menos de 5 gramas por pessoa. Porém, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o atual consumo do brasileiro ultrapassa os 12 gramas diários.

A hipertensão arterial, causada pelo alto consumo diário de sal, é a principal preocupação das autoridades de saúde do país. Na última pesquisa encomendada pelo ministério em 2011, que contou com a participação de mais de 54 mil brasileiros, os resultados apontaram que a doença atinge 22,7% da população adulta, número acima do considerado ideal.

Nos próximos dias, Alexandre Padilha deve divulgar dados inéditos da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, inclusive sobre a hipertensão arterial. A expectativa é que o primeiro impacto dos acordos de redução de sódio anteriores já deva ser sentido.

 

Fonte: Agência Brasil

Cientistas britânicos da Universidade de Nottingham afirmam que um novo exame que identifica sete tipos de câncer de mama poderá estar disponível dentro de dois anos.

Nos exames atuais, para se detectar a doença, apenas dois marcadores biológicos são procurados, porém, no ano passado, pesquisadores revelaram que o câncer de mama pode ser de dez tipos diferentes, dependendo da genética da paciente. Esses outros tipos só podem ser identificados a partir de um exame genético detalhado, que custa caro e não é prático para a maioria dos pacientes.

Os pesquisadores afirmaram que esse novo método, que avalia dez proteínas importantes que identificam sete tipos diferentes da doença, vai ajudar os médicos a personalizar os tratamentos e aumentar as taxas de sobrevivência dos pacientes, que variam de acordo com o tipo de câncer.

O líder da pesquisa, Andy Green, afirmou que, com o aumento nas opções de tratamento para câncer de mama, a decisão quanto à escolha do tratamento mais adequado está ficando cada vez mais complexa. "Melhorias no tratamento e no resultado para pacientes com câncer de mama vão envolver a melhoria nas metas de terapias apropriadas para os pacientes. (Mas) deve ser igualmente importante a melhora em estratégias paralelas para evitar tratamentos desnecessários ou impróprios e os efeitos colaterais", disse.

O estudo

No estudo, os cientistas procuraram pela "assinatura" de cada tipo de câncer em 1.073 amostras de tumores, recolhidas em um banco de tecidos.

A descoberta foi de que 93% dessas amostras se encaixavam bem em um dos sete tipos, enquanto as 7% restantes foram mais difíceis de se encaixar em uma categoria.

Outros exames das amostras revelaram que os sete tipos são definidos por combinações e níveis diferentes de dez proteínas encontradas em células do câncer de mama.

Elas incluem duas proteínas que já são identificadas rotineiramente em células de câncer de mama – o receptor de estrogênio (ER) e HER2, além de outras que não são testadas atualmente, como a p53, HER3, HER4a e a citoqueratina.

Mas, apesar do otimismo dos pesquisadores, ainda é preciso mais pesquisas nessa área.

"A pesquisa e as novas tecnologias estão começando a nos dar uma ideia do que está por vir nesta área. Mas não está claro se esta série de marcadores dará aos médicos mais informações úteis do que os exames que já são feitos", diz Emma Smith, do departamento de informação científica da ONG britânica Cancer Research UK.

"Vamos precisar de resultados de outros estudos ou testes clínicos para afirmar com certeza se essa abordagem pode ser boa para identificar tratamentos diferentes e melhorar a sobrevivência para as mulheres com a doença."

 

Fonte: BBC 

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (1º) a ampliação de até 25% dos serviços de radioterapia em 63 municípios de 22 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, através do Sistema Único de Saúde (SUS). A novidade, divulgada pelo ministro Alexandre Padilha, será possível graças à compra de 80 aceleradores lineares, além de prever a instalação de uma fábrica que produzirá equipamentos para abastecer o mercado nacional.

"Já que estamos fazendo a maior compra de equipamentos de radioterapia que o mundo inteiro está vendo, exigimos que quem ganhasse o pregão construísse uma fábrica de aceleradores lineares no Brasil. Queremos a transferência da tecnologia deste equipamento para pesquisadores brasileiros, para jovens brasileiros, para gerar emprego aqui neste país e informação tecnológica para nossos pesquisadores", afirmou o ministro.

Usados no tratamento de pessoas com câncer, os aceleradores lineares são equipamentos de alta tecnologia que tiveram o custo final de R$ 119,9 milhões, segundo o edital do Ministério da Saúde. A vencedora do pregão foi a norte-americana Varian Medical Systems, empresa que atua na área da radioterapia há 65 anos desenvolvendo dispositivos médicos e softwares de tratamento de câncer.

"Nós sabemos que o Brasil tem uma grande demanda, até porque a previsão que nós temos é de um aumento anual dos números de casos de câncer. A expectativa, a projeção do INCA é que a gente venha a ter 500 mil novos casos de câncer, e nós vimos que precisávamos expandir fortemente os serviços de radioterapia. Atualizar os que já existem e expandir, especialmente para a região Norte e Nordeste, e interior das regiões Sul e Sudeste no nosso país", completa Padilha.

Para definir os locais que receberão os novos equipamentos, foram criados alguns critérios em conjunto pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. São eles o número estimado de casos novos anuais de câncer, a necessidade global de radioterapia nos estados, a oferta de percentuais estaduais de cobertura do sistema de saúde suplementar e os serviços existentes.

 

Panorama atual

O SUS possui, atualmente, 248 equipamentos de radioterapia distribuídos em 155 serviços, responsáveis por 9,6 milhões de sessões por ano. Com a ampliação, a expectativa é de que a população passe a contar com 328 equipamentos e 196 serviços, aumentando a capacidade de realização de sessões para 13 milhões ao ano.

A aquisição dos aceleradores faz parte do Programa de Fortalecimento do Combate ao Câncer de Mama e de Colo de Útero, lançado no ano de 2011. Em 2012, o SUS aumentou em 22% os recursos para assistência oncológica no país, enquanto o Ministério da Saúde fechou o ano com investimento de R$ 2,2 bilhões no setor.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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