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A prática de atividade física pode trazer inúmeros benefícios à saúde, especialmente à dos idosos. É o que confirma um estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) com dois grupos de pacientes do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

O primeiro grupo avaliado na pesquisa, de 48 idosos com idade média de 79 anos, praticava exercícios físicos regularmente, enquanto o outro grupo, de 44 pacientes, era sedentário. Segundo os resultados apresentados, aqueles que adotavam hábitos mais saudáveis reduziram em até 35% a procura por atendimento médico na comparação com os outros pacientes.

Para o especialista em medicina do esporte e coordenador do estudo, Dr. Samir Salim Daher, a prática de exercícios físicos evita a ocupação de leitos hospitalares e procedimentos de maior complexidade, além de trazer incontáveis benefícios à saúde nessa faixa etária.

"Para um hospital do tamanho e da importância do HSPE, onde 60% dos pacientes internados são da terceira idade, a prevenção pode beneficiar outras pessoas que necessitam de atendimento médico", revelou Samir, por meio de nota.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães Júnior, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações de pacientes idosos chegam a um terço do total dos investimentos, ainda que a população idosa corresponda a apenas 12,4% de todos os habitantes. Dessa forma, as medidas de prevenção, como a realização de atividade física, ganham um destaque especial.

O secretário acrescenta ainda que, atualmente, 76% dos idosos fazem uso do sistema público de saúde. "Nós não vamos resolver a questão dos idosos somente com geriatras. Existem 400 ou 500 profissionais geriatras no Brasil. Nós vamos precisar de muito mais, mas não é só isso que vai resolver o problema", destacou Helvécio.

 

Fonte: Com informações da Agência Brasil

As mulheres brasileiras apresentam atualmente um dos maiores índices de depressão pós-parto no mundo. Pelo menos é o que sugere uma recente pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Psicologia e pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o estudo, realizado com gestantes que fizeram o pré-natal em unidades básicas de Saúde, no bairro do Butantã, e o parto no Hospital Universitário da USP, 28% das 257 mulheres entrevistadas sofrem com o problema. O número chega a ser pelo menos duas vezes maior do que a prevalência descrita na literatura mundial, que fica entre 10% e 15%.

Para que fosse possível traçar um paralelo com outras situações, a mesma pesquisa foi feita em unidades privadas. No entanto, das 268 mulheres entrevistadas e que tiveram filhos nesses locais, apenas 8% apresentaram os sintomas, taxa considerada menor do que a média mundial.

Segundo as coordenadoras do projeto, Emma Otta, Vera Sílvia Bussab, Maria de Lima Salum e Morais, a análise das estatísticas apontou um conjunto de fatores como os principais riscos para o desenvolvimento do problema, entre eles a qualidade da relação com o parceiro, a ocorrência de depressões anteriores, anos de escolaridade e apoio social.

"Os fatores apontados devem ser interpretados dentro de um contexto mais amplo e considerados em suas interações. Contudo, as mulheres atendidas no hospital público apresentaram maior número de fatores de risco", ressaltaram as pesquisadoras.

As observações feitas durante a pesquisa levaram em consideração os três primeiros anos após o nascimento, a fim de identificar as interferências da depressão no desenvolvimento cognitivo das crianças. De acordo com as análises, embora as mulheres com depressão pós-parto tenham se considerado piores mães, isso não interferiu na interação entre eles.

"Elas relatavam que o bebê dava mais trabalho, que tinham mais dificuldades nos cuidados com a criança, que eram mais impacientes e que dedicavam menos tempo ao filho", explicaram as estudiosas.

 

Medidas preventivas

Apesar do elevado índice apresentado pelas mulheres na depressão pós-parto, o estudo revelou que algumas medidas podem ser úteis para atenuar o impacto do problema. Uma delas seria a adoção de uma ficha de atendimento das gestantes, que faria uma triagem sobre possíveis ocorrências de episódios de depressão anteriores, além de um rastreamento de indicativos do transtorno.

"Isso permitiria o encaminhamento dessas mulheres para o tratamento do transtorno e, adicionalmente, permitiria planejar o acompanhamento delas com mais atenção", destacam as pesquisadoras.

 

Fonte: Agência Brasil

Uma boa notícia para as mulheres: um relatório que acompanhou 73 mil mulheres por 17 anos descobriu que andar no mínimo uma hora por dia diminui significativamente o risco de contrair o câncer de mama.

Segundo a equipe da Sociedade Americana do Câncer, essa foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada.

Especialistas britânicos disseram que o estudo é uma evidência de que o estilo de vida influencia o risco para o câncer.

Uma pesquisa recente da organização beneficente Ramblers mostrou que um quarto dos adultos anda mais de uma hora por semana. Manter uma rotina de atividades físicas é um fator conhecido na redução do risco de se contrair diversos tipos de câncer.

Atividade recreacional

O estudo, que foi publicado na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, acompanhou 73.614 mulheres com idade entre 50 e 74 anos recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência do câncer.

Elas responderam a questionários sobre sua saúde e a respeito de quanto tempo permaneciam ativas e participando de atividades como caminhar, nadar e fazer exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo televisão ou lendo.

Elas preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos entre 1997 e 2009.

Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas.

Os pesquisadores constataram que aquelas que andavam ao menos sete horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparado com aquelas que andavam apenas três ou menos horas por semana.

O epidemiologista da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, Alpa Patel, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres em fase de pós-menopausa".

"Ficamos contentes em descobrir que, sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar uma hora por dia foi associado com menor risco de câncer de mama nessas mulheres."

"Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco."

A baronesa Delyth Morgan, chefe-executiva da Campanha Contra o Câncer de Mama, afirmou: "Este estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar o risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença".

"O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama."

 

Fonte: BBC

Uma descoberta parece ter animado a classe médica na Grã-Bretanha. Pesquisadores da Universidade de Leicester descobriram uma substância química capaz de prevenir a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios.

Em testes feitos com camundongos, os pesquisadores mostraram que a substância pode prevenir a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas, que podem atingir o sistema nervoso tanto de humanos como de animais.

Segundo eles, ainda é necessário mais investigação para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes, mas, de acordo com eles, um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como Alzheimer, mal de Parkinson, doença de Huntington, entre outras.

O Conselho de Pesquisa Médica da Unidade de Toxicologia da universidade focou nos mecanismos naturais de defesa formados em células cerebrais. Eles explicam que, quando um vírus atinge uma célula do cérebro, o resultado é um acúmulo de proteínas virais. As células reagem fechando toda a produção de proteínas, a fim de deter a disseminação do vírus.

No entanto, muitas doenças neurodegenerativas implicam na produção de proteínas defeituosas ou "deformadas". Elas ativam as mesmas defesas, mas com consequências mais graves.

Essas proteínas deformadas permanecem por um longo tempo, o que resulta no desligamento total da produção de proteína pelas células do cérebro, levando à morte destas.

Esse processo acontece repetidamente em neurônios por todo o cérebro, podendo destruir o movimento ou a memória e até mesmo matar, dependendo da doença.

Os pesquisadores usaram um composto que impediu os mecanismos de defesa de se manifestarem, e por sua vez interrompeu o processo de degeneração dos neurônios.

O estudo, que foi divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, mostrou que camundongos com doença de príon desenvolveram problemas graves de memória e de movimento. Eles morreram em um período de 12 semanas. Já aqueles camundongos que receberam o composto não mostraram qualquer sinal de tecido cerebral sendo destruído.

"O que é realmente animador é que pela primeira vez um composto impediu completamente a degeneração dos neurônios. Este não é o composto que você usaria em pessoas, mas isso significa que podemos fazê-lo, e já é um começo", afirma a coordenadora da pesquisa, Giovanna Mallucci.

Segundo ela, o composto oferece um "novo caminho que pode muito bem resultar em drogas de proteção", e o próximo passo seria empresas farmacêuticas desenvolverem um medicamento para uso em seres humanos.

O laboratório de Mallucci também está testando o composto em outras formas de neurodegeneração em camundongos, mas os resultados ainda não foram publicados.

Os efeitos colaterais são um problema. O composto também atuou no pâncreas, ou seja, os camundongos desenvolveram uma forma leve de diabetes e perda de peso.

David Allsop, professor de neurociência da Universidade de Lancaster, descreveu os resultados como "muito impressionante e encorajador", mas advertiu que era necessário mais pesquisas para ver como as descobertas se aplicam a doenças como Alzheimer e Parkinson.

Já o diretor de pesquisa da organização sem fins lucrativos Alzheimer's Research UK, Eric Karran, disse: "Focar em um mecanismo relevante para uma série de doenças neurodegenerativas poderia render um único medicamento com benefícios de grande alcance, mas este composto ainda está em uma fase inicial".

"É importante que estes resultados sejam repetidos e testados em outras doenças neurodegenerativas, incluindo o mal de Alzheimer", finaliza o professor. 

 

 

Fonte: BBC

Durante os meses da primavera, aumentam os casos de catapora no Brasil. Este é o alerta feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infecciosas na América Latina. De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE), já foram registrados 2.168 casos da doença entre crianças de 0 a 9 anos até julho de 2013, número considerado elevado.

A catapora é uma doença comum principalmente no público infantil. Apesar disso, os adultos também precisam estar atentos aos riscos e requerem cuidados especiais, especialmente quando existem doenças associadas e que podem causar complicações.

Caracterizada pelo seu alto poder de contágio, a catapora é também conhecida pelos seus sintomas, como presença de febre e de pintas vermelhas espalhadas por todo o corpo, que evoluem para crostas até cicatrizarem. Durante esse período, há ainda a presença de sinais semelhantes ao de uma gripe ou resfriado, como o mal estar.

Segundo Yu Ching Lian, médica infectologista do Emílio Ribas, o paciente diagnosticado com a catapora deve manter-se resguardado em sua casa, com descanso e a higiene adequada. No caso de portadores de outras doenças, como HIV e câncer, é preciso internação para tratamento adequado e evitar complicações.

"Crianças sem disfunção imunológica não precisam tomar nenhuma medicação especial. O ideal é lavar as lesões com sabão comum durante o banho, secar, não fazer uso de nenhum tipo de pomada e não fazer curativo", ressalta.

Como se trata de uma doença altamente contagiosa, a catapora é mais comum em ambientes de convivência infantil, como creches e escolas. Por essa razão, ao ser constatado o contágio, é preciso afastar o paciente de tais ambientes coletivos, procurar um especialista e iniciar o tratamento imediato.

Para prevenir a doença, a medida mais importante e eficaz é a imunização tetra viral, que também protege contra outras doenças, entre elas a caxumba, a rubéola e o sarampo. A vacina é aplicada em crianças com 15 meses, após a imunização da tríplice viral aos 12, que é distribuída em qualquer posto de saúde mais próximo.

 

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

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