Durante os meses da primavera, aumentam os casos de catapora no Brasil. Este é o alerta feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infecciosas na América Latina. De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE), já foram registrados 2.168 casos da doença entre crianças de 0 a 9 anos até julho de 2013, número considerado elevado.
A catapora é uma doença comum principalmente no público infantil. Apesar disso, os adultos também precisam estar atentos aos riscos e requerem cuidados especiais, especialmente quando existem doenças associadas e que podem causar complicações.
Caracterizada pelo seu alto poder de contágio, a catapora é também conhecida pelos seus sintomas, como presença de febre e de pintas vermelhas espalhadas por todo o corpo, que evoluem para crostas até cicatrizarem. Durante esse período, há ainda a presença de sinais semelhantes ao de uma gripe ou resfriado, como o mal estar.
Segundo Yu Ching Lian, médica infectologista do Emílio Ribas, o paciente diagnosticado com a catapora deve manter-se resguardado em sua casa, com descanso e a higiene adequada. No caso de portadores de outras doenças, como HIV e câncer, é preciso internação para tratamento adequado e evitar complicações.
"Crianças sem disfunção imunológica não precisam tomar nenhuma medicação especial. O ideal é lavar as lesões com sabão comum durante o banho, secar, não fazer uso de nenhum tipo de pomada e não fazer curativo", ressalta.
Como se trata de uma doença altamente contagiosa, a catapora é mais comum em ambientes de convivência infantil, como creches e escolas. Por essa razão, ao ser constatado o contágio, é preciso afastar o paciente de tais ambientes coletivos, procurar um especialista e iniciar o tratamento imediato.
Para prevenir a doença, a medida mais importante e eficaz é a imunização tetra viral, que também protege contra outras doenças, entre elas a caxumba, a rubéola e o sarampo. A vacina é aplicada em crianças com 15 meses, após a imunização da tríplice viral aos 12, que é distribuída em qualquer posto de saúde mais próximo.