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Entrou em vigor na última quinta-feira, dia 02 de janeiro, a nova cobertura obrigatória para beneficiários de planos de saúde, que passam a ter direito a 50 novos exames, consultas e cirurgias, a 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar de câncer, além de coberturas específicas para 29 doenças genéticas.
O novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, editado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), beneficia mais de 42 milhões de consumidores de planos de assistência médica e outros 18 milhões em planos exclusivamente odontológicos, individuais e coletivos, em todo o país.
Medicamentos orais para tratamento domiciliar contra câncer
A principal novidade no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a inclusão de tratamento para o câncer em casa, com medicamentos via oral. Os planos de saúde terão que ofertar medicamentos para o tratamento de tumores de grande prevalência entre a população, como estômago, fígado, intestino, rim, testículo, mama, útero e ovário. A terapia medicamentosa oral contra o câncer promove maior conforto ao paciente e reduz os casos de internação para tratamento em clínicas ou hospitais.
Cobertura para tratamento de doenças genéticas
A ANS definiu 22 critérios para o uso adequado de tecnologias no rastreamento e tratamento de 29 doenças genéticas. São diretrizes de utilização referentes à assistência, ao tratamento e ao aconselhamento das condições genéticas contempladas nos procedimentos de Análise Molecular de DNA e Pesquisa de Microdeleções e Microduplicações por Florence In Sito Hybridization (FISH). Esses procedimentos são utilizados para a avaliação e identificação de diversas doenças genéticas. É a identificação que possibilita direcionar o tratamento mais adequado e avaliar como será a evolução do paciente. É possível ajudar inclusive a evitar que ocorram algumas complicações da doença.
Novos exames, consultas e cirurgias
Entre as principais inclusões do Rol 2014, estão: 28 cirurgias por videolaparoscopia (procedimentos menos invasivos que reduzem os riscos para o paciente e o tempo de internação), além de tratamento de dores crônicas nas costas utilizando radiofrequência e tratamento de tumores neuroendócrinos por medicina nuclear. Também foi estabelecida a obrigatoriedade do fornecimento de bolsas coletoras intestinais ou urinárias para pacientes ostomizados. Junto às bolsas, também devem ser ofertados ao paciente os equipamentos de proteção e segurança utilizados conjuntamente com elas, como as barreiras protetoras de pele.
No rol odontológico, passam a constar a realização de enxertos periodontais, teste de identificação da acidez da saliva e tunelização (cirurgia de gengiva destinada a facilitar a higienização dentária).
Ampliação de procedimentos e de consultas
A ANS também ampliou o uso de 44 procedimentos já ofertados pelos planos de saúde. Entre eles, o exame pet scan, que passa de três para oito indicações: além de tumor pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal, o exame passa a ser indicado também para a detecção de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e câncer de esôfago. O exame de angiotomografia coronariana também foi ampliado para pacientes de risco baixo e intermediário para doenças coronarianas, assim como a tomografia de coerência ótica – que agora também tem indicação coberta pelas operadoras para patologias retinianas, entre elas: edema macular cistoide, edema macular diabético.
O novo rol também contempla o cuidado integral à saúde e o tratamento multidisciplinar ao prever na cobertura obrigatória consulta com fisioterapeuta, além de ampliar o número de consultas e sessões de seis para 12 com profissionais de especialidades como fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional. Pacientes, por exemplo, que queiram se submeter à laqueadura, vasectomia, cirurgia bariátrica, implante coclear e ostomizados ou estomizados têm direito a 12 sessões de psicologia.
A Resolução Normativa editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde foi publicada em 22/10/2013, no Diário Oficial da União. A medida é válida para consumidores com planos de saúde de assistência médica contratados após 1º de janeiro de 1999 no país e também para os beneficiários de planos adaptados à Lei nº 9.656/98.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Complementar
O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a ampliação do uso do medicamento rituximabe para o tratamento de linfomas não Hodgkin de células B foliculares. A droga, antes utilizada apenas para o tratamento do tipo mais agressivo da doença, agora será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em primeira e segunda linhas, ou seja, quando a doença resiste ou retorna após o uso de outros medicamentos.
Utilizado durante a fase da quimioterapia, o rituximabe destrói as células defeituosas e aumenta a sobrevida do paciente que sofre com a doença, que se caracteriza pela multiplicação e acúmulo de linfócitos, principalmente nos gânglios linfáticos. Os principais sintomas são dores, febre e inchaço.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,5 mil pessoas deverão se beneficiar com a medida, que deve custar R$ 28 milhões aos cofres do governo para a compra do medicamento. Para Carlos Sérgio Chiattone, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, a decisão é acertada, ainda que tenha sido tomada de forma atrasada.
"Acho meritório que o governo tenha introduzido o medicamento no SUS, mas o rituximabe, que é uma droga muito eficaz, é usado há mais de uma década para a expressiva maioria dos linfomas em vários países", comenta Carlos.
Apesar de já ter sido aprovado, o rituximabe só estará disponível para a população após 180 dias, prazo necessário para que o ministério defina a forma de compra do produto, que pode ser centralizada, sob responsabilidade do governo federal, ou descentralizada, com subsídios a estados e municípios.
Em 2012, segundo dados disponibilizados pelo SUS, 12 mil pessoas foram internadas em hospitais da rede para o tratamento de linfoma. Destas, 1,5 mil foram diagnosticadas com linfoma não Hodgkin folicular. No ano anterior, 3.737 pacientes morreram em decorrência do linfoma, sendo que 115 foram diagnosticados com o tipo folicular.
Fonte: Agência Brasil
O final do ano é uma época que frequentemente é acompanhada do consumo excessivo de álcool, o que acaba gerando um arrependimento naqueles que beberam demais. Afinal, quem nunca fez um pedido para beber menos no ano que se inicia?
Os benefícios para quem reduz o consumo de bebida alcoólica são imensos e vão desde dormir melhor até ter menos dores de cabeça. Segundo os médicos, a ingestão excessiva de álcool também pode prejudicar o trabalho, a família e os relacionamentos de um indivíduo.
Confira cinco passos para reduzir o consumo de álcool:
- Pense no tamanho do seu copo
Se um dos mandamentos para quem está de dieta é diminuir o tamanho do prato, o mesmo vale para quem quer reduzir a ingestão de álcool: diminuir o tamanho do copo.
Lembre-se também de que as doses que costumamos usar em casa são normalmente maiores do que de restaurantes ou bares.
- Siga à risca as diretrizes para a ingestão de álcool
Não tome álcool durante dois dias da semana. A escolha desses dias fica a critério de cada um, mas essa pausa é necessária, segundo os médicos, para permitir a recuperação do corpo.
As mulheres não devem beber mais de duas ou três unidades por dia (e não mais de 14 unidades por semana).
Já os homens não devem beber mais de três a quatro unidades por dia (e não mais de 21 unidades por semana).
O corpo das mulheres reage ao álcool de uma maneira diferente da dos homens.
As mulheres têm, em média, 10% mais gordura que os homens, o que significa menos fluidos corporais para diluir o álcool. Justamente por isso, o álcool percorre o corpo feminino de forma mais concentrada e causa mais danos.
Além disso, o fígado das mulheres produz menos da substância que o corpo usa para quebrar as moléculas de álcool. Isso significa que as mulheres ficam alteradas mais rápido e também que os efeitos em seu organismo duram mais tempo.
- Saiba o teor alcoólico da sua bebida
O teor alcoólico varia de bebida para bebida. Uma dose de uísque, por exemplo, pode ter até dez vezes mais álcool do que um copo de cerveja tradicional.
Portanto, pense em quantas unidades de álcool você está ingerindo e não se esqueça de contar as doses.
- Sempre faça uma boa refeição antes de começar a beber ou saboreie aperitivos enquanto estiver ingerindo álcool
- Saiba a hora de parar
Se você não estiver pronto para outro drink, saiba a hora de parar. Nunca é demais pedir um refrigerante ou um copo d'água para recarregar as energias. Isso ajudará a cortar o número de unidades de álcool que você ingerir e, claro, evitar a tão temida ressaca.
Fonte: BBC Brasil
Uma boa notícia para a saúde das mulheres: um estudo britânico mostrou que o uso da droga anastrozol pode reduzir em mais da metade a probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama em pacientes de alto risco.
O estudo, realizado com 4 mil mulheres, na Universidade Queen Mary, de Londres, constatou que, além de mais barato, o anastrozol se mostrou mais eficaz e apresentou menos efeitos colaterais que os medicamentos habituais.
Para realizar a pesquisa, os cientistas dividiram as mulheres em dois grupos, ambos com pacientes consideradas de alto risco, por possuírem histórico de câncer na família.
No primeiro grupo as mulheres não receberam a droga e dentre as 2 mil mulheres 85 desenvolveram a doença. Já no segundo grupo, que recebeu o medicamento, apenas 40 entre 20 mil mulheres tiveram câncer. Não houve registro de efeitos colaterais.
Segundo a pesquisa, o anastrozol impede a produção do hormônio estrógeno, substância que tende a impulsionar o crescimento da maioria dos cânceres de mama.
O chefe da pesquisa, professor Jack Cuzick, comemorou a descoberta, lembrando que "o câncer de mama é de longe o mais comum entre as mulheres e agora temos chances de reduzir os casos".
Outra conclusão do estudo é que o anastrozol apenas não consegue impedir a produção de estrógeno nos ovários, o que o faz efetivo apenas se ministrado a mulheres que já passaram pela menopausa.
Nesse caso, o medicamento mais indicado seria o tamoxifeno, cujo custo é igualmente baixo, por causa da patente já vencida.
Alguns países já disponibilizam o tamoxifeno, além do raloxifeno, como medicamento preventivo. Ambos igualmente bloqueiam a produção de estrógeno. No caso do tamoxifeno, antes e depois da menopausa. O ponto negativo é que ambos também aumentam o risco de câncer de útero e trombose venosa profunda.
Para a professora Montserrat Garcia-Closas, do Institute of Cancer Research de Londres, que conduziu o maior estudo sobre câncer de mama, "esta é uma descoberta muito significativa e muito importante".
"A questão agora é se a droga vai reduzir a mortalidade e se vai requerer mais estudos. Mas isso já traz importantes evidências de que a droga pode ser uma alternativa ao tamoxifeno", disse.
Fonte: BBC
Um novo teste para aids, considerado mais rápido do que os métodos atuais, será uma das grandes novidades do Ministério da Saúde para 2014. O exame, realizado por meio de fluido oral, oferecerá à população um melhor diagnóstico da doença nas campanhas do programa Fique Sabendo, nos serviços de saúde que atendem às populações vulneráveis e nas farmácias da rede pública.
A partir de março de 2014, o novo teste começará a ser utilizado por 40 organizações não governamentais (ONGs) parceiras do Ministério da Saúde. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico rápido estará disponível apenas no segundo semestre.
A primeira etapa da implantação do método dará prioridade a homens que fazem sexo com homens, travestis, transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua. A partir de então, o teste passará a ser aberto a todos aqueles que necessitarem do exame.
O kit para a realização do diagnóstico está sendo produzido pelo laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para realizar o teste, é preciso evitar ingerir alimento ou bebida, fumar ou inalar qualquer substância e escovar os dentes ou usar antisséptico bucal por no mínimo 30 minutos antes.
Além de todas essas medidas, o Ministério da Saúde ressalta que também deve ser evitado o uso de batom e qualquer outra atividade oral que deixe resíduo, já que o fluido para o teste oral é extraído da gengiva e da mucosa da bochecha com a ajuda de uma haste coletora. O resultado do exame sai em apenas meia hora.
O ministério anunciou ainda para 2014 a aprovação do novo Manual Técnico para Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Além de trazer a possibilidade de confirmação do diagnóstico com um segundo teste, também rápido, o documento complementa os procedimentos de diagnóstico de aids no Brasil.
Fonte: Agência Brasil