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Sempre ouvimos falar em colesterol bom e colesterol ruim, certo? Mas, segundo uma pesquisa liderada por médicos americanos, o chamado colesterol bom também tem um lado perigoso, podendo aumentar o risco de ataques cardíacos.
A lipoproteína de alta densidade (HDL na sigla em inglês), ou colesterol bom, normalmente ajuda a manter as artérias limpas e faz bem para a saúde do coração. Porém, médico do centro acadêmico Cleveland Clinic, no estado de Ohio, mostrou que o HDL pode se tornar anormal e entupir as artérias. Eles dizem que as pessoas devem continuar a comer de forma saudável, mas que a história do "bom" colesterol é mais complexa do que se pensava.
A lipoproteína de baixa densidade (LDL na sigla em inglês) é "ruim" porque é depositada nas paredes das artérias e causa a formação de placas duras que podem causar entupimentos, resultando em acidentes cardiovasculares (AVC) e infartos.
No caso do HDL, ele é um colesterol "bom" porque é enviado para o fígado.
A evidência hoje é de que ter uma proporção maior do bom colesterol em relação ao ruim faz bem à saúde. Mas os pesquisadores da Cleveland Clinic dizem que testes clínicos com o objetivo de aumentar os níveis de HDL "não tiveram sucesso" e que o papel do bom colesterol é claramente mais complicado.
No estudo, divulgado na publicação científica Nature Medicine, eles mostraram como a lipoproteína de alta densidade pode se tornar anormal.
Um dos pesquisadores, Stanley Hazen, disse que o HDL estava sendo modificado nas paredes das artérias.
"Nas paredes das artérias o HDL está agindo de forma bastante diferente de como age na circulação. Pode se tornar disfuncional e contribuir para o desenvolvimento de doenças do coração."
Segundo o pesquisador, as descobertas serão usadas para desenvolver novos testes para o HDL anormal e pesquisar medicamentos que ajudem a bloquear sua formação.
Fonte: BBC Brasil
Você sabia que aproximadamente 77% das jovens do estado de São Paulo sofrem de distúrbios alimentares? É o que revelou o mais recente levantamento feito pela Casa do Adolescente, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, no qual foram entrevistadas 150 pessoas entre 10 e 24 anos de idade.
Segundo a pesquisa, feita com jovens atendidas no ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do hospital estadual Pérola Byington, na capital paulista, 77% das pacientes apresentaram tendência a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como bulimia, anorexia e compulsão.
Todas as entrevistadas do levantamento fazem parte do programa "Tô bem na fita!", que aborda questões de saúde sobre alimentação, atividades físicas e qualidade de vida. No grupo, as garotas contam com a ajuda de profissionais de saúde, que trabalham na prevenção de distúrbios alimentares. Das jovens abordadas, 39% estavam acima do peso.
"É preocupante esta porcentagem tão alta de jovens com propensão a distúrbios alimentares. Os pais e familiares precisam ficar atentos aos sinais. Um adolescente se preocupar com a aparência é normal, mas quando isso é exagerado precisamos tomar cuidado", afirma a coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente, Albertina Duarte Takiuti.
Outros resultados da pesquisa
Os formulários utilizados no levantamento abordaram questões que foram divididas em quatro categorias: comportamento e hábitos alimentares, imagem corporal, comunicação e mídia, mitos e crenças. De acordo com os primeiros resultados, 63% das entrevistadas consomem fast-food pelo menos uma vez por semana, enquanto 85% acreditam que existe um padrão de beleza imposto pela sociedade.
O estudo trouxe ainda outros dados alarmantes. Um deles é que 46% das garotas acreditam que mulheres magras são mais felizes, enquanto 55% adorariam simplesmente acordar magras. Além disso, a pesquisa indicou que 68% das entrevistadas fazem as refeições em frente ao computador ou TV e 94% utilizam a Internet diariamente por pelo menos quatro horas.
Um estudo feito por cientistas americanos revelou que a ingestão frequente de gordura durante a gravidez pode alterar o cérebro do bebê em desenvolvimento. A pesquisa também sugere que essa dieta poderia aumentar a chance de obesidade do filho na fase adulta.
Os testes foram feitos em ratos e mostraram uma alteração na estrutura do cérebro desses animais quando houve ingestão em excesso de gordura durante a gravidez.
Segundo os cientistas, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde o estudo foi conduzido, essa pode ser uma das explicações para o fato de filhos de pais obesos terem maior propensão a se tornar adultos acima do peso.
Porém, os especialistas lembram que as mesmas mudanças no cérebro humano ainda não foram cientificamente comprovadas.
Segundo os cientistas, hábitos alimentares saudáveis compartilhados por toda a família são um fator importante em relação à obesidade. Entretanto, há evidências de que uma dieta rica em gorduras durante a gravidez pode, de fato, moldar a silhueta da criança no futuro, assim como alterações no DNA.
Alteração no cérebro
Os testes realizados em ratos mostraram que mães que tiveram uma dieta rica em gordura durante a gravidez deram à luz filhotes com alteração no hipotálamo – parte importante no cérebro para a regulação do metabolismo.
Esses filhotes tinham maior probabilidade de se tornarem obesos e desenvolver Diabetes Tipo 2 em relação a outros cujas mães receberam uma dieta normal.
"Para o filhote, isso pode ser um sinal de que ele pode crescer muito, pois o ambiente está rico em comida", explicou à BBC Tamas Horvath, pesquisador e professor de Yale.
"Nós, definitivamente, acreditamos que tais processos são fundamentais para entender o que acontece com seres humanos e por que certas crianças têm grandes chances de se tornarem obesas. Precisamos pesquisar mais a fundo, pois esses estudos podem ter forte impacto tanto em animais quanto em seres humanos", acrescentou Horvath.
Segundo ele, uma alimentação saudável durante a gravidez pode ajudar a quebrar o ciclo de que pais obesos vão, incondicionalmente, gerar filhos obesos.
Mas os cientistas ressalvam, no entanto, que há diferenças fundamentais na forma como ratos e humanos processam a gordura no organismo. Por isso, o mesmo pode não acontecer com mulheres grávidas.
"Muito do que sabemos vem de pesquisas em animais. O próximo grande passo é saber se os mesmos mecanismos ocorrem de igual forma em humanos e como podemos mudar isso."
Fonte: BBC Brasil
O Zene Progress Defrisagem Temporária, produto utilizado para o alisamento temporário de cabelos, teve a sua fabricação, distribuição, comércio, divulgação e o uso suspensos na última segunda-feira (27) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A medida, publicada no Diário Oficial da União, é válida em todo o território nacional e tem como justificativa um laudo de análise fiscal emitido pela Fundação Ezequiel Dias referente ao lote LC11D0087. Segundo a agência, o produto apresentou resultado insatisfatório no ensaio de pH, além de não possuir registro.
A partir da data da publicação, a Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A., responsável pela fabricação do alisador, deve promover o recolhimento de todo o estoque dos lotes do produto existentes no mercado. No entanto, nenhuma multa está prevista no texto da publicação.
Antibiótico também será retirado do mercado
Na última sexta-feira (24), a Anvisa entrou novamente em ação, desta vez para determinar a suspensão da distribuição, do comércio e do uso, em todo o território nacional, do lote 438569 do antibiótico Claritromicina, fabricado pela empresa EMS S/A. Segundo a agência, o medicamento apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo.
Em nota à imprensa, o laboratório informou que já havia iniciado o recolhimento voluntário do lote do produto em 24 de outubro de 2013. Ainda segundo o laboratório, todos os procedimentos cabíveis em relação ao recolhimento estão sendo realizados junto aos órgãos regulatórios.
Fonte: Agência Brasil
Você sabia que o cérebro humano pode ser comparado a um disco rígido de computador? É o que uma recente pesquisa publicada na revista científica Journal of Topics in Cognitive Science sugeriu ao analisar a lentidão do cérebro dos idosos causada pelo excesso de informação acumulado ao longo dos anos.
De acordo com o estudo, baseado em testes de computador realizados na Universidade de Tübingen, na Alemanha, o nosso cérebro funciona como uma espécie de disco rígido de um computador, repleto de informações e que exige mais tempo para acessar informações. A tese contradiz a opinião de grande parte da comunidade médica, que acredita que as conexões cerebrais prejudicadas com o avanço da idade são as responsáveis pela lentidão.
"O cérebro humano funciona mais devagar com a idade, mas somente porque nós acumulamos mais informação com o passar do tempo. O cérebro das pessoas mais velhas não fica mais fraco. Pelo contrário, ele simplesmente sabe mais", afirma o responsável pelo estudo Michael Ramscar.
Para comprovar a tese que defende, a equipe liderada por Ramscar programou um computador para ler uma determinada quantidade de dados por dia, além de aprender novas palavras e comandos. Ao instruir o computador a processar uma quantidade maior de dados, o seu desempenho nos testes cognitivos assemelhou-se ao de um adulto.
No entanto, ao passo que foi exposto a uma maior quantidade de comandos e novas palavras, o dispositivo teve uma performance semelhante à de um indivíduo mais velho. E foi isso que levou os cientistas a concluírem que a maior lentidão da máquina não estava associada a uma eventual redução de sua capacidade de processamento, mas sim a uma ampliação da base de dados do computador, que demandava mais tempo para o processamento de dados.
"Imagine alguém que saiba as datas de aniversário de duas pessoas diferentes e consiga lembrar-se delas de maneira quase perfeita. Você realmente diria que essa pessoa tem memória melhor do que outra que sabe o aniversário de 2 mil pessoas, mas só consegue dizer a data certa uma vez a cada dez tentativas?", questionou Ramscar.
Fonte: BBC