Você sabia que aproximadamente 77% das jovens do estado de São Paulo sofrem de distúrbios alimentares? É o que revelou o mais recente levantamento feito pela Casa do Adolescente, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, no qual foram entrevistadas 150 pessoas entre 10 e 24 anos de idade.

Segundo a pesquisa, feita com jovens atendidas no ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do hospital estadual Pérola Byington, na capital paulista, 77% das pacientes apresentaram tendência a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como bulimia, anorexia e compulsão.

Todas as entrevistadas do levantamento fazem parte do programa "Tô bem na fita!", que aborda questões de saúde sobre alimentação, atividades físicas e qualidade de vida. No grupo, as garotas contam com a ajuda de profissionais de saúde, que trabalham na prevenção de distúrbios alimentares. Das jovens abordadas, 39% estavam acima do peso.

"É preocupante esta porcentagem tão alta de jovens com propensão a distúrbios alimentares. Os pais e familiares precisam ficar atentos aos sinais. Um adolescente se preocupar com a aparência é normal, mas quando isso é exagerado precisamos tomar cuidado", afirma a coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente, Albertina Duarte Takiuti.

 

Outros resultados da pesquisa

Os formulários utilizados no levantamento abordaram questões que foram divididas em quatro categorias: comportamento e hábitos alimentares, imagem corporal, comunicação e mídia, mitos e crenças. De acordo com os primeiros resultados, 63% das entrevistadas consomem fast-food pelo menos uma vez por semana, enquanto 85% acreditam que existe um padrão de beleza imposto pela sociedade.

O estudo trouxe ainda outros dados alarmantes. Um deles é que 46% das garotas acreditam que mulheres magras são mais felizes, enquanto 55% adorariam simplesmente acordar magras. Além disso, a pesquisa indicou que 68% das entrevistadas fazem as refeições em frente ao computador ou TV e 94% utilizam a Internet diariamente por pelo menos quatro horas.

 

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

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