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A quimioterapia é considerada um dos tratamentos mais agressivos contra o câncer, pois causa uma série de efeitos colaterais, como náuseas, dor para engolir e perda do apetite. Pensando nisso, o Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) criou uma nova estratégia para amenizar tais sintomas: a culinária.

Com o intuito de estimular o paladar e reduzir alguns dos efeitos colaterais da quimioterapia, o instituto passou a ministrar aulas práticas de culinária para pacientes e acompanhantes. O serviço, oferecido toda terça-feira, atende cerca de 80 pessoas por mês e ensina receitas não apenas saborosas, mas também de baixo custo.

"O acompanhamento do médico – e, em alguns casos, a prescrição de medicamentos para possíveis reações – é fundamental, mas o auxílio pode vir da cozinha de casa, na elaboração de pratos que ajudam a melhorar o apetite e controlar os sintomas", afirma Vitor Modesto Rosa, coordenador do Serviço de Nutrição do Icesp.

Entre as receitas de maior sucesso das aulas de culinária está o rocambole salgado de fubá e o suco de maçã com limão e hortelã. Apesar de simples, a receita do suco ajuda a aliviar a sensação de boca seca e de enjoo, efeitos colaterais comuns da quimioterapia.

 

A quimioterapia e o paladar

O tratamento quimioterápico é um dos principais no combate ao câncer, pois impede a multiplicação das células malignas. Em contrapartida, ele causa alterações no paladar, como redução ou total ausência de sensibilidade aos sabores, sintomas estes que são temporários, mas são os principais responsáveis pela perda de apetite e de peso.

Além das aulas de culinária, a oficina oferecida pelo Icesp conta com a participação de uma psicóloga, que dá auxílio a pacientes e acompanhantes para que todos possam lidar melhor com essa fase do tratamento. O instituto também disponibiliza gratuitamente um cardápio elaborado com dicas e preparações de pratos salgados, doces e bebidas.

Para acessar as receitas, basta clicar aqui.

 

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

Você tem dificuldade para acordar cedo e não entende como algumas pessoas conseguem pular cedo da cama sem grandes dificuldades? Saiba que a genética pode explicar isso.

Segundo o neurogeneticista Louis Ptacek, da Universidade da Califórnia, somos divididos entre pessoas cotovias e corujas, e quem define isso é a genética. "Independentemente de querermos ou não, nossos pais é que ditam a hora de dormir – com base nos genes que nos transmitiram", diz ele.

Os cientistas descobriram a importância de se entender o "cronotipo" de cada pessoa, ou seja, a hora do dia em que ela é mais produtiva – algo que pode ajudá-la a viver melhor no mundo moderno.

Rick Neubig, professor de farmácia em Michigan (EUA), é uma pessoa diurna e ele afirma que sua facilidade é hereditária, já que sua mãe costumava acordá-lo às 4h da manhã para as férias familiares. E, hoje, sua filha costuma se exercitar logo cedo.

Traços genéticos

O cientista está estudando famílias de hábitos matutinos que tenham a síndrome Familiar de Fase Avançada de Sono. "É um traço genético forte", diz o médico, que identificou um gene mutante que faz uma proteína diferente – e que afetou o ritmo do relógio biológico em animais estudados em laboratório.

O especialista também acompanha famílias de "corujas", que têm a síndrome de fase "atrasada". Ele acha que isso se deve a uma diferente mutação no mesmo gene.

Nosso relógio interno é formado por milhares de células nervosas no núcleo supraquiasmático – uma estrutura localizada no hipotálamo (que controla diversas funções corporais, da liberação de hormônios à regulação da temperatura corporal), na base do cérebro.

Esse relógio é reiniciado diariamente pela luz. A lógica seria concluir que os relógios biológicos de todas as pessoas seguiriam ritmos parecidos, mas isso não acontece. "Se o seu relógio for rápido, você será propenso a gostar de fazer as coisas logo cedo, e vice-versa", diz Derk-Jan Dijk, professor do Centro de Pesquisas do Sono da Universidade de Surrey (Grã-Bretanha).

Adaptação social

O nosso relógio interno também costuma mudar ao longo da vida. Pais com crianças pequenas costumam acordar cedo, pois elas acordam cedo, assim como os idosos.

Porém, não importa qual a sua velocidade biológica, a grande maioria das pessoas é forçada a se adaptar à sociedade e ao "horário comercial", das 8h às 17h.

Isso costuma ser difícil para os adolescentes, e o professor Till Roenneberg, da Universidade Ludwig-Maximilians, analisou os padrões de sono dessa faixa etária e descobriu que a demora dos jovens em acordar é algo real. "Eles adquirem esse hábito ao longo da infância e puberdade e chegam a isso aos 19 anos e meio, para mulheres, e 21 anos, para homens."

Com um banco de dados do sono de mais de 200 mil participantes, o grupo de Roenneberg espera fazer "um mapa do sono do mundo".

Justamente por conta de estudos como esses, Mary Carskadon, professora de psiquiatria na Universidade Brown, nos EUA, faz campanha para que as escolas comecem as aulas mais tarde. "Nem sempre as notas melhoram (por conta disso), mas um dos aspectos mais sérios da privação de sono é a questão da depressão, da tristeza e da falta de motivação dos jovens", argumenta. "O humor melhora quando as aulas começam mais tarde."

Roenneberg tem um jeito curioso de descrever e medir a privação de sono a que muitos estão submetidos por seus horários de estudo ou de trabalho: é o "jet lag" social. "Em média, as pessoas acumulam uma ou duas horas de 'jet lag' social, ainda que alguns – sobretudo jovens – acordem cinco horas mais cedo (para ir à escola do que acordariam num dia livre)", explica.

Acumular o "jet lag" social é o equivalente a fazer um voo longo toda semana. Mas há formas de driblá-lo, diz o especialista.

"Deveríamos mudar horários de trabalho e torná-los mais individualizados, para que se adéquem a nossos cronotipos. Se isso não for possível, devemos ser mais estratégicos quanto à exposição à luz – por exemplo, indo ao trabalho não em um veículo coberto, mas de bicicleta."

 

Fonte: BBC Brasil

Um estudo feito por cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard afirma que mulheres que fazem musculação reduzem o risco de desenvolver diabetes.

O estudo acompanhou cerca de 100 mil enfermeiras americanas por um período de oito anos e, no que diz respeito especificamente ao diabetes, os benefícios da musculação superaram os do exercício aeróbico.

Eles concluíram que mulheres que fazem pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos e ao menos uma hora também por semana de musculação tiveram a redução mais significativa (no risco de diabetes), se comparadas com mulheres sedentárias.

Elas reduziram em um terço as chances de desenvolverem diabetes 2.

A classe médica já sabia que a prática de exercícios físicos aeróbicos regularmente ajuda na diminuição do risco de se desenvolver esse tipo de diabetes e o que o estudo sugere é que a musculação e os exercícios de resistência também são importantes.

O estudo de Harvard sugere, no entanto, que musculação e exercícios de resistência sejam adicionados à rotina para garantir uma maior proteção.

Mesmo a notícia sendo animadora, os pesquisadores afirmaram que o estudo não é perfeito. Entrevistaram apenas enfermeiras, em sua maioria de etnia caucasiana, e levaram em conta apenas os dados que as mulheres lhes passavam, sem poder checá-los. Porém, eles disseram que os resultados são compatíveis com outras pesquisas que analisaram esses quesitos em grupos de homens.

Segundo eles, uma massa muscular mais desenvolvida funciona como um amortecedor contra diabetes. Isso porque o diabetes do tipo 2 se desenvolve quando células que produzem insulina passam a funcionar mal ou quando a insulina produzida não age como deveria.

A função da insulina é permitir ao corpo usar o açúcar como energia e armazenar qualquer excesso nos músculos e no fígado. Assim, o excesso de peso pode aumentar o risco de uma pessoa em desenvolver a doença.

De acordo com o instituto britânico Diabetes UK, se você está acima do peso, a cada quilo perdido, você reduz o risco de ter esse tipo de diabetes em 15%.

"Apesar das limitações envolvidas, a pesquisa destaca a mensagem de que ter um estilo de vida saudável e ativo pode ajudar a reduzir o risco de se ter diabetes 2", disse o médico Richard Elliot, porta-voz do instituto.

 

Fonte: BBC Brasil

Os brasileiros terão mais uma opção na hora de comprar medicamentos, além dos genéricos: os medicamentos similares. A mesma prescrição médica, que atualmente permite ao paciente adquirir medicamentos de referência e genérico, também poderá ser usada para a compra do similar. Isso deve ampliar a oferta de produtos a preços mais baratos para o consumidor.

A proposta consta na Consulta Pública, que foi lançada pela Anvisa no dia 17 de janeiro, e propõe que os medicamentos similares sejam mais uma opção no mercado, após passar por estudos de equivalência, análises e aprovação da Agência. A decisão será firmada após resultado da consulta, que tem prazo de 30 dias, após publicação.

Ao anunciar as novas regras, o ministro Alexandre Padilha disse que vai defender a oferta dos similares à população por um preço 35% menor em relação ao de referência. "Para o consumidor, o preço pode ser ainda menor, porque haverá mais opções de medicamentos no mercado. Quando há maior variedade destes medicamentos, cresce a competitividade no mercado", ressaltou o ministro. O custo dos similares será definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Segundo a proposta, os medicamentos similares deverão incluir em suas embalagens o símbolo "EQ", que significa equivalente. O símbolo ajudará os consumidores e médicos a identificarem os produtos que têm comprovação de equivalência e desempenham a mesma função terapêutica. Essa marca seguirá padrões semelhantes aos que já existem para os medicamentos genéricos, com o uso da faixa amarela obrigatória em todos os produtos. "As pessoas vão saber, com clareza, quais são os medicamentos similares que passaram por testes de qualidade e que, portanto, podem ser intercambiáveis. Ou seja, o consumidor poderá escolher na farmácia, a partir da prescrição médica, qual medicamento quer comprar", explicou Dirceu Barbano.

Resolução - A equivalência dos medicamentos similares foi possível devido à determinação da Anvisa de exigir que todos os produtos dessa categoria comprovassem a mesma função terapêutica dos medicamentos de referência. Em 2003, a agência publicou a resolução RDC 134/2003, que determinou um prazo de 10 anos para a adequação e a apresentação dos testes de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica, que comprovam que o medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo e as mesmas características de qualidade do medicamento de referência.

A expectativa é de que até o final de 2014 todos os medicamentos similares do mercado serão tecnicamente iguais aos produtos de referência. "Todos os medicamentos similares que não comprovarem a equivalência não poderão ser comercializados", afirmou o diretor-presidente da Anvisa. Para ser intercambiável, ou seja, substituível, o medicamento deve apresentar um dos três testes: bioequivalência (no caso dos genéricos); biodisponibilidade (para os similares); e bioisenção, quando não se aplicam a nenhum dos dois casos anteriores. O objetivo das três análises é comprovar a igualdade dos produtos.

Veja abaixo a definição de cada tipo de medicamento:

Medicamento de Referência - Medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por estudos clínicos.

Medicamento Similar - Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Desde 2003 passou a comprovar a equivalência com o medicamento de referência registrado na Anvisa.

Medicamento Genérico - O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. O genérico já é intercambiável pela norma atual.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Você alguma vez já ouviu falar em retinopatia diabética? Considerada uma das principais causas de cegueira no mundo, a doença originada pelo diabetes não controlado é responsável por 80% dos tratamentos para problemas da retina do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde.

A retina é um tecido ocular responsável pela formação das imagens e objetos visualizados. No entanto, quando o diabetes não está controlado, pode haver alterações na retina que causam complicações que vão desde a cegueira temporária até mesmo permanente.

"A doença é silenciosa e o paciente não sente dor. Só consegue perceber quando está com dificuldades para enxergar e, em alguns casos, chega ao especialista quase cego", alerta André Rodrigues de Castro, oftalmologista do Hospital de Transplantes.

Segundo os especialistas do hospital, mesmo depois de cirurgias e tratamentos alternativos, a retinopatia diabética pode voltar ainda mais agressiva quando o paciente não adota hábitos de vida saudáveis e não controla o seu nível glicêmico.

"O ideal é que o paciente já realize os exames de fundo de olho logo após o diagnóstico de diabetes e que mantenha essa rotina anual de consultas ao oftalmologista, além de manter controlados seus níveis de glicemia para prevenir o aparecimento da doença", explica André.

Para realizar o diagnóstico da retinopatia diabética, são feitos exames oftalmológicos de fundo de olho, chamados de mapeamento da retina. Além disso, podem ser solicitados exames de tomografia de coerência ótica e angiofluoresceinografia da retina. Já o tratamento é feito por meio de injeções intraoculares de medicamentos, como anti-inflamatórios, agentes anti-VEGF, aplicações de laser e, nos casos mais graves, cirurgias.

 

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

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