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O Ministério da Saúde apresentou no sábado, dia 15, em evento organizado pela FIFA, em São Paulo, a estrutura do sistema de saúde nacional preparada para a Copa do Mundo de 2014. Cerca de 10 mil profissionais de Saúde foram capacitados para atuar durante o evento ao longo dos últimos três anos.
As 12 cidades-sede vão contar com um aparato de 531 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 66 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 67 hospitais que funcionam de forma integrada para fazer o atendimento da população local e dos turistas brasileiros e estrangeiros. São elas: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
O objetivo do Ministério da Saúde é aprimorar a infraestrutura e a organização dos serviços não só para a Copa do Mundo, mas também para deixar um serviço de maior qualidade como legado para os brasileiros. Em 2011, foi criada a Câmara Técnica Nacional de Saúde, que integra profissionais de diversas áreas dos segmentos do Ministério da Saúde e das 12 cidades e estados que sediarão os jogos para trabalhar de forma padronizada e integrada, estruturando processos de gestão, mapeando os riscos e normatizando o trabalho das ações de vigilância e assistência à saúde no âmbito nacional, estadual e municipal.
"A expectativa e a necessidade de atendimento para o público que vem para a Copa do Mundo e vai frequentar os estádios é muito pequena. Toda a melhoria do Sistema Único de Saúde é um legado que fica para a nossa população, para as nossas cidades-sede, e também impactam nas regiões metropolitanas onde elas estão localizadas. É uma estruturação que já está disponível e ficará para o atendimento cotidiano da população", frisou o ministro da Saúde.
Com base no histórico das outras edições do torneio e na experiência brasileira com a Copa das Confederações, no ano passado, a expectativa é que, nos locais dos jogos, de 1% a 2% dos torcedores necessitem de algum cuidado médico. Desse percentual, mais de 99% das demandas costumam ser atendidas e resolvidas no local. E entre 0,2% e 0,5% necessitam ser encaminhadas para hospitais de alta complexidade. O perfil do público que costuma frequentar este tipo de evento em sua maioria são jovens adultos, de 25 a 49 anos, que, em geral, são saudáveis e não necessitam de cuidados especializados de saúde.
Além da estrutura já montada para atender a população brasileira de forma contínua – que prevê o atendimento também de estrangeiros no caso das urgências –, o Ministério da Saúde criou planos de contingência para acidentes com múltiplas vítimas e para acidentes com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.
Serão montados próximo aos estádios postos médicos avançados, que funcionam como Unidades de Pronto Atendimento. Se necessário, a Força Nacional do SUS poderá complementar esses postos com até nove outros, que serão montados apenas em situações que extrapolem a capacidade de resposta das cidades-sede.
Para monitorar as situações de risco, a demanda por atendimento e vigilância, e dar respostas coordenadas, o Ministério da Saúde criou, em 2011, o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), que coordenará as ações de saúde juntamente com as secretarias. Há uma sede em Brasília e um centro regional em cada cidade-sede. Eles serão ativados até 20 dias antes do início da Copa do Mundo e permanecerão ativos algumas semanas após para monitorar o retorno das delegações e turistas aos seus países de origem. Cerca de 1,5 mil profissionais de saúde atuarão nas atividades de campo e de monitoramento.
Graças aos CIOCS, foi possível dimensionar os atendimentos realizados durante a Copa das Confederações. Foram atendidos 1.598 torcedores entre os 796 mil que participaram dos jogos. Não houve caso grave registrado. Cerca de 98% das ocorrências foram resolvidas no local.
Nos estádios e intermediações (até 2 quilômetros de distância das arenas), a FIFA é a responsável pelos atendimentos de emergência. Mas haverá um profissional de referência do CIOCS dentro de cada estádio para monitorar as ocorrências, além de outros profissionais da vigilância e assistência para fazer a avaliação de risco e garantir atendimento, acionando a estrutura do SUS quando houver necessidade.
Os CIOCS fazem parte de uma estrutura maior, que abrange os demais órgãos envolvidos na organização do grande evento, que trabalham de forma articulada no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), criado em 2011. Esse centro desenvolve ações coordenadas de monitoramento e compartilhamento de informações conforme a necessidade. Além do Ministério da Saúde, fazem parte do CICCN a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ministério da Defesa, Ministério da Justiça, Ministério do Esporte, Polícia Federal, Defesa Civil, dentre outros. Há um centro regional em cada cidade-sede.
O SAMU vai trabalhar integrado às operadoras dos planos privados de saúde em cidades onde acordos travados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) devem viabilizar que as ambulâncias do SUS encaminhem para hospitais particulares pacientes com planos de saúde.
Em ação coordenada pela Anvisa, os órgãos de vigilância sanitária locais têm intensificado suas atividades de fiscalização em hotéis, bares, restaurantes e hospitais. De forma articulada com a FIFA, a agência também está acompanhando a seleção e estruturação dos prestadores de serviços de alimentação e saúde nas arenas. Profissionais da vigilância sanitária estão sendo capacitados em grandes eventos para avaliar as capacidades, identificar os pontos que requerem harmonização e apoio técnico específico, testar ferramentas e realizar intercâmbios de práticas exitosas. Nos portos e aeroportos, a Anvisa vai ampliar o número de profissionais que trabalham na detecção e resposta a eventos de interesse em saúde pública.
PREVENÇÃO - O Ministério da Saúde tem realizado campanha junto aos profissionais que atuam no ramo do turismo (taxistas, profissionais do setor hoteleiro) para tomarem de forma gratuita no SUS vacina contra sarampo – doença comum nos países da Europa.
O período da Copa não é propício à transmissão da dengue por questões climáticas, mas, assim, o governo federal vem direcionando recursos para campanhas de prevenção, principalmente nas cidades-sede.
INFORMAÇÃO - O Ministério da Saúde está usando tecnologia de ponta para desenvolver um aplicativo, destinado aos torcedores, que fornecerá informações úteis sobre saúde, tais como localização de hospitais e farmácias. O aplicativo também monitora informações de saúde em redes sociais e faz o mapeamento de tendências de ocorrências epidemiológicas. Além disso, mapeia o fluxo de viajantes vindo para o Brasil e a situação de risco de seus países de origem por meio da detecção digital de doenças. A partir dos resultados, serão tomadas providências para informar e proteger a população. O aplicativo poderá ser acessado pelo celular.
Além disso, já está no ar uma página do Ministério da Saúde voltada para o viajante (www.saude.gov.br/viajante), onde é possível encontrar as informações mais importantes para prevenção de Saúde. Cartazes e um livro de bolso com as mesmas informações serão afixados em locais de grande fluxo.
O Ministério da Saúde apoiou a FIFA na elaboração do projeto "11 pela saúde", cujo objetivo é disseminar entre alunos de escolas públicas das cidades-sede da Copa do Mundo 11 mensagens sobre saúde e futebol, por meio de 11 vídeos gravados por craques do futebol mundial (Neymar, Lionel Messi, Marta, entre outros). As escolas e alunos que participarão do programa, selecionadas pelas Secretarias Municipais de Saúde, são parte do Programa Mais Educação, do Ministério da Educação e Saúde na Escola, do Ministério da Saúde. Os professores, que serão replicadores das mensagens nas escolas, participaram de treinamento. O projeto será apresentado aos alunos a partir de 24 de fevereiro, com duração de 13 semanas.
Em parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/AIDS (Unaids), o Ministério da Saúde também lançou a campanha "Proteja o Gol", que prevê a oferta de 1,8 milhão de preservativos e 10 mil testes rápidos, além de aconselhamento por meio de unidades móveis disponíveis nas 12 cidades-sede.
Fonte: Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em conjunto com o Ministério da Saúde, anunciou nesta terça-feira (18) a suspensão de 111 planos de saúde de 47 operadoras. A medida, que entra em vigor a partir de sexta-feira (21), será válida por três meses e servirá como punição para o descumprimento de prazos e negativas indevidas de coberturas assistenciais contratadas pelo cliente.
Das 47 operadoras punidas no novo ciclo de monitoramento da agência, que é o oitavo, 31 delas são reincidentes. Por outro lado, dos 111 planos de saúde proibidos de serem comercializados, 83 estão suspensos a partir do novo ciclo. Os demais seguem punidos desde o ciclo anterior por não oferecerem as melhorias necessárias para voltarem a ser permitidos.
De acordo com a ANS, dos 150 planos punidos no ciclo anterior, 122 voltaram a ser comercializados. No novo ciclo, os planos suspensos chegam a atender 1,8 milhão de beneficiários, que não serão prejudicados pela punição.
Segundo o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, a ANS tem outras formas de interferir para a melhoria dos serviços de saúde. Além da suspensão de planos, ela pode implantar direções fiscais e técnicas para ajudar a resolver os problemas.
Entre 19 de agosto e 18 de dezembro de 2013, período em que foi registrado o oitavo ciclo de monitoramento, a ANS registrou 17.599 reclamações sobre 523 planos de saúde, o que representa uma alta de 16% na comparação com o número de queixas do ciclo anterior. De acordo com a agência, este é o maior número de reclamações desde 2011, ano em que foi implantado o monitoramento.
Fonte: Agência Brasil
Um estudo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da USP, concluiu que crianças expostas ao fator de risco biológico relativo ao "muito baixo peso ao nascer" mostraram-se mais vulneráveis às dificuldades comportamentais, especialmente à hiperatividade, e à depressão infantil.
O trabalho, feito pela pesquisadora Claudia Mazzer Rodrigues, orientada pela professora Sonia Regina Loureiro, tinha como objetivo verificar se as crianças nascidas com baixo peso são mais propensas a apresentar depressão e dificuldades comportamentais na idade escolar, em comparação a crianças nascidas com peso normal.
A pesquisa avaliou 665 crianças com idade entre 10 e 11 anos, de ambos os sexos, nascidas em Ribeirão Preto entre maio e agosto de 1994. Elas foram divididas em cinco grupos de peso ao nascer, conforme os valores de referência da Organização Mundial da Saúde: muito baixo peso (abaixo de 1.500g); baixo peso (1.500g a 2.499g); peso insuficiente (2.500g a 3.000g); peso normal (3.001g a 4.250g); muito alto peso (acima de 4.250g).
Os pais das crianças responderam a um Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), para que a pesquisadora pudesse avaliar o comportamento das crianças. Além disso, as próprias crianças foram avaliadas com base no Inventário de Depressão Infantil (CDI). As condições clínicas das crianças e as características sociodemográficas das famílias também foram analisadas por meio das informações de um questionário complementar.
Resultados
O grupo formado por crianças com "muito baixo peso ao nascer" apresentou mais indicadores de hiperatividade em comparação aos demais, além de mais problemas de relacionamento com colegas que o grupo "muito alto peso ao nascer".
Já com relação aos indicadores de depressão infantil, verificou-se que as crianças do grupo "muito baixo peso ao nascer" se avaliaram com mais problemas em comparação àquelas dos demais grupos.
Análise da associação entre os indicadores comportamentais, relatados pelos pais, e os indicadores de depressão infantil, relatados pelas crianças, mostrou que aquelas que apresentaram mais indicadores de depressão infantil na sua autoavaliação também apresentaram maior número de indicadores de dificuldades comportamentais gerais na avaliação dos pais, o que leva a crer que a sintomatologia depressiva referida pelas crianças foi identificada pelos pais como a presença de dificuldades comportamentais com manifestações diversas.
Foi observado, em todos os grupos, que as variáveis sociodemográficas relativas à menor qualificação da ocupação do pai/chefe da família, à menor escolaridade do pai e da mãe e à inclusão em classes econômicas menos favorecidas foram as que apresentaram mais associações com a presença de problemas comportamentais. O mesmo, no entanto, não foi observado para a depressão.
O baixo peso ao nascer pode ser, assim, reconhecido como uma condição adversa ao desenvolvimento infantil, favorecendo dificuldades comportamentais e depressão infantil. Considera-se, portanto, que o grupo de crianças nascidas com baixo peso mostrou-se mais vulnerável a dificuldades de saúde mental.
Segundo Claudia, "a identificação precoce de dificuldades comportamentais e de indicadores de depressão associados ao peso ao nascer pode contribuir para o planejamento de programas de prevenção e intervenção para a promoção da saúde mental infantil".
A depressão infantil
Estudos apontam que, na população brasileira, de 0,4% a 3% das crianças apresentam características depressivas. Em adolescentes, esse número varia de 3,3% a 12,4%, com fortes indicativos de se desenvolver a doença em idade adulta.
As causas são várias, podendo estar relacionadas a aspectos psicossociais, ou seja, perda de vínculos afetivos, divórcio dos pais, violência física e psicológica, falta de apoio familiar. Um dos primeiros sinais de alerta é a queda do rendimento escolar, além do desenvolvimento do quadro de mudanças repentinas do estado de ânimo, isolamento e tristeza. Além disso, especialistas alertam que alguns sintomas podem ser "recombinados", o que dificulta o diagnóstico de depressão na infância.
No estudo realizado em Ribeirão Preto, 6,9% das crianças apresentaram indicadores de depressão.
Fonte: Agência USP
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (17) a suspensão da venda de quatro suplementos alimentares para atletas. A medida, publicada no Diário Oficial da União, é válida em todo o território nacional e já está em vigor.
Entre os produtos que tiveram a sua venda proibida está o Alimento para Atletas, da marca ISOFAST-MHP, fabricado por Maximum Human Performance Inc. Segundo a Anvisa, a suspensão deve-se ao fato de que o suplemento apresenta aminoácidos de cadeia ramificada e por ele não se enquadrar em nenhuma das classificações previstas pela agência.
O Suplemento de Cafeína para atletas da marca ALERT 8-HOUR-MHP, também fabricado por Maximum Human Performance Inc., é o segundo produto da lista dos suspensos. A justificativa dada pelo órgão regulador brasileiro é que o suplemento contém taurina na sua composição, o que é proibido.
O terceiro produto suspenso foi o Carnivor, fabricado por MuscleMeds e distribuído por Nutrition Import Comércio Atacadista de Suplementos Ltda. Além de conter as substâncias glutamina alfa-cetoglutarato (GKC), ornitina alfa-cetoglutarato (OKG), alfa-cetoisocaproato (KIC), que não foram avaliadas quanto a sua segurança, ele apresenta teores de vitamina B12 e B6 acima da dose diária recomendada.
O quarto e último produto da lista de suplementos proibidos é o Probolic-SR-MHP, fabricado pela Maximum Human Performance Inc. A razão pela proibição é a falta de comprovação de segurança de uso.
Fonte: Agência Brasil
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e maior complexo hospitalar da América Latina, passa a oferecer mais um procedimento inédito no SUS (Sistema Único de Saúde): tratamento de hérnia de disco lombar por cirurgia endoscópica.
A técnica é aplicada com anestesia local e sedação, para permitir monitorar os movimentos do paciente. Após a anestesia, é feita uma pequena incisão e inserida uma cânula por onde passará o endoscópio e os instrumentais apropriados para a retirada do disco lesado. O paciente tem alta no mesmo dia.
No Brasil, cerca de 30 mil pessoas por ano realizam procedimentos cirúrgicos abertos para tratar a hérnia de disco. "Apesar do índice alto de sucesso neste tipo de procedimento, as complicações que podem acontecer, como infecções, além do tempo de reabilitação prolongado, estimulam o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, como a endoscópica", explica o ortopedista Alexandre Fogaça, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC.
De acordo com ele, existem estudos que mostram que a cirurgia feita com o auxílio do endoscópio é tão eficaz quanto a tradicional, com a vantagem de ser menos invasiva.
Apesar da técnica englobar quase todos os tipos de hérnias de disco, cabe ao médico avaliar, individualmente, se o procedimento é indicado para o paciente.
Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo