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Uma medida anunciada nesta semana pelo governo de São Paulo irá beneficiar mulheres paulistas com idade entre 50 e 69 anos. A partir da segunda quinzena de fevereiro, elas poderão fazer, gratuitamente, exames de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sem precisar ter o pedido médico em mãos.
A medida inédita do governo paulista faz parte do programa 'Mulheres de Peito', que visa ampliar o acesso aos exames na rede pública e incentivar a detecção precoce do câncer de mama. Para que isso seja possível, mais de 300 serviços de saúde com mamógrafo, entre Ambulatórios Médicos de Especialidades, hospitais e clínicas conveniadas, estarão à disposição.
"O Programa tem entre seus principais objetivos não só suprir a demanda reprimida, mas também diminuir o tempo de espera para a realização de mamografia. Com essa ação, o governo do Estado quer aumentar a cobertura do exame entre mulheres na faixa dos 50 aos 69 anos, estimular o rastreamento e ampliar o acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de sucesso no tratamento", afirma David Uip, secretário de Estado da Saúde.
Para poder ter acesso gratuito aos exames, vale lembrar que a mulher precisa estar no seu mês de aniversário. Em 2014, serão beneficiadas apenas as mulheres que nasceram em anos pares, enquanto aquelas dos anos ímpares poderão agendar a sua mamografia no ano que vem.
O agendamento será feito por meio de um call center da secretaria. A previsão é de que a mamografia seja realizada ainda no mês de aniversário da paciente ou, no máximo, em até 45 dias após a solicitação do exame. Caso seja detectada alguma alteração ou indícios de câncer, a paciente será encaminhada a um serviço de referência para fazer exames complementares, acompanhamento ou tratamento, de acordo com cada caso.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou ontem, dia 4 de fevereiro, dia em que é comemorado o Dia Mundial do Câncer, a previsão para o surgimento de novos casos da doença este ano. Segundo o Instituto, se não houver mudanças de alguns hábitos do brasileiro e nem investimentos em prevenção, a estimativa é que 576 mil novos casos da doença podem ser diagnosticados em 2014.
De acordo com levantamento do órgão, o câncer de pele – do tipo não melanoma, deve ser o mais diagnosticado na população, com previsão de surgimento de 182 mil novos casos, seguido de tumores na próstata (69 mil), no caso de homens, e câncer de mama (57 mil), no caso de mulheres. Em seguida estão cânceres de cólon e reto e de pulmão.
Apesar dos números serem altos, os especialistas do Inca alertam que uma vida saudável, livre do fumo, com práticas regulares de exercícios e sem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode ajudar a reduzir a estimativa pela metade.
Com exceção do câncer de pele, a maioria dos novos casos da doença deve aparecer em homens, que têm mais chance de desenvolver câncer de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral. Nas mulheres, depois do câncer de mama, tendem a ser mais frequentes os de colón e reto, colo do útero, pulmão e tireoide.
Casos de câncer no mundo devem crescer 57% em 20 anos, estima OMS
Os números do câncer no mundo também não são nada animadores. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, divulgado essa semana, o número de novos casos de câncer no mundo deve aumentar 57% em 20 anos. Se em 2012 foram 14 milhões de casos diagnosticados, a previsão é que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. No período, as mortes por câncer, que atualmente chegam a 8,2 milhões por ano, devem chegar a 13 milhões.
Os tipos de câncer mais frequentes mundialmente são os de pulmão (1,8 milhão de casos, 13% do total), mama (1,7 milhão, 11,9%) e cólon (1,4 milhão, 9,7%). Segundo o texto, o câncer de pulmão é responsável pelo maior número de mortes (1,6 milhão, 19,4%). Em seguida vêm o de fígado (9,1%) e o de estômago (8,8%).
Mais de 60% dos casos estão na África, Ásia, América Central e América do Sul, regiões que concentram total de 70% das mortes causadas pela doença no mundo todo.
O estudo teve a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países. A OMS ressalta que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos devem ser os principais motivos desse aumento.
Fonte: Agência Brasil
O slogan da campanha deste ano do Dia Mundial do Câncer, celebrado na terça-feira, dia 4 de fevereiro, é "Derrube os mitos!" e o objetivo da ação é disseminar conhecimento sobre os vários e diferentes tipos de tumores malignos e derrubar preconceitos a respeito da doença.
Segundo a campanha, o primeiro mito que precisa ser derrubado é o de que não se deve falar sobre o câncer. O segundo é de que a doença não tem sintomas ou sinais. E o terceiro é o de que não há nada que se possa fazer contra a doença.
De acordo com o coordenador de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Claudio Noronha, o desconhecimento é um dos maiores vilões na luta contra a doença, que, a cada ano, provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo.
"A falta de conhecimento e o medo causam verdadeiras barreiras para o tratamento. Por isso, o conhecimento é um elemento importantíssimo para o controle do câncer e essa campanha é muito válida", comentou.
Segundo o médico, metade dos casos de câncer pode ser evitada com mudanças no estilo de vida das pessoas, como é o caso do tabagismo. "Não é à toa que, no mundo todo, o câncer de pulmão é o mais frequente", disse ele, ao ressaltar que no Brasil, devido ao controle do tabagismo, esse tipo de câncer já não figura em primeiro lugar. "Muitas vezes, a pessoa não consegue fazer isso sozinha, mas é preciso buscar ajuda, buscar o serviço de saúde."
Outro fator de risco citado pelo médico é a obesidade, que pode ser prevenida com boa alimentação e atividade física. O câncer de pele é outro que pode ser evitado, com o uso do protetor solar. "Apenas 10% a 15% do total dos cânceres são de causa hereditária. A maior parte da incidência está ligada ao ambiente, ao estilo de vida", esclareceu. "São coisas que agridem seu organismo a vida inteira e você acaba perdendo a batalha para essa agressão."
O quarto e último mito abordado na plataforma da campanha é o de que muitos não têm direito a tratamento. A organização garante que todos têm esse direito, mas admite que, na prática, as injustiças sociais impossibilitam que milhões de cidadãos tenham acesso aos tratamentos por serem pobres.
No Brasil, os tipos da doença mais incidentes são na próstata, em homens, de mama, reto, cólon e colo do útero, nas mulheres. No caso da mama, há várias formas de prevenção, como vida saudável e exames periódicos, como a mamografia.
A ginecologista Maria José de Camargo, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, lembra que no caso do câncer de colo de útero cabe às mulheres se cuidar. Segundo ela, se as mulheres se cuidarem mais, o Brasil pode evitar 16 mil novos casos este ano, como prevê o Ministério da Saúde. Esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente na população feminina, perdendo apenas para os de mama, cólon e reto.
"O câncer pode ser prevenido, se você tiver um bom rastreio. É de evolução muito lenta, pode levar mais de uma década, então se você identifica na mulher lesão pré-maligna, no preventivo, também conhecido como Papanicolau, e se essa mulher for bem avaliada e tratada, ela tem menos de 5% de chance de desenvolver o câncer de colo de útero. Se a mulher não se tratar, as chances de cura são 30%", disse a ginecologista.
Para o professor associado de cirurgia do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ulysses Ribeiro Júnior, o preconceito é outro fator negativo para a prevenção. "No caso de câncer de cólon, hoje muito frequente na nossa população, todo indivíduo com 50 anos de idade deveria fazer um exame de sangue oculto nas fezes e, a partir dos casos positivos, uma colonoscopia, mas a população tem medo, tem vergonha e isso atrapalha", comentou, ao lembrar que esse tipo de câncer é o quarto mais comum entre os homens. "Às vezes, não basta o conhecimento. O indivíduo sente uma dorzinha e vai deixando até ficar no estágio avançado e o tratamento é muito mais agressivo", completou.
Fonte: Agência Brasil
O longo período de estiagem, que tem atingido muitas cidades do interior de São Paulo, está prestes a trazer as primeiras consequências. O menor índice de chuvas registrado nas últimas décadas, aliado ao aumento do consumo de água, pode levar alguns municípios a adotar o rodízio como principal solução.
De acordo com dados divulgados pelos municípios, as cidades de Campinas, Limeira, Rio Claro e Piracicaba estão entre algumas das que podem adotar o rodízio de água ainda neste mês. Outros municípios, como Descalvado e São Carlos, localizados na região de Ribeirão Preto, passam por situações semelhantes.
Considerado um dos principais rios do Estado de São Paulo, o Rio Piracicaba apresenta atualmente apenas 10% de volume da sua média histórica no mês de fevereiro. Por outro lado, o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 5,5 milhões de pessoas na região de Campinas, apresentou 21,4% da sua capacidade de volume, o pior número registrado em uma década.
Para incentivar o racionamento de água, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou, no último sábado (1º), que irá oferecer descontos nas contas de água dos moradores da cidade de São Paulo que reduzirem o seu consumo diário para 128 litros por dia. Ainda segundo a companhia, cada paulistano gasta 161 litros por dia de água, enquanto no litoral o número pode chegar até 350 litros.
No mês de janeiro, em razão da maior entrada de turistas no verão, várias cidades do litoral paulista registraram falta de água, entre elas Santos, Guarujá, Bertioga, Praia Grande, São Vicente e Itanhaém. Na ocasião, o governo do Estado de São Paulo culpou o maior consumo pelo imprevisto.
Hoje, dia 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Câncer e uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos e cosméticos em Valinhos, interior de São Paulo, tem boas notícias em relação à doença.
O presidente do laboratório, Luiz Francisco Pianowski, farmacêutico e pesquisador, membro do Conselho Científico da Amazônia Fitomedicamentos, explica que eles estão estudando três moléculas muito promissoras para o tratamento da doença, sendo que as três tiveram resultados positivos in vitro em 100% das células testadas (mais de 100 células de linhagens diferentes de câncer).
"O estudo se divide em busca de moléculas, depois disso procuramos laboratórios (como o de Farmacologia da Unicamp, e hoje o estudo de ação e mecanismo está concentrado no laboratório de pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos) que testam tais moléculas em culturas de células cancerígenas." Paralelamente, está sendo conduzido, em Santa Catarina, teste de toxicidade em camundongos, e na Alemanha testes complementares em cães.
Na Alemanha e em Portugal estão sendo realizados testes in vivo em camundongos, nos quais foram implantadas células tumorais humanas para que o tumor se implantasse neles, e serão tratados com a droga para ser observada a ação em organismos vivos. "Estamos otimistas, pois, como citado anteriormente, estamos com resultados animadores in vitro, abrangendo mais de 100 linhagens de células cancerígenas.
Diante desses resultados, gostaríamos de muito em breve realizarmos testes em humanos", diz Pianowski.
Sobre a pesquisa do AM10
O produto em questão induz a uma maior apoptose (uma espécie de "suicídio celular"). Ele age na fase de multiplicação celular induzindo a célula cancerígena à apoptose. Passada a fase pré-clínica, na qual se observou a ação e mecanismos, foram realizados testes toxicológicos em duas espécies de animais: ratos e cães. Terminada esta fase, iniciaram-se os testes em humanos.
Luiz Francisco Pianowski - pesquisador, presidente do laboratório Kyolab e membro do Conselho Científico da Amazônia Fitomedicamentos. Farmacêutico com Doutorado em Tecnologia Farmacêutica (Porto-Portugal), Pianowski é um dos profissionais diretamente envolvidos nas pesquisas de fitomedicamentos que visam o combate a alguns tipos de câncer (AM10) e ao vírus do HIV (AM12).