O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou ontem, dia 4 de fevereiro, dia em que é comemorado o Dia Mundial do Câncer, a previsão para o surgimento de novos casos da doença este ano. Segundo o Instituto, se não houver mudanças de alguns hábitos do brasileiro e nem investimentos em prevenção, a estimativa é que 576 mil novos casos da doença podem ser diagnosticados em 2014.

De acordo com levantamento do órgão, o câncer de pele – do tipo não melanoma, deve ser o mais diagnosticado na população, com previsão de surgimento de 182 mil novos casos, seguido de tumores na próstata (69 mil), no caso de homens, e câncer de mama (57 mil), no caso de mulheres. Em seguida estão cânceres de cólon e reto e de pulmão.

Apesar dos números serem altos, os especialistas do Inca alertam que uma vida saudável, livre do fumo, com práticas regulares de exercícios e sem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode ajudar a reduzir a estimativa pela metade.

Com exceção do câncer de pele, a maioria dos novos casos da doença deve aparecer em homens, que têm mais chance de desenvolver câncer de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral. Nas mulheres, depois do câncer de mama, tendem a ser mais frequentes os de colón e reto, colo do útero, pulmão e tireoide.

Casos de câncer no mundo devem crescer 57% em 20 anos, estima OMS

Os números do câncer no mundo também não são nada animadores. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, divulgado essa semana, o número de novos casos de câncer no mundo deve aumentar 57% em 20 anos. Se em 2012 foram 14 milhões de casos diagnosticados, a previsão é que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. No período, as mortes por câncer, que atualmente chegam a 8,2 milhões por ano, devem chegar a 13 milhões.

Os tipos de câncer mais frequentes mundialmente são os de pulmão (1,8 milhão de casos, 13% do total), mama (1,7 milhão, 11,9%) e cólon (1,4 milhão, 9,7%). Segundo o texto, o câncer de pulmão é responsável pelo maior número de mortes (1,6 milhão, 19,4%). Em seguida vêm o de fígado (9,1%) e o de estômago (8,8%).

Mais de 60% dos casos estão na África, Ásia, América Central e América do Sul, regiões que concentram total de 70% das mortes causadas pela doença no mundo todo.

O estudo teve a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países. A OMS ressalta que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos devem ser os principais motivos desse aumento.

 

Fonte: Agência Brasil

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