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O novo Guia Alimentar da População Brasileira (edição 2014) elaborado pelo Ministério da Saúde orienta os brasileiros sobre os cuidados com a saúde e como manter uma alimentação saudável e balanceada. A população poderá contribuir com a elaboração do novo guia, que se encontra em consulta pública até o dia 7 de maio, no endereço eletrônico: www.saude.gov.br/consultapublica. As contribuições serão avaliadas pelo Ministério da Saúde e poderão constar do documento final. "O guia é uma fonte segura para orientar os brasileiros para uma alimentação saudável, com base em evidências científicas e com recomendações debatidas com diferentes especialistas e setores da sociedade", afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro. "A intenção é promover a saúde da população e contribuir para a prevenção de doenças como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação", enfatiza.

Uma das recomendações é optar pelo consumo de alimentos frescos, de procedência conhecida e utilizando como base da dieta alimentos in natura (de origem vegetal e animal), como carnes, verduras, legumes e frutas.

O manual também recomenda que as pessoas optem por refeições caseiras e evitem a alimentação em redes de fast-food (refeições prontas).

O novo guia também orienta os brasileiros a desfrutar de suas refeições e evitar assistir televisão, ou falar no celular, ou ficar na frente do computador enquanto comem.

O que evitar

O guia também recomenda a utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar. Produtos industrializados devem dar lugar aos alimentos in natura. Isso porque os produtos processados têm adição de sal ou açúcar para torná-los mais duráveis, palatáveis e atraentes. "Neste caso, o recomendado é sempre que possível evitar o consumo de produtos industrializados e fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo", informa a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

O manual foi elaborado em linguagem acessível e destina-se tanto ao cidadão como a educadores e profissionais de saúde. O documento foi formulado com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Obesidade

Segundo dados do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde realizado anualmente com a população brasileira sobre os hábitos alimentares e estilos de vida, os maus hábitos à mesa e o excesso de peso já atingem hoje 51% da população, sendo que 17% já são obesos. Em 2006, o índice de excesso de peso e obesidade era de 43% e 11%, respectivamente. Crianças e adolescentes trilham o mesmo caminho: uma em cada três crianças e um em cada cinco adolescentes estão acima do peso.

Além disso, a obesidade é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer infarto, AVC, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, apneia do sono e alguns tipos de câncer.

Confira as orientações para uma alimentação saudável

* Fazer de alimentos in natura a base da alimentação

* Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação

* Limitar o uso de produtos prontos para consumo

* Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados

* Comer em companhia

* Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo

* Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias

* Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece

* Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast-food

* Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

 

Conheça a diferença entre alimento e produto alimentício

Alimentos in natura: são essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex.: carnes, verduras, legumes e frutas.

Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex.: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho, de tapioca ou de trigo e massas frescas.

Produtos processados: são fabricados pela indústria, com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex.: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.

Produtos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contêm aditivos. Ex.: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, "barras energéticas", sopas, macarrão e temperos "instantâneos", "chips", refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento, como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.

 

Fonte: Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde instituiu nesta quarta-feira (12) a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. A medida, divulgada no Diário Oficial da União, prevê investimentos financeiros para o custeio do setor.

De acordo com o texto publicado do Diário Oficial, a nova política de saúde tem como objetivo reduzir a mortalidade decorrente das doenças raras e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Isso será feito por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno, redução de incapacidade e cuidados paliativos.

Para ser considerada uma doença rara, segundo a publicação, a enfermidade deve afetar até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Atualmente, existem aproximadamente cerca de 8 mil doenças raras.

Entre os avanços que serão possíveis com a criação da política, o Ministério da Saúde cita a organização de uma rede de atendimento para diagnóstico e tratamento de pacientes que contraíram uma das doenças raras existentes, que serão estruturadas em eixos e classificadas de acordo com suas peculiaridades.

Além da criação da rede de atendimento, o ministério prevê ainda a incorporação de 15 novos exames de diagnóstico e oferta de aconselhamento genético no Sistema Único de Saúde (SUS). Haverá também repasse de recursos para custeio das equipes de saúde dos serviços especializados, com investimento previsto em R$ 130 milhões.

 

Fonte: Agência Brasil

Você planeja viajar para Pernambuco ou para o Ceará nos próximos dias? Então fique atento, pois ambos os estados vêm registrando um aumento no número de casos de sarampo. Por essa razão, a Secretaria da Saúde de São Paulo resolveu emitir um alerta sobre a importância da imunização com até 10 dias de antecedência na viagem para os dois locais.

Considerada a medida de prevenção mais segura e eficaz contra doenças como o sarampo, a rubéola e a caxumba, a vacina tríplice viral está disponível de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Pelo calendário, a primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade e a segunda entre quatro e seis anos. Para adultos que não foram imunizados, a vacina também está disponível e é indicada para os nascidos a partir de 1960.

De acordo com o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria, Marcos Boulos, os casos de sarampo são mais comuns na infância, mas nos adultos e crianças menores de um ano de vida os riscos de complicações costumam ser maiores. "A vacina ainda é a forma mais segura de prevenção", afirma.

No ano passado, o sarampo esteve presente em diferentes regiões do mundo, causando mortes em países como Paquistão e Nigéria, além de milhares de casos na China, Turquia, Rússia, Geórgia, Gabão, Reino Unido e Estados Unidos. Apesar de não registrar circulação endêmica do vírus, São Paulo teve, em 2013, cinco casos de sarampo.

 

A doença

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e que é transmitida pelo contato com uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. Além disso, têm sido observados alguns casos de transmissão relacionados à dispersão de gotículas em locais fechados, como creches, escolas e clínicas médicas.

As primeiras manifestações do sarampo são mais acentuadas logo nos primeiros dias após o contágio. Já os seus principais sintomas são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento de inflamações avermelhadas na pele.

 

Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo

Pesquisadores da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo no qual afirmam que altas doses de vitamina C podem aumentar a eficácia dos tratamentos de quimioterapia em pacientes com câncer.

O estudo afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários.

Na década de 70, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer, porém, na época, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito e as pesquisas foram abandonadas.

Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca.

Para a pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário. Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas.

Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia.

A pesquisadora Jeanne Drisko disse que há um interesse crescente entre oncologistas de testar o poder da vitamina C no tratamento contra o câncer. "Pacientes estão buscando opções eficientes e mais baratas de melhorar os efeitos do tratamento", disse ela. "E a vitamina C intravenosa tem esse potencial, como indica nossa pesquisa científica e resultados dos primeiros testes."

Um possível obstáculo ao avanço das pesquisas é a falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar testes, porque não há como patentear a vitamina C – um produto natural. "Como a vitamina C não tem potencial para patente, seu desenvolvimento não deverá ser apoiado pelas indústrias farmacêuticas", disse o pesquisador Qi Chen.

A médica Kat Arney, da instituição Cancer Research UK, disse que há uma longa história de pesquisas sobre os efeitos da vitamina C no tratamento contra o câncer.

"É difícil dizer com uma pesquisa tão pequena (com apenas 22 pacientes) se altas doses da vitamina podem aumentar os índices de sobrevivência ao câncer. Mas já é interessante o fato de que diminuíram os efeitos colaterais da quimioterapia."

 

Fonte: BBC Brasil

Uma recente pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) revelou que duas das dietas mais conhecidas da atualidade, a dieta de baixa caloria (hipocalórica) tradicional e a baseada no sistema de pontos, apresentam resultados muito próximos no que diz respeito à perda de peso em adolescentes obesos.

Segundo os resultados do estudo, que envolveu 66 jovens residentes na cidade de São Paulo, a redução de peso foi significativa e progressiva em ambas as dietas. No entanto, na dieta tradicional, o número de adolescentes que concluiu o tratamento foi considerado maior.

"Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo que 31 foram submetidos a orientação de dieta hipocalórica tradicional (Grupo A) e 35 foram orientados a seguir o sistema de pontos (Grupo B)", explica a nutricionista e responsável pelo estudo, Mara Della Santa Dovichi Mendes.

Para fazer as observações, a pesquisadora optou por utilizar a variação de peso medida pelo escore Z do Índice de Massa Corporal (ZIMC). Essa variação foi avaliada durante seis meses em consultas quinzenais no primeiro mês e mensais a partir do segundo mês. "O estudo envolveu adolescentes de 13 anos de idade com ZIMC superior a 3, ou seja, apresentando um grau bastante acentuado de obesidade e circunferência abdominal", completa Mara.

 

Diferenças entre as dietas

Na dieta baseada no sistema de pontos, o primeiro passo foi estabelecer orientações qualitativas. Após isso, foi estipulado um limite diário de pontos a ser consumido, o que exigiu o preenchimento do registro de consumo alimentar diário, com quantificação calórica convertida em pontos, ou seja, um diário alimentar.

"O sistema de pontos é uma abordagem nutricional idealizada na década de 60 pelo professor Alfredo Halpern, da FMUSP, cujo foco central é flexibilizar a escolha dos alimentos, evitando a monotonia do cardápio. Cada paciente recebeu inicialmente uma tabela com pontos para cada alimento ou bebida, com cada ponto equivalendo a 3,6 calorias", explica a nutricionista.

Por outro lado, na dieta hipocalórica tradicional, após as orientações qualitativas, foi elaborado um plano alimentar na primeira visita. A partir daí, o consumo alimentar diário foi avaliado segundo um registro de consumo de três dias. Nele, o paciente foi orientado a preencher, em um formulário padrão, todos os alimentos e bebidas consumidos e suas quantidades no momento do consumo, sendo dois dias da semana alternados e um dia do final de semana, anteriores à consulta.

Apesar de ambas as dietas terem apresentado resultados bastante semelhantes na perda de peso, a nutricionista destaca a taxa de pacientes que concluíram o tratamento. "Ao final do estudo, a taxa de retenção, ou seja, de pacientes que concluíram o tratamento, foi de 80,64% na dieta tradicional e 54,29% no sistema de pontos. Possivelmente, a menor taxa de retenção no Grupo B se deve ao comprometimento de anotação diária dos pontos", afirma Mara.

 

Fonte: Agência USP

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