O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a ampliação do uso do medicamento rituximabe para o tratamento de linfomas não Hodgkin de células B foliculares. A droga, antes utilizada apenas para o tratamento do tipo mais agressivo da doença, agora será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em primeira e segunda linhas, ou seja, quando a doença resiste ou retorna após o uso de outros medicamentos.

Utilizado durante a fase da quimioterapia, o rituximabe destrói as células defeituosas e aumenta a sobrevida do paciente que sofre com a doença, que se caracteriza pela multiplicação e acúmulo de linfócitos, principalmente nos gânglios linfáticos. Os principais sintomas são dores, febre e inchaço.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,5 mil pessoas deverão se beneficiar com a medida, que deve custar R$ 28 milhões aos cofres do governo para a compra do medicamento. Para Carlos Sérgio Chiattone, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, a decisão é acertada, ainda que tenha sido tomada de forma atrasada.

"Acho meritório que o governo tenha introduzido o medicamento no SUS, mas o rituximabe, que é uma droga muito eficaz, é usado há mais de uma década para a expressiva maioria dos linfomas em vários países", comenta Carlos.

Apesar de já ter sido aprovado, o rituximabe só estará disponível para a população após 180 dias, prazo necessário para que o ministério defina a forma de compra do produto, que pode ser centralizada, sob responsabilidade do governo federal, ou descentralizada, com subsídios a estados e municípios.

Em 2012, segundo dados disponibilizados pelo SUS, 12 mil pessoas foram internadas em hospitais da rede para o tratamento de linfoma. Destas, 1,5 mil foram diagnosticadas com linfoma não Hodgkin folicular. No ano anterior, 3.737 pacientes morreram em decorrência do linfoma, sendo que 115 foram diagnosticados com o tipo folicular.

 

Fonte: Agência Brasil

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