O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta terça-feira (5) o quarto pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados. O acordo, que foi selado com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), tem como objetivo diminuir o alto índice de consumo de sal no país, responsável por doenças crônicas, como as cardíacas e a hipertensão.

A primeira parceria entre o Ministério da Saúde e a Abia, firmada em 2011 e válida por quatro anos, previu a redução de sódio em 16 categorias de alimentos processados, entre elas pães, bisnagas e massas instantâneas. Em 2012, o termo de compromisso foi ampliado e incluiu na lista outros tipos de alimentos, como cereais matinais, margarinas, temperos e caldos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação de consumo diário máximo de sal é de menos de 5 gramas por pessoa. Porém, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o atual consumo do brasileiro ultrapassa os 12 gramas diários.

A hipertensão arterial, causada pelo alto consumo diário de sal, é a principal preocupação das autoridades de saúde do país. Na última pesquisa encomendada pelo ministério em 2011, que contou com a participação de mais de 54 mil brasileiros, os resultados apontaram que a doença atinge 22,7% da população adulta, número acima do considerado ideal.

Nos próximos dias, Alexandre Padilha deve divulgar dados inéditos da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, inclusive sobre a hipertensão arterial. A expectativa é que o primeiro impacto dos acordos de redução de sódio anteriores já deva ser sentido.

 

Fonte: Agência Brasil

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