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O caso de dois meninos que praticam musculação desde muito pequenos causou espanto. Os dois irmãos romenos, um de quatro e outro de seis anos, fazem diariamente exercícios pesados e difíceis até para adultos, como flexões e barras. A médica do exercício do Into, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Renata Castro, esclarece que a prática de exercícios físicos é fundamental para o desenvolvimento sadio das crianças. No entanto, ela afirma que musculação não é recomendada para crianças.
"A criança já é fisicamente ativa, criança brinca, enfim, já gasta bastante energia. O problema é que atualmente essas brincadeiras têm ficado cada vez menos consumidoras, digamos assim, de calorias. E com isso, têm aparecido doenças que são mais comuns em adultos estão passando a aparecer também em crianças, como hipertensão. Então a importância da criança se manter ativa é justamente isso, prevenir essas doenças, não só quando são crianças, mas também na vida adulta."
Renata Castro, explica que o ideal é a criança fazer apenas trinta minutos de exercícios por dia, quatro vezes por semana. Os esportes em grupos são os mais recomendados, pois desenvolvem também o lado social delas. Mas, de acordo com Renata Castro, a criança é quem deve escolher qual atividade pretende fazer.
"Nada em excesso é bom. Agora, é interessante a criança ter opções pra poder escolher, pra saber do que ela gosta de fazer. Uma das coisas mais importantes, não só para as crianças, mas também para os adultos, pra se manter ativo é encontrar uma atividade que goste. Dando para criança essa opção de escolher diferentes modalidades vai ser mais fácil dela encontrar algo que ela realmente goste e possa praticar com prazer."
A médica do exercício do Into lembra que, além das atividades físicas, os pais devem estimular os filhos a brincar. Os exercícios devem ser apenas uma atividade extra. Renata Castro afirma também que uma alimentação saudável e o sono tranquilo são outros fatores importantes no desenvolvimento das crianças.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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Não é difícil andar pelas ruas e encontrar adolescentes cada vez mais altos, alguns com mais de dois metros de altura. Normalmente, esse fenômeno do crescimento excessivo acontece por volta dos dezesseis anos, mas não tem uma causa específica. De acordo com a especialista em distúrbio de crescimento e endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores, Maria Christina Kurdian, cada jovem desenvolve um motivo para crescer muito e só um profissional pode dizer a causa e recomendar o melhor tratamento. Ela afirma, no entanto, que o País passou por uma fase de aceleração secular do crescimento, ou seja, os adolescentes passaram a crescer mais nos últimos anos.
"Agora a altura final maior está relacionada à essa aceleração do crescimento que houve nas últimas décadas, mas relacionada ao controle de doenças, vacina, a pessoa comer melhor. Mas praticamente já cessou essa aceleração, que a gente chama de aceleração secular do crescimento, ela já cessou. Quer dizer, as pessoas não estão continuando a crescerem mais, mas se você for comparar a Era atual com cinqüenta anos atrás, com certeza as pessoas são mais altas", explica Maria Christina Kurdian.
A endocrinologista alerta também que os pais precisam ficar atentos ao desenvolvimento dos filhos. Segundo Maria Christina Kurdian, alguns sintomas do distúrbio de crescimento exagerado aparecem logo na infância.
"Uma criança de três anos, quatro anos, cresce, em média, por ano seis centímetros. Então, se uma criança ta crescendo muito mais do que isso caracteriza que ela está com um distúrbio do crescimento, no sentido de um crescimento exagerado, um crescimento muito acelerado. O pediatra sabe qual é a velocidade que a criança cresce. Até a mãe em casa vai ver que a criança está perdendo as roupas muito rapidamente, na escola está maior do que as outras crianças da turminha dela."
A especialista em distúrbio de crescimento e endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores alerta também que medicamentos para bloquear o crescimento têm sempre efeitos colaterais indesejáveis. O ideal é procurar um endocrinologista para receber orientações corretas. Maria Christina Kurdian destaca que também é importante controlar o peso para evitar doenças mais graves.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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Algumas pessoas, após ficarem expostas ao sol, começam a apresentar manchas avermelhadas na pele. Essas manchas incomodam porque provocam coceira e muitas vezes se espalham por todo o corpo. São sintomas da urticária solar. O problema não é muito comum, mas quem sofre dele tem que evitar ao máximo os raios solares. Segundo o alergista do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, Simonides Carriço, a mínima exposição, mesmo com o uso do protetor solar, já causa manchas vermelhas e desconforto.
"Ela assim que se expõe ao sol ela começa a apresentar um eritema, uma vermelhidão no braço, começa a haver prurido, que é a coceira, começa a se coçar e rapidamente isso se alastra por quase todo o corpo podendo chegar ao quadro de urticária grave. Então, o quanto antes possível esse paciente deve ser atendido", explica Simonides Carriço.
A urticária solar pode surgir em qualquer fase da vida e, assim como as outras alergias, também pode ter um fundo genético. O alergista Simonides Carriço ressalta que não existe um tratamento específico que garanta a cura do problema, só o alívio dos sintomas. O que a pessoa deve fazer é redobrar os cuidados com a pele e o sol. "Ela tem que ter cuidados para o restos da vida, ou isso pode passar naturalmente, não existe um tratamento eficaz contra a urticária solar, existe um tratamento profilático que é a base de filtros protetores, de roupas para evitar o contato com o sol, justamente evitar ao máximo possível a exposição ao sol e fazer com que os pacientes usem antialérgicos com freqüência."
O médico Simonides Carriço alerta que, ao piorarem os sintomas, é fundamental que o paciente procure um médico o mais rápido possível. Segundo ele, a alergia pode levar a um quadro fatal, como um sufocamento por edema de glote na garganta, por exemplo.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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Como se não bastasse todo o estresse do trânsito, os engarrafamentos, cada vez mais freqüentes nas grandes cidades, podem favorecer o desenvolvimento de outros problemas. Desvios de coluna, dores musculares, lombares e bursites. Especialistas do INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, explicam que algumas medidas podem aliviar o desconforto e evitar situações mais graves. De acordo com a ortopedista da Clínica da Dor, Waleska Sampaio, após 50 minutos dirigindo, a pessoa precisa se alongar para evitar futuros problemas.
"Só tentar se espreguiçar, fazer um movimento se espreguiçando já poderia melhorar um pouco essa situação. No carro mesmo. Fazer alguns movimentos de rotação com o pescoço, levantar os braços, esse movimento de se espreguiçar. Isso já dá uma melhorada. O ideal seria sair do carro e esticar as pernas, mas eu sei que isso é quase impossível", Waleska Sampaio.
A especialista do INTO explica que o simples fato de passar a marcha repetidas vezes já pode levar a dores crônicas. Waleska Sampaio afirma que, para pessoas que não praticam atividades físicas, os incômodos podem ser ainda maiores. "A gente tem que ter mais cuidado é com o risco de trombose, por causa do tempo mesmo, da alteração da circulação. A dor muscular também, porque tem que ficar no pedal, a dor muscular da panturrilha. Essas pessoas que não têm preparo físico, que não fazem alongamento, que não têm preparo físico para manter essas posturas por muito tempo, acima dos cinqüenta minutos podem desenvolver dores musculares, que a gente chama de dor miofascial de membro inferior."
De acordo com Waleska Sampaio, manter a musculatura sempre alongada é essencial para amenizar as dores provocadas pelas horas de trânsito. A coordenadora da Clínica da Dor lembra que além dos alongamentos, é importante praticar exercícios físicos regularmente para evitar dores crônicas.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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Dados do Departamento de DST/ Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde revelam que, de 2005 a 2009, aumentou o número de brasileiros que procuraram a rede pública de saúde para fazer teste de HIV. Em 2005 somente seiscentas e oitenta mil pessoas mil fizeram o teste rápido. Neste ano, três milhões de pessoas terão o acesso ao mesmo teste. Outros cinco milhões de brasileiros procuraram o teste tradicional para detectar o HIV. O investimento do Ministério da Saúde na compra desses testes também aumentou. Em 2005, foram investidos cerca de quarenta milhões de reais na compra de testes rápidos e o tradicional Eliza. Só neste ano, o ministério deve investir setenta e um milhões na compra desses testes. Segundo a assessora técnica do Departamento de DST/ Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Lilian Inocêncio, a grande procura pelos testes foi impulsionada principalmente pela tecnologia oferecida pela rede pública de saúde brasileira.
"Você introduz um teste de uma alta tecnologia para você ter mais facilmente esses resultados, que antigamente até levava um pouco mais, levava dois meses para uma pessoa saber. E ele não, você chega no serviço, fala eu quero me testar. Trinta minutos tem o resultado. Dali ele já sai com o encaminhamento. Passar por um psicólogo por um médico", explica Lilian Inocêncio.
Lílian Inocêncio ressalta ainda que, por ser uma doença crônica, quanto mais rápida a Aids for diagnosticada, melhor.
"Quanto mais cedo a pessoa ir ao serviço de saúde se testar, independente se ela está doente ou não, ela vai lá para fazer o check-up e ela pode pedir para o médico um exame de anti-HIV. Se ela fazer o exame e ela for soropositiva, então é muito melhor para o sistema que ela entre mais precocemente por que quando você sabe do estado imunológico da pessoa você pode fazer a intervenção muito mais rápido então ela ai ter uma qualidade de vida, um prolongamento de vida muito melhor", explica Lilian Inocêncio.
Segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Lilian Inocêncio, em 2003, o teste rápido foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde a fim de ampliar e facilitar o diagnóstico da Aids no País. Antes dele, a triagem do sangue coletado, o teste Eliza, era o mais usado no País. Os testes são disponíveis na rede pública de saúde de todo o Brasil, inclusive nos municípios de difícil localidade.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde