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Vacinação de outros grupos, incluído idosos, também continua até 2 de junho nos municípios que não atingiram a meta de imunizar 80% do público alvo


Agora as crianças de dois anos a menores de cinco anos devem se vacinar contra a gripe H1N1. A partir da próxima segunda, dia 24, os pais já podem levar os filhos para um dos 36 mil postos de saúde em todo país. O prazo termina no dia 2 de junho.

A vacina é tomada em duas meias doses. Uma agora e outra 21 dias depois da primeira. Portanto, os pais devem ficar atentos, pois as crianças terão que ir duas vezes ao posto de saúde.

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou hoje a inclusão deste novo grupo na campanha de vacinação contra a gripe H1N1. Depois daqueles grupos que já foram vacinados, as crianças entre 2 a 5 anos incompletos é o grupo mais vulnerável.

Outros grupos – A campanha de vacinação para pessoas de 30 a 39 anos e gestantes ainda continua até 2 de junho. O Ministério recomenda que os municípios vacinem os grupos que ainda não atingiram a meta de 80% (doentes crônicos e adultos de 20 a 29 anos). Isso vale também para a vacina contra a gripe comum destinada aos idosos.

A campanha até agora imunizou 61 milhões de pessoas, o que corresponde a 70% do público que é considerado de risco para a gripe. A vacinação da gripe H1N1 praticamente atingiu, em apenas dois meses, a cobertura da maior campanha de vacinação realizada até então no Brasil, contra a rubéola (2008), que teve duração de seis meses.

Além da gripe H1N1, o Ministério da Saúde também promove a campanha de vacinação contra a gripe comum em pessoas acima de 60 anos nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Para os idosos com doença crônica, as duas vacinas são tomadas em conjunto, uma em cada braço. O prazo da vacinação contra gripe comum termina 21 de maio, mas o Ministério recomendou a prorrogação até 2 de junho aos municípios que necessitem.

Nessa faixa etária, a vacina é aplicada em duas meias doses. São recomendados trinta dias de intervalo entre as duas aplicações

 

Mais de 4 milhões de crianças de seis meses a menores de dois anos já se vacinaram contra a gripe H1N1, atingindo os 100% de cobertura, mas a imunização desse grupo ainda não terminou. Nessa faixa etária, a vacina é aplicada em duas meias doses. São recomendados trinta dias de intervalo entre as duas aplicações.

"Esse intervalo é recomendado porque é o tempo necessário para o organismo produzir maior número de anticorpos, ou seja, maior imunidade", explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. "Garantir a imunização agora é fundamental para evitar complicações nos meses de maior transmissibilidade das doenças respiratórias", alerta.

No ano passado, as crianças entre seis meses e dois anos apresentaram a maior taxa de incidência de casos graves confirmados para influenza H1N1, de 154 por 100 mil habitantes, seguida pela população de 20 a 29 anos (56 por 100 mil). A vacina registra uma efetividade média maior que 95% e está disponível para esse grupo em cerca de 36 mil postos do País.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde reforça a importância de manter as medidas de prevenção, como lavar sempre as mãos, evitar tocar boca e olhos, não compartilhar alimentos ou objetos de uso pessoal e cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

Meta - Até a manhã da segunda feira (3), o Ministério da Saúde registrou 43,9 milhões de pessoas vacinadas. Jovens de 20 a 29 correspondem a 23,4 milhões do total, com 66,5% dessa população vacinada. As gestantes somam 1,9 milhões (61,7% desse grupo vacinado) e os doentes crônicos, 12,4 milhões (74%). O grupo selecionado de trabalhadores de saúde alcançou 100% de cobertura, com 2,7 milhões imunizados. O mesmo para as crianças de seis meses a menores de 2 anos, com 4,5 milhões de doses aplicadas. Na próxima etapa, serão convocadas pessoas entre 30 e 39. A meta é vacinar, pelo menos, 80% de cada grupo.

Em 2009, foram 19,4 milhões de atendimentos de gestantes pelo SUS. Acesso ao planejamento familiar também cresceu e chegou a todos os municípios brasileiros

 

Em seis anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou de forma expressiva o acesso das brasileiras a atendimentos de saúde sexual e reprodutiva. O número de consultas de pré-natal atingiu 19,4 milhões em 2009 – aumento de 125% em relação a 2003, quando foram registradas 8,6 milhões. Já a cobertura de planejamento familiar atingiu todos os municípios brasileiros – alcançando 4,3 milhões de mulheres a mais no período de 2003 a 2008.

“Uma das causas está relacionada ao aumento do número de equipes de Saúde da Família que saiu de 19 mil em 2003 para 30,3 mil em 2009 e ao consequente aumento da população coberta que saiu de 35% para 50% no mesmo período. Uma das atribuições das equipes é realizar o exame pré-natal”, explica a diretora substituta do Departamento de atenção básica, Elisabeth Wartchow.

O aumento da assistência pré-natal contribui com a melhoria nas condições da gestação, da própria mãe e do recém-nascido.

A Organização Mundial de Saúde recomenda às gestantes a realização de, pelo menos, seis consultas de pré-natal. Esse acompanhamento médico permite identificar possíveis riscos à saúde da mulher – como diabetes e hipertensão arterial e repercussão de doenças no bebê. Segundo a mais atual Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS-2006), 74% das gestações feitas pelo SUS passaram por, no mínimo, seis consultas de pré-natal. “É um controle cujo resultado vai se refletir na maior qualidade do parto, da vida da mãe e da saúde da criança”, analisa o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles.

 

PLANEJAMENTO FAMILIAR

Em 2008, o acesso a métodos contraceptivos alcançou todos os municípios brasileiros – 5.563, totalizando mais de 34,5 milhões de usuárias do SUS de 10 a 49 anos. Cinco anos antes, a população-alvo era de 30,2 milhões de mulheres em 4.920 cidades. Esse avanço na cobertura foi possível porque o Ministério da Saúde triplicou o investimento em planejamento familiar em cinco anos. Foram aplicados R$ 35,1 milhões na compra de medicamentos e itens anticoncepcionais, em 2008, contra 10,2 milhões em 2003.

Além de preservativos e pílulas, as mulheres continuam recorrendo aos postos de saúde em busca de outros métodos contraceptivos. Uma prova é que o número de atendimentos para fornecimento e implantação de DIU e de diafragma cresceu 33,6% entre 2003 a 2009. Passou de 142.932 para 191.034 nesse período.

A expansão do planejamento familiar no SUS tem impacto direto na vida das brasileiras. Com esta ação, diminui-se a quantidade de gravidez indesejada no País. “A mulher tem o direito de escolher se quer ou não engravidar. A opção pelo uso do anticoncepcional garante a ela o total controle sobre seu corpo e sua saúde”.

Como consequência do maior acesso a métodos contraceptivos, a quantidade de abortos em condições inseguras sofreu uma redução. De 2003 a 2009, caiu em 15% o número de procedimentos de curetagem feitos no SUS em mulheres sofrendo complicações decorrentes do abortamento – espontâneo ou provocado. No ano passado, foram 200,6 mil operações como essa na rede pública. Em 2003, foram registrados 236,4 procedimentos.

A quarta etapa da campanha também receberá gestantes, doentes crônicos de outras faixas etárias, crianças de seis meses a menores de dois anos e jovens de 20 a 29 anos.

As pessoas que perderam o prazo para a vacinação contra a gripe H1N1 ainda poderão ir aos postos até 7 de maio. Assim, a quarta etapa da campanha, que foi iniciada nesta semana para idosos com doenças crônicas, também receberá gestantes, doentes crônicos de outras faixas etárias, crianças de seis meses a menores de dois anos e jovens de 20 a 29 anos.

"Estamos chegando a 40 milhões de pessoas vacinadas, e o balanço é positivo.

Há uma visão otimista de que o Brasil vai atingir a meta de vacinação", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele reforçou que a vacina é gratuita, segura e a única certeza de proteção para a população que tem o maior risco de morrer ou ter as formas graves da doença.

A cobertura de jovens de 20 a 29 anos ultrapassou o total de 20 milhões de doses aplicadas (57% da meta para o grupo); as gestantes, 1,76 milhões (59%); e os doentes crônicos em todas as idades, 9,7 milhões (58%). Das metas atingidas, as crianças de seis meses a menores de 2 anos somam 4,1 milhões de imunizados (94% da meta) e os trabalhadores de saúde, 2,59 milhões (100% da meta). No ano passado, dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas.

Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Gripe comum - A mobilização contra a gripe H1N1 ocorre em paralelo com a ação de vacinação contra a gripe comum, direcionada apenas a pessoas com mais de 60 anos. Nas regiões Norte e Sul, foi iniciada no sábado (24/04) e segue até 7 de maio. Para o Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, o início foi adiado para 8 de maio e segue até 21 do mesmo mês.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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