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A realização de ações em empresas para incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras, aumentaram o consumo desses alimentos entre os trabalhadores. O trabalho do nutricionista Daniel Bandoni, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP , que envolveu cerca de 20 mil trabalhadores em 15 empresas de São Paulo, aponta que os ambientes de trabalho favorecem a realização de intervenções para difundir informações sobre alimentação saudável.

O estudo foi realizado em empresas cadastradas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Emprego, que oferecem refeições aos funcionários. A intervenção começou com enfoque nos gestores dos restaurantes, para demonstrar a importância da inclusão de frutas, legumes e verduras nos cardápios. “Isso inclusive está previsto na legislação do PAT”, diz Bandoni. “Os preparadores de alimentos participaram de oficinas culinárias, onde aprenderam receitas e técnicas de apresentação das refeições.”

Para os trabalhadores, foi colocado a disposição nos refeitórios um álbum com informações sobre alimentação saudável. “Nas áreas de distribuição das refeições, marcadores indicavam as opções mais saudáveis, como saladas e frutas”, conta o nutricionista. “A orientação sobre hábitos alimentares adequados se estendeu ao ambiente da empresa, como os jornais internos, cardápio dos refeitórios e em cartazes espalhados nas dependências das empresas.”

A oferta de legumes, verduras e frutas foi analisada nas refeições oferecidas aos empregados. “Os cardápios passaram a oferecer aproximadamente 50 gramas (g) a mais desses alimentos por usuário no almoço”, afirma o pesquisador. Também se observou uma maior oferta de fibras nas refeições, decorrente da maior presença de frutas e hortaliças. “Houve ainda uma redução significativa do percentual de gorduras, que não era o objetivo da pesquisa, indicando uma possível extensão dos efeitos benéficos das intervenções a outros componentes da alimentação.”

Consumo

Antes da implantação das ações, o consumo médio de frutas, legumes e verduras no almoço era de 104 g por pessoa entre os trabalhadores pesquisados. Depois da intervenção, ele aumentou para 123 g. “O aumento no consumo deste alimentos foi superior a 15%, ficando do que esperávamos como resultado da intervenção”, conta Bandoni. O consumo recomendado é de 400 g por dia, após a intervenção o consumo médio destes alimentos no almoço atingia 30% do total da recomendação.

De acordo com o nutricionista, a pesquisa demonstrou que o espaço do ambiente de trabalho é um bom cenário para incentivar um estilo de vida saudável, pois há um bom acesso a informação. “O estudo abordou a questão da alimentação, mas também é possível promover a atividade física, por exemplo”, ressalta. “Assim como ações nos locais de trabalho ajudaram no controle do fumo, essa estratégia também pode funcionar com a alimentação saudável, entre outras questões.”

Bandoni observa que em algumas empresas, a instalação de máquinas que vendem refrigerantes e salgadinhos se torna um estímulo à alimentação inadequada. “O ideal seria a implantação de um refeitório, para tornar a oferta de alimentos mais adequada”, aponta. “A distribuição de vale-refeição também não garante que os funcionários venham a se alimentar de forma correta.”

Quanto as políticas públicas, o nutricionista sugere que o governo federal forneça orientação sobre práticas alimentares saudáveis às empresas que se cadastrarem no PAT. A pesquisa teve orientação da professora Patrícia Constante Jaime, da FSP.

Praticar exercícios físicos pode diminuir o uso de medicamentos? Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo afirma que sim. De acordo com o estudo paulista, mulheres com idade acima de sessenta anos que praticam pelo menos cento e cinquenta minutos de atividades físicas por semana consomem menos medicamentos do que as idosas sedentárias. Segundo o pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, Leonardo José da Silva, autor da pesquisa, a prática de exercícios pode ajudar no tratamento de doenças comuns na terceira idade.

"No caso da diabetes e da hipertensão, a atividade física tem um papel importantíssimo na questão de prevenção, mas também como uma forma de tratamento. Pessoas pré-hipertensas conseguem controlar os níveis pressóricos à níveis normais, desde que ela tenha um hábito, um estilo de vida fisicamente ativo. No caso do diabetes, não é diferente. Esses níveis glicêmicos que podem fazer com que a pessoa venha desenvolver o diabetes, podem ser controlados com a prática habitual de atividades físicas."

A prática regular da atividade física também pode prevenir a osteoporose em mulheres idosas. O pesquisador Leonardo José da Silva ressalta ainda que exercícios de equilíbrio, flexibilidade e de força muscular são importantíssimos para pessoas com idade acima de 60 anos. Eles podem melhorar a capacidade física dessas pessoas. Uma alimentação saudável pode potencializar ainda mais os efeitos da atividade física.

 

 

Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100334

Estão abertas em todo o País as inscrições para a segunda corrida e caminhada "Com você, pela vida – Doe Medula Óssea". Este ano, a mobilização está marcada para o dia 12 de dezembro, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. São seis quilômetros de percurso, e os participantes, além de aproveitar a grande festa, vão saber mais sobre a prevenção do câncer e a importância de doar medula óssea. Jorge Alexandre Cruz, superintendente da entidade Fundação do Câncer, que promove o evento, explica que ações como essa são fundamentais para manter os estoques de doadores no Brasil.

"É conscientizar e estimular as pessoas a se tornarem doadores de medula óssea. Esse é mais um dos eventos que a gente utiliza para a mobilização. Nós temos um Registro de Doadores de Medula Óssea que, hoje, conta com um milhão e duzentos mil doadores. É o terceiro maior registro do mundo. Há cinco anos atrás, esse registro tinha 60 mil doadores, e foi através de eventos como esse que efetivamente fez com que a quantidade de doadores cadastrados aumentasse."

Segundo Jorge Alexandre Cruz, é importante estimular a doação de medula óssea, já que 75% dos pacientes que precisam de um transplante no Brasil recorrem aos registros de doadores voluntários. No dia da corrida, um posto móvel do hemocentro do Rio de Janeiro vai colher doações de sangue.

"Vamos ter um caminhão do Hemorio preparado para fazer a coleta da amostra de sangue.Então quem quer participar e se tornar um doador vai ter a oportunidade de no próprio evento fazer a doação e o doador cadastrado no Registro de Doadores de Medula Óssea."

Para fazer a inscrição, o interessado deve pagar uma taxa de 35 reais, que dá direito a um kit, com boné, camiseta e sacola. O superintendente da Fundação do Câncer lembra que o todo o dinheiro será doado aos projetos do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer. A inscrição vai até o dia nove de dezembro no endereço eletrônico: www.cancer.org.br.

 

 

Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100621

A psoríase é uma doença da pele que se manifesta, na maioria das vezes, por manchas rosadas ou avermelhadas, geralmente cobertas por escamas esbranquiçadas. Essas placas avermelhadas causadas pela doença crescem, descamam e se espalham rapidamente pelo corpo. Segundo o dermatologista Erasmo Tokarski , a psoríase é genética, e pode aparecer em qualquer momento da vida. No entanto, fatores, como o estresse, podem desencadear o problema em quem já tem essa predisposição.

"Algumas viroses, algumas infecções bacterianas podem desencadear a doença, desde que a pessoa tenha uma predisposição genética, mas ela não é uma doença que aparece simplesmente por acaso. Geralmente, em torno de 1,5% da população mundial tem psoríase, sendo que pode aparecer a partir dos nove, dez, doze, quinze anos até a vida adulta."

Costas, braços, unhas, joelhos e até o couro cabeludo podem ser atingidos pelas manchas vermelhas da doença. O dermatologista Erasmo Tokarski ressalta que a psoríase não mata e nem é contagiosa. Mas muitos pacientes se sentem feios, e com a autoestima baixa.

"A psoríase é uma doença que não é contagiosa, mas ela é altamente destruturante da parte emocional de quem tem a psoríase porque fica descamando, fica saindo aquela poeirinha branca, aquela descamação esbranquiçada, então, as pessoas que têm psoríase elas começam a se afastar da comunidade, depois da família e ficam muito introspectivas."

De acordo com o médico Erasmo Tokarski o tratamento da psoríase é feito com medicamentos e indicado de acordo com o local do corpo atingido. Como a doença ainda não tem cura, é preciso que o paciente controle o aparecimento das manchas e faça consultas regulares ao dermatologista.

 

 

Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100620

Diante da preocupação em torno da bactéria KPC, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tranqüiliza a população brasileira e informa que esse microrganismo só circula em ambientes hospitalares. Portanto, a Anvisa determinou o uso obrigatório do álcool gel nos hospitais, uma forma de se evitar a proliferação de todas as bactérias, inclusive a KPC. Além disso, como o risco dessa bactéria está ligado ao fato de ela se tornar resistente a antibióticos, a agência também tornou obrigatória a retenção, pelas farmácias e drogarias, de receita médica para a venda desses medicamentos à população. Segundo o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, não há motivo para pânico, exatamente porque essa bactéria já era identificada no ambiente hospitalar.

"Os casos de infecção hospitalar com KPC não representam episódios excepcionais em relação aos episódios de infecção hospilar no Brasil. Estudos isolados conduzidos por centros de pesquisa indicam que a taxa medida de infecção hospitalar no Brasil situa-se em 14%, ou seja, não houve alteração nesses últimos meses dessa taxa média por conta de infecções causadas por esse microrganismo."

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também tranqüilizou a população e ressaltou que o mais importante nesse momento é que os profissionais de saúde que trabalham nos hospitais como também os visitantes dos pacientes internados sigam, à risca, os cuidados com a higiene.

"A primeira medida mais importante é lavar as mãos no ambiente hospitalar. Isso serve para profissionais de saúde, também para os visitantes, ao entrar e ao sair. Evidentemente, medidas de higiene que estão nos protocolos e normas do Ministério da Saúde. Melhorar a notificação e o registro dessas ocorrências para que pesquisa e investigação possam ser feitas."

A Anvisa também faz um alerta para que os pacientes, ao serem atendidos em hospitais, verifiquem se o médico ou enfermeiro fez a lavagem de mãos ou a assepsia com álcool gel. As pessoas podem pedir para que o profissional siga as medidas de higienização para evitar qualquer tipo de contaminação. Os visitantes ou acompanhantes dos pacientes hospitalizados também devem, além de higienizar as mãos, evitar contato físico com outros doentes e tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares.

 

 

Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100623

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