Diante da preocupação em torno da bactéria KPC, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tranqüiliza a população brasileira e informa que esse microrganismo só circula em ambientes hospitalares. Portanto, a Anvisa determinou o uso obrigatório do álcool gel nos hospitais, uma forma de se evitar a proliferação de todas as bactérias, inclusive a KPC. Além disso, como o risco dessa bactéria está ligado ao fato de ela se tornar resistente a antibióticos, a agência também tornou obrigatória a retenção, pelas farmácias e drogarias, de receita médica para a venda desses medicamentos à população. Segundo o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, não há motivo para pânico, exatamente porque essa bactéria já era identificada no ambiente hospitalar.
"Os casos de infecção hospitalar com KPC não representam episódios excepcionais em relação aos episódios de infecção hospilar no Brasil. Estudos isolados conduzidos por centros de pesquisa indicam que a taxa medida de infecção hospitalar no Brasil situa-se em 14%, ou seja, não houve alteração nesses últimos meses dessa taxa média por conta de infecções causadas por esse microrganismo."
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também tranqüilizou a população e ressaltou que o mais importante nesse momento é que os profissionais de saúde que trabalham nos hospitais como também os visitantes dos pacientes internados sigam, à risca, os cuidados com a higiene.
"A primeira medida mais importante é lavar as mãos no ambiente hospitalar. Isso serve para profissionais de saúde, também para os visitantes, ao entrar e ao sair. Evidentemente, medidas de higiene que estão nos protocolos e normas do Ministério da Saúde. Melhorar a notificação e o registro dessas ocorrências para que pesquisa e investigação possam ser feitas."
A Anvisa também faz um alerta para que os pacientes, ao serem atendidos em hospitais, verifiquem se o médico ou enfermeiro fez a lavagem de mãos ou a assepsia com álcool gel. As pessoas podem pedir para que o profissional siga as medidas de higienização para evitar qualquer tipo de contaminação. Os visitantes ou acompanhantes dos pacientes hospitalizados também devem, além de higienizar as mãos, evitar contato físico com outros doentes e tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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