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O AVC – Acidente Vascular Cerebral – é a principal causa de mortes no Brasil. Para se ter uma idéia, o país registrou, somente em 2008, mais de 70 mil mortes em decorrência do problema. Para melhorar a assistência aos pacientes com diagnóstico de AVC, o Ministério da Saúde abriu – nesta sexta-feira, dia mundial de combate à doença - uma importante consulta pública. O objetivo é discutir, com especialistas e a sociedade, o estabelecimento de um protocolo clínico com orientações a médicos e profissionais de saúde para o adequado atendimento e tratamento dos pacientes com AVC. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, explica que esse documento, produzido no formato de manual, vai qualificar a assistência dada aos pacientes.
"São orientações de tratamento e de manuseio dos pacientes com AVC para os médicos. A ideia central é qualificar esse atendimento, melhorar a qualidade da atenção assistencial aos pacientes, diminuir a quantidade de seqüelas e permitir uma melhora e uma mais rápida dos pacientes."
O texto, inédito nesta área, foi elaborado por especialistas do Ministério da Saúde e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que é referência no tratamento de pacientes com AVC. Segundo Alberto Beltrame, além de trazer maior segurança e eficácia no tratamento dos doentes, esse protocolo traz novidades:
"Nós estamos colocando em consulta pública um medicamento, que é o Alteplase, que é um medicamento que diminui as seqüelas no AVC isquêmico, permitindo uma recuperação mais rápida dos pacientes acometidos pelo AVC isquêmico."
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde lembra que a consulta pública estará aberta a contribuições por um período de 30 dias. A expectativa é que essas novas diretrizes terapêuticas já comecem a ser aplicadas pelas unidades de saúde no início do próximo ano.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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A chegada do feriado prolongado, com o dia de finados, preocupa os hemocentros brasileiros por causa da queda no número de doações de sangue. Muitas pessoas viajam nos feriadões, deixam de doar nesse período e os estoques de sangue ficam bem abaixo do que é preciso para atender a população. Todos os estados sofrem com o problema. A médica da Fundação Pró-Sangue, ligada ao Hemocentro de São Paulo, Luciana Sampaio, explica que a falta de doadores representa um risco ainda maior, porque nos feriados, normalmente, a demanda por sangue aumenta nos hospitais de todo o País.
"Através de experiências anteriores a gente pode constatar que, nos feriados prolongados, você pode ter uma queda até de 30% no número de doações, e durante o feriado há um aumento no número de acidentes o que leva muitas vezes a um maior consumo dos hemocomponentes. E boa parte dos estoques de sangue vai para pacientes em tratamento quimioterápico. Ou seja, independente de ser ou não feriado esse pacientes continuam consumido os hemocomponentes."
Para evitar os transtornos, hemocentros de todo o País fizeram campanhas na semana passada para reforçar os estoques antes do feriado prolongado. Mas, mesmo durante os dias de folga, quem está viajando pode doar. É só entrar em contato com o serviço de saúde local e se informar sobre como fazer o procedimento ali mesmo. Guilherme Genovez, coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, convida todos os brasileiros a participar.
"Gostaria de convidar a população brasileira como um todo e que tem um cuidado grande com a sua saúde, que, a partir disso, sejam doadores de sangue. O sangue não comercializado, o sangue não é fabricado, o sangue é sempre retirado de uma pessoa para ser infundido numa outra pessoa que está numa situação bastante vulnerável, de bastante necessidade, essa bolsa de sangue pode significar viver ou morrer para aquela pessoa que está esperando por esse sangue."
O coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde lembra que, para doar sangue, é preciso que a pessoa tenha hábitos de vida saudáveis, tenha entre dezoito e sessenta e cinco anos e não esteja tomando medicamentos. O cidadão que tiver interesse deve procurar o hemocentro mais próximo e se cadastrar.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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Neste sábado, 30 de outubro, é Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo. A iniciativa da data é alertar a população para o diagnóstico precoce e tratamento da doença. Geralmente citada como uma doença que atinge os idosos, o reumatismo na verdade pode surgir em qualquer idade, até mesmo na infância. O termo reumatismo, a rigor, não trata de uma doença em particular, mas de um grande número delas, todas no sistema músculo-esquelético. As doenças reumáticas são inflamações, crônicas ou não, em um ou mais componentes de uma articulação, provocando dores e até mesmo incapacidade temporária ou permanente para sua movimentação adequada. A médica Marilena Fernandes, do Hospital dos Servidores, destaca os principais sintomas das doenças reumáticas.
"Na maioria das vezes, o sintoma inicial é dor e inflamação na articulação. Mas o paciente pode ter uma dor na junta do punho e ser um tipo de reumatismo simples, uma simples tendinite. Mas às vezes, essa dor na junta do punho ela pode se prolongar por alguma semanas e se ele não procura um especialista, às vezes se trata de uma artrite reumatóide. Então, o sintoma mais comum é dor e inflamação na articulação. Mas também pode ser uma dor na coluna, que muitas vezes é mais um problema mecânico."
Marilena Fernandes acrescenta que existem mais de 100 tipos diferentes de doenças que podem ser classificadas como reumáticas.No Brasil, os tipos mais comuns de reumatismo são a artrite, a artrose, a tendinite, a gota, as dores na coluna e a osteoporose. A médica explica que alguns reumatismos podem ser evitados com hábitos saudáveis.
"Expor desde a infância as crianças ao sol, evitar o fumo, o consumo de bebidas alcoólicas, café, praticar exercícios físicos, caminhar. Alimentação rica em cálcio e vitamina D é muito importante, principalmente leite e derivados."
De acordo com a médica Marilena Fernandes, depois de descobrir que tem uma doença reumática, a pessoa pode continuar suas atividades diárias normalmente, o importante é fazer o tratamento correto.
"O reumatismo tem tratamento. É uma doença crônica como é o diabetes, a hipertensão, mas tem tratamento. Então o paciente vai melhorar, ele vai controlar a sua doença, vai melhorar a sua qualidade de vida e vai restabelecer aquela qualidade de vida."
Nas doenças reumáticas, o diagnóstico precoce é de extrema importância. É importante ficar atento e, ao notar qualquer inchaço e dores em articulações ou coluna, procurar os serviços de saúde mais próximo. Muitos casos, mesmo aqueles considerados dos mais graves, podem ser curados ou controlados se tratados desde o início.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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Documento está publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, dia mundial de combate à doença que, só em 2008, resultou em mais de 70 mil óbitos no país
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortes no Brasil entre os óbitos por doenças cerebrovasculares, com 70.232 óbitos registrados em 2008, e a principal causa de incapacidade no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com o objetivo de aprimorar a assistência aos pacientes com diagnóstico de AVC – para a redução de sequelas e óbitos – o Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (29), consulta pública para a análise de protocolo clínico sobre o atendimento a pacientes com a doença.
O documento (“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Trombólise no Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo”) consta da Consulta Pública 39, publicada no Diário Oficial da União de hoje – Dia Mundial de Combate ao AVC. O texto – inédito nesta área – foi elaborado por especialistas do Ministério da Saúde e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (referência no atendimento a pacientes com AVC) e ficará aberto a contribuições pelo período de 30 dias.
O protocolo foi produzido no formato de “manual”. A ideia é orientar a conduta dos profissionais de saúde sobre diagnóstico e tratamento clínico, além de estabelecer procedimentos para a assistência aos pacientes nos hospitais. “Ao elaborar este protocolo estamos padronizando e qualificando o atendimento aos pacientes com AVC. Além da orientação dos profissionais de saúde, o documento tem a finalidade de incentivar o uso racional de medicamentos para uma maior segurança e eficácia no tratamento dos doentes”, explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
Uma das orientações que constam do protocolo submetido à consulta pública é a utilização do medicamento Alteplase. Estudos científicos demonstram que, se administrado até quatro horas após o início dos sintomas, o medicamento pode reduzir em até 30% os riscos de sequelas em pacientes que tiveram AVC.
O Alteplase age rapidamente na dissolução de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo no cérebro e ajuda a reduzir complicações comuns em casos de AVC isquêmico, como paralisia e déficit de fala. “A utilização deste medicamento representa uma alternativa de tratamento, que, se administrado da forma correta, reduz seqüelas e possibilita maior qualidade de vida aos pacientes”, observa Alberto Beltrame.
A expectativa do Ministério da Saúde é que essas novas diretrizes terapêuticas já comecem a ser aplicadas pelas unidades de saúde no início do próximo ano. Com este protocolo sobre AVC, serão 62 doenças cujos protocolos foram revisados ou elaborados a partir de 2009. Dos 40 já publicados, 33 integram a primeira edição do livro “Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas”, lançado pelo Ministério da Saúde no início deste mês. O segundo volume da publicação deverá ser publicado até dezembro.
DOENÇA – O AVC é classificado como hemorrágico e isquêmico, sendo o isquêmico o mais freqüente, representando 85% dos casos. Ambos são caracterizados pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquêmico) ou rompimento (hemorrágico) de vasos sanguíneos cerebrais.
O AVC tem diferentes causas variadas: malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia e tromboembolia. O diagnóstico é obtido por meio de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esses testes permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.
As doenças cerebrovasculares – grupo no qual está incluído o Acidente Vascular Cerebral (popularmente conhecido como derrame) – representam a principal causa de morte no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, no ano passado, 169.453 internações por AVC. Só em 2009, foram investidos R$ 189,6 milhões para o tratamento clínico destes pacientes.
ASSISTÊNCIA – Na rede pública de saúde, a assistência a pacientes com diagnóstico de AVC é prestada por hospitais que possuem atendimento de urgência. Eles contam com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e exames de tomografia computadorizada, além de neurologistas e neurocirurgiões.
Além de ampliar o tratamento, o Ministério da Saúde trabalha para tornar cada vez mais rápido o diagnóstico de AVC e de outras doenças que necessitam de atendimento de emergência. O número de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), por exemplo, passará de 1.535 (2009) para mais de 3,8 mil até o final do ano, ampliando o atendimento para cerca de 160 milhões de pessoas, o equivalente a 85% da população.
“Já estamos promovendo um grande salto na expansão do SAMU justamente para tornar ainda mais ágil a assistência aos pacientes que necessitam de atendimento rápido, como é o caso de vítimas de AVC”, desta o secretário Alberto Beltrame.
PREVENÇÃO – Outra frente de atuação do Ministério da Saúde são as ações de prevenção a doenças. Um dos principais fatores de risco para AVC é a hipertensão (pressão alta). A Sociedade Brasileira de Hipertensão, por exemplo, considera que 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral podem ser atribuídas à hipertensão – que, segundo estudo do ministério (Vigitel/2009), atinge 24,4% da população adulta.
Atento a este cenário, o governo federal lançou, no último mês de abril, campanha nacional de prevenção à hipertensão, incentivando a população a se prevenir contra a doença a partir de ações simples que devem ser tomadas no dia a dia. Entre elas, diminuir a quantidade de sal na comida, manter o peso adequado e praticar atividades físicas.
Pesquisadores do Hospital São Rafael, na Bahia, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, começaram a segunda fase de uma pesquisa com células tronco. Os cientistas querem testar se pessoas paraplégicas podem recuperar movimentos após a injeção das células tronco no organismo. A pesquisadora da Fiocruz, Milena Soares, explica que a idéia não é curar, mas melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
"O principal objetivo é a gente é testar se esse protocolo vai recuperar a condução nervosa na medula, se vai melhorar a função motora, a sensibilidade, o controle de esfíncter. Que são todas complicações em decorrência do trauma na medula."
A pesquisadora acrescenta que o estudo começou há cinco anos com testes em animais. Os resultados mostraram uma melhora no controle das funções urinária e intestinal. As cobaias também esboçaram uma maior mobilidade nos movimentos. Nessa nova etapa da pesquisa, vinte voluntários participam dos testes.
"A gente ta com um perfil específico de pacientes, são pacientes que têm pelo menos seis meses de lesão. Com lesão completa, ou seja, eles não têm nenhuma movimentação. Somente paraplégico, pacientes com tetraplegia não serão incluídos nesse primeiro estudo. A gente espera, como qualquer terapia, avaliar tanto a segurança quanto a total eficácia desse tratamento. E caso a gente obtenha bons resultados, outros protocolos vão ser desenvolvidos a pacientes com outros tipos de lesão."
Milena Soares afirma que a pesquisa foi colocada em prática no início do mês de setembro, quando quatro voluntários tiveram células-tronco retiradas da medula da bacia. A pesquisadora explica que o tratamento deve continuar com fisioterapia intensiva. Os voluntários vão ser acompanhados durante dois anos, período necessário para que se chegue a alguma conclusão científica.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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