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O diabetes é uma doença que afeta o metabolismo por causa da falta de produção da insulina, hormônio responsável pela absorção da glicose presente nos alimentos. O excesso de açúcar no sangue causado pelo diabetes prejudica o funcionamento de todos os órgãos do corpo e pode causar sérios problemas de saúde. A doença pode atingir pessoas de todas as idades, sendo mais comum na faixa etária acima dos 45 anos. Pessoas que mantém um estilo de vida pouco saudável ou que tem casos de diabetes na família correm maior risco de desenvolver o problema.
Vamos controlar o Diabetes - Já!
Para melhorar o tratamento dos pacientes com diabetes, o Ministério da Saúde tem desenvolvido diversas ações, entre elas o projeto Saúde da Família. Com o objetivo de oferecer um tratamento diferenciado, as equipes do programa são responsáveis pelo acompanhamento completo da saúde de um número específico de famílias de uma comunidade. De acordo com a coordenadora da Política Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, essa atenção é que qualifica o atendimento dos pacientes atendidos pelo programa.
"A própria estrutura do Saúde na Família favorece o tratamento de diabetes, sem dúvida. Uma coisa é você ser cuidado por uma equipe multidisciplinar, que sabe seu nome, onde você mora, que está em contato permanente com você. E outra coisa é você estar em uma unidade de saúde ou com um médico que você vai hoje só se tiver algum sintoma. Ele não vai lhe buscar, ele não lhe conhece, ele não sabe seu estilo de vida. Então são dois estilos de atenção primária completamente diferentes."
Rosa Sampaio acrescenta que a diabetes não deve ser tratada apenas com um médico, é preciso ter um acompanhamento multidisciplinar.
"Se você tiver uma equipe multidisciplinar é o ideal. A diabetes não pode ser cuidada não só por médicos, não funciona. O médico dá o diagnóstico e passa o tratamento. Mas o acompanhamento de uma doença crônica, que exige uma série de adaptações na vida da pessoa, ela exige uma equipe multidisciplinar, uma enfermeira, uma nutricionista, uma psicóloga às vezes."
A coordenadora da Política Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, lembra que nos locais onde não tem o programa Saúde da Família, o Sistema Único de Saúde também oferece tratamento qualificado a todas as pessoas com diabetes, inclusive medicamentos gratuitos.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100656
SAÚDE: Programa permite que crianças que só respiram com a ajuda de aparelhos sejam tratadas em casa
Receber cuidados médicos em casa, sem o desconforto de uma internação e sem sair da rotina. Ao criar essa possibilidade, o hospital do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, pôde humanizar o tratamento que é oferecido às crianças com doenças crônicas, que só respiram com ajuda de aparelhos. Essas crianças têm graves problemas respiratórios e precisam de assistência médica constante. Segundo o coordenador do Programa de Assistência Domiciliar do instituto, Almiro Cruz, os equipamentos são instalados na casa dessas crianças para que elas não precisem ir até o hospital. Lá, uma equipe de médicos acompanha o paciente e faz a reabilitação.
"É voltada para criança dependente de tecnologia, em especial dependente de oxigênio, que, por ficarem dependentes de oxigênio ficam internadas por tempo prolongado. A gente criou o programa para justamente colocar em casa essas crianças que já tem estabilidade clínica e que estejam dependentes de oxigênio. Então, a gente coloca o oxigênio em casa junto com a família, com todo aparato familiar, que isso faz diferença no tratamento."
O programa foi criado para evitar que essas crianças fiquem internadas por longos períodos e corram risco, por exemplo, de ter uma infecção hospitalar. O pediatra Almiro Cruz explica que, há nove anos, o programa tem proporcionado mais qualidade de vida aos pacientes e às suas famílias.
"O que a gente vê de melhor resultado é a humanização, que é retorno ao ambiente familiar que, muitas vezes, está prejudicado por conta da internação prolongada, a diminuição do risco de infecção, possibilidade de ser reinserido na comunidade. Em relação ao hospital, a gente tem uma rotatividade maior de leitos, uma vez que o leito não fica cronicamente ocupado."
O pediatra Almiro Cruz, da Fiocruz, explica que o Instituto Fernandes Figueira também promove cursos de capacitação para profissionais e hospitais que queiram adotar o método. Para mais informações sobre o programa, basta acessar o site: www.iff.fiocruz.br.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100649
A procura pelo peso ideal, por um corpo magro, faz com que muitas pessoas recorram a dietas ineficientes. Muitas vezes, usam medicamentos sem indicação médica. Mas, esses métodos de emagrecimento quando não prescritos por especialistas, podem trazer prejuízos à saúde. Há casos em que o efeito é contrário. A pessoa engorda, ao invés de emagrecer. Por isso, nutricionistas aconselham que a perda de peso ocorra de forma segura. Ou seja, ao fazer uma dieta indicada por um profissional de saúde e incluir exercícios físicos no dia a dia. Como explica a nutricionista Joana Lucyk.
"A gente tem que adequar a nossa alimentação de acordo com a nossa necessidade. Então eu recomendo que se procure um nutricionista. E se possível sempre aliar a atividade física, também bem orientada por um profissional de educação física, à alimentação. Essa é a forma mais saudável e mais segura de se perder peso; aliando uma boa alimentação à uma atividade física bem orientada".
Mas é necessário que o paciente siga corretamente a dieta passada pelo nutricionista. O professor de educação física, Fábio Soares, de 23 anos, não seguiu as orientações da dieta e passou mal.
"Sempre com o acompanhamento da nutricionista, mas sempre dou umas personalizadas nas dietas. Pede para mim as quantidades certas no almoço só que eu não consigo fazer aquilo certo. Eu sempre tento acompanhar fielmente, mas às vezes não consigo muito e às vezes eu passo mal, fico tonto, tenho dor de cabeça. Geralmente quando eu consigo meu objetivo volto aquele velho hábito alimentar e volta o peso todo novamente."
Para emagrecer de forma segura e saudável, é necessário procurar um nutricionista, obedecer corretamente a dieta e praticar atividade física regularmente.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100634
Uma pesquisa apresentada à Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que os serviços de Unidades Básicas de Saúde destinam pouca atenção a homens adultos e não possuem atendimento voltado especificamente a eles. Além disso, as questões relacionadas à sexualidade masculina não são trabalhadas nessas unidades de atendimento, faltando discussão sobre o tema, assim como exames e programas de prevenção.
“De um lado, os próprios homens resistem a procurar os serviços de saúde; de outro, a expectativa dos profissionais de saúde de que o homem não vá procurar os serviços de atenção primária faz com que médicos, enfermeiros e outros atendentes se mostrem pouco preparados para recebê-lo e inseri-lo no cotidiado nos atendimentos“, conta Thiago Félix Pinheiro, psicólogo e autor do estudo. Segundo o pesquisador, a resistência dos homens está relacionada a valores culturais relacionados à virilidade, que já são parte de um modelo de masculinidade.
A pesquisa, feita na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, consistiu na realização de 57 entrevistas com homens entre 16 e 68 anos que frequentavam serviços de atendimento primário e na observação e análise desses locais de atendimento, desde sala de espera e consultas dos pacientes até os momentos de intervalo dos profissionais. Notou-se, então, que há uma superficialidade no tratamento dado. “As demandas dos pacientes são tratadas em termos essencialmente fisiopatológicos, em um discurso medicalizado”, diz Pinheiro, que explica que os aspectos psicológico e social do homem não são pensados nesse tipo de abordagem. “Se ele tem um problema relacionado à ereção, por exemplo, os profissionais se atêm a pensar que há uma falha orgânica ou que o problema está sendo causado por alguma medicação que o paciente está tomando.”
A postura adotada pelos profissionais em situações de constrangimento também é vista pelo pesquisador como um problema. “Alguns profissionais defendem que não há motivo para receio na realização de um exame de próstata, por exemplo, por ser uma intervenção estritamente profissional, e desconsideram, assim, que o procedimento do toque retal interfere em representações ligadas à masculinidade”, diz o psicólogo. Ele afirma que essa situação agrava ainda mais a dificuldade de aproximação do paciente. A situação se transforma em um ciclo, agravando o despreparo das duas partes e fazendo com que o homem permaneça ainda mais afastado do contexto da saúde pública.
Disparidade
Observando as consultas, Pinheiro percebeu uma grande diferenciação nos tratamentos ao homem e à mulher em relação à sexualidade: enquanto grupos de discussão e atividades de prevenção integram a agenda de pacientes do sexo feminino que vão ao serviço de atenção primária, não há atividade alguma para os homens. “A distribuição de camisinhas nas unidades de saúde deixa isso muito claro: enquanto a mulher recebe uma série de orientações sobre o uso do preservativo nos grupos de planejamento familiar, o homem simplesmente pede e retira a camisinha na farmácia das unidades. Alguns profissionais partem do pressuposto de que o homem não tem dúvidas nem questões a respeito do preservativo”. O psicólogo diz que, nesse sentido, a rotulação da sexualidade masculina como algo impulsivo fortalece a disparidade entre os tratamentos.
Outra diferença notada pelo pesquisador foi a de que boa parte das demandas em sexualidade masculina não são consideradas alçada das Unidades Básicas de Saúde e sim da assistência especializada. “Nas unidades básicas, uma mulher pode realizar consulta ginecológica para diagnóstico precoce de DST. Quando identificado, esse problema é tratado no próprio local e ela é responsabilizada pelo tratamento do parceiro. Já no caso do homem, não há um atendimento específico para tais questões. Quando ele apresenta uma DST, por exemplo, é encaminhado para serviços especializados em outros lugares, o que implica uma nova espera para marcar outra consulta e enfrentar outras filas. Isso novamente o desestimula a procurar serviços de saúde.”
Novas medidas
O Ministério da Saúde publicou, em maio de 2009, um documento que lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. A proposta tem a intenção de promover o atendimento direcionado ao homem na saúde primária e dar mais atenção às questões masculinas que envolvem a saúde pública, assim como já vem fazendo com a saúde da mulher. Porém, a política, que ainda está em fase inicial de implementação, é tema de várias discussões tanto no âmbito acadêmico quanto governamental. Um dos receios mencionados por Pinheiro é que o atendimento aos homens reproduza a medicalização da sexualidade e a falta de análise das masculinidades. “Esse documento deve seguir a direção da proteção e promoção da saúde e de uma abordagem integral dos sujeitos, dando assistência psicológica e social ao homem”, diz o pesquisador.