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Muito se fala sobre os mais freqüentes tipos de câncer como o de mama, de próstata e de pulmão. Mas, pouca gente sabe da existência do câncer nos ossos, problema de menor prevalência, mas igualmente grave. Por esta razão, com a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Câncer, o INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, aproveita a data para esclarecer a população sobre o câncer ósseo. Segundo o INTO, a doença pode surgir no próprio osso, no caso das chamadas lesões primárias, que aparecem normalmente entre os dez e os quinze anos de idade. Também existem casos onde o câncer ósseo é originário de tumores em outras partes do corpo. Essas são as lesões secundárias, mais comuns em idosos. O chefe do Centro de Oncologia Ortopédica do INTO, Walter Meohas, detalha como essas lesões podem aparecer no corpo.

"Normalmente, isso está associado ao aparelho locomotor. Normalmente essa dor é persistente. Daí o paciente vai procurar um médico, um clínico ou ortopedista, e ali aparecem a primeira imagem. A segunda forma é quando o paciente não tem dor e começa a surgir uma tumoração no braço, na perna. Então as causas mais freqüentes no diagnóstico são dor e tumoração"

"O que ajuda no tratamento desse tipo de patologia é o diagnóstico precoce. Por que, quanto menor o tumor, menor a mutilação para recepção desse tumor. Melhor a resposta à quimioterapia, menos mutilação cirúrgica. Mas não existe tratamento profilático e nem existe uma terapia preventiva. Por tanto, qualquer sintomatologia, procurar um ortopedista, um médico, para que ele oriente a procurar um especialista. É importante que o diagnóstico precoce seja feito."

Por isso, o chefe do Centro de Oncologia Ortopédica do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Walter Moehas, alerta: ao sentir dores persistentes nos ossos ou perceber caroços altos nos braços e pernas o paciente deve procurar um médico especialista para diagnosticar a doença.

 

 

Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100700

O resultado de uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP traz mais um alerta para a importância de se tratar a Disfunção Temporomandibular (DTM), desordem que envolve os músculos mastigatórios e articulações temporomandibulares. Pacientes com enxaqueca que apresentaram alodínia cutânea (dor a um estimulo não doloroso como, por exemplo, ao escovar ou prender o cabelo, ou ao apoiar a cabeça no travesseiro) referiram sensação de dor ao esfriamento da pele na face e maior frequência de DTM, do que aqueles pacientes com enxaqueca, mas sem alodínia cutânea.

“A alodínia pode ser considerada um marcador da cronificação da enxaqueca. Nossos dados sugerem que a DTM pode desempenhar um papel determinante no aparecimento da alodínia cutânea na face desses pacientes. Portanto, apresentar DTM pode alterar a sensibilidade dolorosa e predispor à alodinia pacientes com enxaqueca”, revela a autora do estudo, a pós-doutoranda Thaís Cristina Chaves, do Curso de Fisioterapia da FMRP. A pesquisa teve a supervisão da professora Débora Bevilaqua Grossi, professora do curso de Fisioterapia, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

O trabalho Alteração do limiar de dor ao frio no músculo masseter e Disfunção Temporomandibular em pacientes com migrânea com e sem alodínia recebeu o prêmio de melhor apresentação oral do quinto “Congresso do Comitê de Dor Orofacial e no XXIV Congresso Brasileiro de Cefaléia” no início de outubro, em Gramado, Rio Grande do Sul.

Para a avaliação, as pesquisadoras dividiram 47 pacientes, com idade entre 18 e 65 anos, com diagnóstico de enxaqueca em dois grupos, de acordo com parâmetros da Sociedade Internacional de Cefaléia: com e sem alodínia cutânea, mensurada por meio de questionário desenvolvido pelos pesquisadores Marcelo Bigal e Richard Lipton, do Albert Einstein College of Medicine, de Nova Iorque, EUA, colaboradores na pesquisa das brasileiras, e instituição onde foram coletados os dados prévios. As pacientes foram submetidas a um teste que avalia a sensibilização dolorosa, o Quantitative Sensory Testing (QST) que por meio de estimulador térmico submete a pele a estímulos de esfriamento e aquecimento a uma velocidade controlada.

Fisioterapia

Para a professora Débora, esses resultados podem alertar para a importância de se avaliar e tratar a DTM em pacientes com enxaqueca. “O tratamento com fisioterapia pode diminuir a sensibilização desses pacientes e favorecer a redução da intensidade e frequência das crises de dor de cabeça”, comenta.

A professora ainda frisa que é a primeira vez na literatura que se avalia a presença da DTM e alodínia em pacientes com enxaqueca. “Outras pesquisas compararam os valores de sensibilidade dolorosa ao esfriamento e aquecimento da pele em pacientes com e sem DTM, sem considerar a presença de enxaqueca”, explica. O próximo passo é expandir os grupos estudados analisando aspectos que não foram avaliados inicialmente como, por exemplo, a sensibilidade dolorosa da coluna cervical nesses pacientes.

A pesquisa teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) foi adquirida pelos pesquisadores uma bolsa pós-doutorado e o equipamento de avaliação sensorial quantitativa (QST), um dos poucos do País, que está alocado no Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, anexo ao Hospital das Clínicas da FMRP.

Participaram da pesquisa o professor José Geraldo Speciali e a médica Fabíola Dach, ambos do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP, além de alunos de graduação e pós-graduação.

 

 

Agência USP de Notícias

Link de acesso: http://www.usp.br/agen/?p=41090

A epidemia de aids no mundo tem uma nova configuração, com menos pessoas infectadas e menos mortes pela doença. É o que revela o novo relatório da UNAIDS - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids -, divulgado nesta terça-feira. O coordenador do programa no Brasil, Pedro Chequer, explica que essa redução no número de novas infecções e de mortes mostra que o mundo começa a reverter a situação, com ações mais efetivas no combate à epidemia de aids.

"Nós verificamos de modo claro, incluindo a África que é uma região onde a epidemia é mais importante do ponto de vista de novas infecções e também da prevalência. De 1999 a 2009, nós verificamos 20% de queda das novas infecções. Verificamos também uma queda de óbitos durante cinco anos, 20% da ocorrência de óbitos em queda. Nós verificamos um aumento do uso do preservativo, mobilização das comunidades, inclusive no subsaara africano."

Segundo Pedro Chequer, um dos fatores que contribuem no controle da epidemia é o maior acesso da população ao tratamento contra aids. Esses medicamentos, os antirretrovirais, diminuem as chances de novas contaminações e prolongam a vida dos pacientes que têm o vírus. Para ele, o Brasil, que há anos oferece esses medicamentos de graça pelo SUS, é um exemplo bem-sucedido de que esse é o melhor caminho na luta contra a doença.

"Nós temos hoje 5,2 milhões de pessoas em tratamento antirretroviral. O Brasil foi uma dos primeiros em desenvolvimento a tomar essa decisão política. A partir do exemplo do Brasil, o mundo passou a refletir e considerar a viabilidade dessa ação. À medida que nós temos as pessoas vivendo com HIV tratadas e com redução da carga viral, a disseminação coletiva reduz e com isso, associado ao uso do preservativo, podemos chegar a uma eficácia de 100%."

O coordenador da UNAIDS no Brasil lembra que 90% da população brasileira está coberta por programas de combate a Aids. Com relação ao relatório das Nações Unidas, Pedro Chequer alerta que, mesmo com os bons resultados, é preciso reforçar mais a prevenção no mundo e divulgar informações sobre o tratamento. De acordo ele, ainda existem muitas crianças que nascem com HIV, contaminadas pela mãe, e soropositivos morrendo por tuberculose, uma doença que pode ser prevenida e curada.

 

 

Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100696

O jovem e a luta contra o preconceito a quem vive com HIV/aids são o foco da campanha do Ministério da Saúde deste ano para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, no dia 1º de dezembro. Para conscientizar a população, vários artistas foram convidados a tirar fotos com jovens que têm o HIV. A ideia é mostrar, por meio das imagens, que aids não se pega no toque, no beijo, e, muito menos, no abraço. A atriz Carolina Ferraz foi uma das celebridades que tirou fotos junto com os jovens.

"Tem pessoas que ainda acham: será que eu posso dar um beijo? Será que eu posso abraçar? Eu acho de uma enorme importância uma campanha que foque o preconceito e a discriminação. O portador do vírus não é uma pessoa diferente em absolutamente nenhum outro aspecto."

O foco da mobilização este ano são os jovens que têm o vírus da aids. A partir do dia 1º dezembro, a campanha vai mostrar que eles podem ter uma vida como a de qualquer outra pessoa, mesmo tomando as medicações e os cuidados que a doença exige. Andréia Fernandes, do Rio Grande do Sul, aceitou tirar as fotos para provar isso e dar o exemplo de que é possível para o portador do vírus da aids ter vida normal. Andréia engravidou e teve uma filha, que hoje tem um ano de idade. Graças ao tratamento adequado, a menina não nasceu com a doença. Ser mãe, fez Andréia ter ainda mais vontade de lutar contra a discriminação.

"Eu topei fazer a campanha porque eu acho que a gente não tem mais que ficar escondido. Nós não somos doentes, nós não temos cara de doente e eu acho que a sociedade tem que nos ver como pessoas iguais, que estão na escola, que estão na faculdade, que tem seu trabalho, tem seus filhos, suas vidas. Ainda existe muita gente que nos vê com outros olhos: 'ah, não vou tocar porque vou contrair o HIV, não vou beijar porque vou contrair o HIV'. E eu acho que é isso que a gente quer passar, que a gente é jovem e que a gente tem vida."

Andréia Fernandes e outros jovens soropositivos aceitaram posar para as fotos da campanha deste ano, que tem como tema "Somos Iguais. Preconceito não". Os artistas convidados não cobraram cachê para participar da mobilização. Uma exposição itinerante vai circular pelo Brasil com o resultado do trabalho fotográfico nos próximos dias. Brasília e Fortaleza vão ser as primeiras cidades a receber a exposição.

 

 

Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100680

Agência FAPESP – O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está desenvolvendo um novo produto farmacêutico para combater a malária.

O sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo (IFA) resultante da combinação de duas substâncias: artesunato e mefloquina. O novo fármaco está sendo desenvolvido em colaboração com o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR) em Minas Gerais.

Atualmente, o Farmanguinhos produz o ASMQ, formulação em dose fixa combinada de artesunato e mefloquina, que é indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da malária.

Segundo a Fiocruz, o Mefas é mais eficaz contra a malária do que os medicamentos artesunato e mefloquina, tanto usados separadamente como sob a forma do ASMQ.

Outra vantagem é que o novo fármaco causa menos efeitos colaterais – o sal híbrido não apresentou toxicidade mesmo quando utilizado em dose 100 vezes superior à necessária. Nos testes feitos em animais, o Mefas conseguiu curar a malária com metade da dose do ASMQ.

A Fiocruz já começou a realizar o estudo comparativo da biodisponibilidade, teste que avalia o grau de absorção da substância pelo organismo e sua disponibilidade no local de ação.

O próximo passo será encontrar um parceiro (empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional) que viabilize a realização dos estudos finais para se chegar ao produto registrado.

Após essa etapa, o fármaco será disponibilizado à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a outros países endêmicos, tal como ocorre com o ASMQ.

Mais informações: http://www.fiocruz.br

 

Matéria da Agência FAPESP

Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13078/novo-farmaco-para-malaria.htm

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