O jovem e a luta contra o preconceito a quem vive com HIV/aids são o foco da campanha do Ministério da Saúde deste ano para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, no dia 1º de dezembro. Para conscientizar a população, vários artistas foram convidados a tirar fotos com jovens que têm o HIV. A ideia é mostrar, por meio das imagens, que aids não se pega no toque, no beijo, e, muito menos, no abraço. A atriz Carolina Ferraz foi uma das celebridades que tirou fotos junto com os jovens.
"Tem pessoas que ainda acham: será que eu posso dar um beijo? Será que eu posso abraçar? Eu acho de uma enorme importância uma campanha que foque o preconceito e a discriminação. O portador do vírus não é uma pessoa diferente em absolutamente nenhum outro aspecto."
O foco da mobilização este ano são os jovens que têm o vírus da aids. A partir do dia 1º dezembro, a campanha vai mostrar que eles podem ter uma vida como a de qualquer outra pessoa, mesmo tomando as medicações e os cuidados que a doença exige. Andréia Fernandes, do Rio Grande do Sul, aceitou tirar as fotos para provar isso e dar o exemplo de que é possível para o portador do vírus da aids ter vida normal. Andréia engravidou e teve uma filha, que hoje tem um ano de idade. Graças ao tratamento adequado, a menina não nasceu com a doença. Ser mãe, fez Andréia ter ainda mais vontade de lutar contra a discriminação.
"Eu topei fazer a campanha porque eu acho que a gente não tem mais que ficar escondido. Nós não somos doentes, nós não temos cara de doente e eu acho que a sociedade tem que nos ver como pessoas iguais, que estão na escola, que estão na faculdade, que tem seu trabalho, tem seus filhos, suas vidas. Ainda existe muita gente que nos vê com outros olhos: 'ah, não vou tocar porque vou contrair o HIV, não vou beijar porque vou contrair o HIV'. E eu acho que é isso que a gente quer passar, que a gente é jovem e que a gente tem vida."
Andréia Fernandes e outros jovens soropositivos aceitaram posar para as fotos da campanha deste ano, que tem como tema "Somos Iguais. Preconceito não". Os artistas convidados não cobraram cachê para participar da mobilização. Uma exposição itinerante vai circular pelo Brasil com o resultado do trabalho fotográfico nos próximos dias. Brasília e Fortaleza vão ser as primeiras cidades a receber a exposição.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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