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A quarta Conferências da Partes, COP4, realizada no Uruguai, aprovou a medida que restringe o uso de aditivos nos cigarros. O Brasil foi um dos países que defendeu a iniciativa. Segundo asecretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, alguns aditivos têm a função de aumentar o potencial da nicotina e causar dependência. Ela afirma também que o Brasil tem se destacado nas ações de combate ao fumo.
"Merece destaque nessa Convenção Quadro o fato do Brasil ter se apresentado através de uma delegação intersetorial, uma delegação que reflete a forma como o Brasil vem conduzindo a política nacional de controle do tabaco. Na verdade, a implementação desse tratado em nível nacional. Quando o Brasil ratificou o tratado, foi criado por decreto presidencial, uma comissão interministerial para a implementação desse tratado. O Brasil é praticamente o único País que tem essa estrutura de governança dessa política nacional do controle do tabaco, o que deu uma grande visibilidade."
Tânia Cavalcante explica que os artigos referentes à adição de sabores e aromatizantes aos produtos de tabaco foram aprovados mesmo com a pressão por parte da indústria do cigarro. A secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro afirma que, depois da convenção, os países participantes devem desenvolver as ações firmadas durante o encontro.
"Agora se espera que os países comecem a fazer seus deveres de casa no sentido de implementar aquilo que foi aprovado, que já pode seru implementado, como artigo doze, o artigo quatorze. Embora muitos países já tivessem encaminhando suas medidas em relação ao que pode ser regulamentado hoje nos produtos de tabaco. E que a gente possa também evoluir na questão de buscar alternativas economicamente viáveis."
A secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, acrescenta que a COP4 também aprovou os artigos que tratam de educação, comunicação, treinamento e conscientização do público; e sobre dependência e abandono do tabaco entre outros.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
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Um levantamento inédito do Instituto Nacional de Câncer revela que 44% dos cânceres de colo do útero diagnosticados no Brasil são descobertos na fase inicial, ou seja, com chances de cura de quase 100%. O estudo, recentemente divulgado, traça um mapa sobre a situação do câncer no País, com a média de incidência da doença entre homens e mulheres. Para a coordenadora da Divisão de Informação do Inca, Marise Rebelo, o dado sugere que as mulheres estão mais atentas à prevenção do problema.
"Primeiro, eu acho que é o acesso, é uma das coisas que a gente pode mostrar que está tendo acesso a questão da saúde. Elas estão procurando diagnóstico e esse diagnóstico está sendo feito. A gente pode pensar que esses são uma dos fatores que a gente coloca como corroborando para essa mudança de perfil. Quanto mais cedo a busca do diagnóstico e o tratamento oportuno, o resultado que a gente vai ter é uma sobrevida ainda maior para aqueles que você ainda não conseguiu a cura, mas uma sobrevida maior com uma qualidade de vida melhor. E para aqueles que é possível ter a cura você alcança a cura."
De acordo com levantamento do INCA, o tipo de tumor que mais afeta os brasileiros, em média, é o de pele não-melanoma. Outro dado importante do estudo mostra que houve aumento nos casos de câncer de pulmão entre as mulheres. A coordenadora da Divisão de Informação do INCA explica que todas essas informações apuradas vão servir de base para o planejamento de ações de prevenção e para avaliação dos programas já implantados.
"A ideia de a gente produzir esses dados é, um, mostrar que o Brasil tem informação, dois, mostrar que, com os nossos próprios dados, a gente pode traçar os nossos planos de ação, em todas as linhas, vendo a questão da gestão mesmo do tratamento, da prevenção, da cura dos cânceres, dos programas que a gente pode fazer para alertar a população, mostrar que a gente tem essas informações, que elas estão disponíveis e que são atualizadas. Esse é o grande objetivo, na verdade, esses sistemas são preparados para trabalhar na questão da vigilância."
Segundo Marise Rebelo, outro dado que chama atenção no estudo é o da alta incidência de casos de câncer em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. As informações foram coletadas nos registros dos casos de câncer, entre 2000 e 2005, em 17 cidades, sendo 16 capitais. A publicação Câncer no Brasil - Dados dos Registros de Câncer de Base Populacional foi lançada em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, no dia 27 de novembro.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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A parceria entre o Brasil e outros sete países viabilizou a produção do Ritonavir termoestável, uma das armas mais modernas para o tratamento dos portadores do vírus da Aids. O medicamento é uma evolução do Ritonavir convencional, que já é oferecido pelo ministério aos pacientes com resistência aos antirretrovirais comuns. No Brasil, mais de trinta e oito mil pessoas são tratadas com o produto. O laboratório público Farmanguinhos, ligado à Fundação Osvaldo Cruz, vai produzir o remédio e repassar a tecnologia para os outros países signatários do acordo. Segundo Juliana Vallini, do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, dessa forma, eles também passam a ser indepentes de empresas fabricantes
"Esses países estão se organizando para desenvolver uma série de cooperações, não só na área de medicamentos antirretrovirais, mas também kits diagnótico e outros insumos. A ideia é que esses países tenham a possibilidade de ter uma transferência de tecnologia, o que é isso? Aprender a fazer esse medicamento no seu país para que eles também possam ter uma produção nacional e também possam suprir as necessidades do seu mercado."
Juliana Vallini ressalta que o Brasil gasta em torno de 11 milhões de reais na compra do Ritonavir comum, que não é fabricado no país. Com a produção nacional, o Ministério da Saúde vai economizar e permitir que esses sete países também tenham menos gastos e aumentem o acesso ao tratamento antirretroviral para sua população.
"Com isso, gera uma capacidade instalada de produção que é importante, não só quando você está trabalhando a questão do acesso a medicamentos e preço, mas a possibilidade do País ser auto-suficiente na produção daquele medicamento específico, considerando que a gente tem um acesso universal e que o Sistema Único de Saúde tem que garantir esses medicamentos para todos os pacientes."
A assessora técnica do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lembra que, antes de começar a produção do Ritonavir termoestável, serão feitos testes clínicos para ver como o organismo reage ao princípio ativo - etapa que ainda não tem previsão para ser concluída. A parceria para produção do remédio ocorre entre Brasil, Argentina, Cuba, China, Ucrânia, Rússia, Tailândia e Kênia, desde 2004.
Reportagem de Cynthia Ribeiro - Ministério da Saúde
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Profissionais do SUS recebem capacitação para realizar nascimento humanizado. Pesquisas e experiências inovadoras serão divulgadas em encontro que contará com presença do ministro Temporão
Dar à luz de cócoras ou na banheira e, ainda, usando uma escada ou uma bola como apoio. Um parto normal com essas opções – ou seja, humanizado – já é possível para grávidas atendidas em maternidades-modelo do Sistema Único de Saúde (SUS). Experiências como essas, desenvolvidas dentro e fora do país, serão apresentadas durante a abertura oficial da III Conferência Nacional de Humanização do Parto e Nascimento, que contará com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O encontro – que vai até a próxima terça-feira (30), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília – é promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna).
“Essa concepção de parto, incentivada pelo governo federal, considera o parto um processo fisiológico da mulher em que ela é sujeito da ação de parir e o médico deve ser um facilitador desse processo. Ou seja, a gestante é protagonista do parto”, explica o diretor de Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Antônio Luiz Telles. “A ideia de humanizar o parto é dar o máximo de conforto à mulher, criando o melhor e mais adaptado ambiente a ela”, completa.
A partir de 2004 – quando o Ministério da Saúde coordenou o estabelecimento do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal (até 2015) – o SUS decidiu colocar a humanização do parto como uma das prioridades na área de Saúde da Mulher. Em 2005, o ministério promoveu seminários e oficinas com a participação de mais de 400 maternidades que atualmente são consideradas referência na realização de partos no SUS. Desde então, mais de sete mil profissionais da rede pública de saúde foram capacitados para atuarem nessa concepção de parto.
Os profissionais qualificados tornam-se multiplicadores das práticas inovadoras para o parto normal. As capacitações estão previstas no Programa Nacional de Humanização do Parto, coordenado pelo Ministério da Saúde. Desde 2009, o governo federal já investiu cerca de R$ 1,2 milhão nas ações do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil em maternidades do Nordeste e da Amazônia Legal (regiões abrangidas pelo Pacto).
MITOS – Durante a III Conferência Nacional de Humanização do Parto e Nascimento, especialistas em saúde também vão discutir a desmistificação de questões relacionadas ao parto normal. Eles apresentarão métodos inovadores no acompanhamento do pré-natal e mostrarão os efeitos da cesárea na saúde da mulher e de recém-nascido, segundo pesquisas mais recentes.
“Mesmo com ações como essa, de incentivo ao parto normal e humanizado, o número de cesáreas feitas no país, na rede privada de saúde, ainda é considerável”, observa Luiz Telles. No SUS, 70% dos partos realizados são normais. O percentual é praticamente o dobro da quantidade desse tipo de parto realizado na rede privada. Em 2009, foram quase dois milhões de procedimentos feitos nas unidades do SUS. Destes, quase 1,3 milhão foi de partos normais e, 700 mil, cesáreas.
O Ministério da Saúde, por meio da capacitação dos profissionais que atuam no SUS, tem trabalhado para minimizar – na rede pública de saúde – técnicas utilizadas no parto normal já consideradas ultrapassadas pela classe médica, como:
• Parto na horizontal: o parto na horizontal traz mais conforto ao médico; mas, nem sempre à mulher. Além de contrariar a gravidade, a pressão sob os vasos sanguíneos das costas da mulher obstrui o fluxo de sangue que facilita as contrações. É recomendável, portanto, o parto normal deve na vertical.
• Episeotomia (corte no períneo): por muitos anos, costumava-se cortar o períneo da mulher; em princípio, para facilitar a retirada do bebê. A prática, porém, além de desnecessária na maioria dos casos, desabilita para sempre a função do períneo, já que ele é um músculo. A técnica só deve ser realizada quando o bebê é grande demais proporcionalmente ao tamanho da mãe.
• Tricotomia (raspagem dos pelos pubianos): a prática deixa os poros abertos e, portanto, mais propensos a infecções. O ideal é apenas cortar os pelos.
• Aplicação de Ocitocina (medicamento com hormônio usado para forçar contração): o aceleramento artificial das contrações pode dificultar a dilatação, que acaba não ocorrendo no mesmo ritmo das contrações.
No Brasil, apenas 15% dos partos, em média, apresentam problemas que exigiriam a realização de cesárea. Nos outros 85% dos casos, a recomendação é realizar parto normal e, quando possível, humanizado – feito em um ambiente acolhedor, com profissionais que auxiliem a mulher a lidar, por exemplo, com a dor.
Desde 2006, o Ministério da Saúde promove a Campanha Nacional de Incentivo ao Parto Normal e Redução da Cesárea Desnecessária. Em 2008, lançou a Política Nacional pelo Parto Natural e Contra as Cesáreas Desnecessárias, em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Matéria do Ministério da Saúde
Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11929
Na semana do Dia Nacional do Doador, o Inca, Instituto Nacional de Câncer, pede ajuda da população para reabastecer o banco de sangue das cinco unidades hospitalares. A instituição atende aproximadamente mil e trezentos pacientes por mês em cirurgias, quimioterapia, radioterapia e transplantes de medula óssea. Esses pacientes dependem de transfusões de sangue para se recuperarem. A chefe do Serviço de Hemoterapia do Instituto Nacional do Câncer, Iara Motta, afirma que estão faltando todos os tipos sanguíneos.
"Nós precisamos de doação de sangue e precisamos de todos os tipos de sangue. Houve uma queda de mais de trinta por cento e precisamos repor. Houve uma redução muito grande do nosso estoque. Então precisamos repor esse estoque e manter a regularidade, porque o sangue tem um prazo de validade. Então a gente precisa que a doação seja sempre contínua para que a gente possa disponibilizar sangue no exato momento que o paciente precisar."
Iara Motta acrescenta que, com a chegada do fim do ano, cai o número de doações, por isso, o INCA pede a ajuda da população. A chefe do Serviço de Hemoterapia do INCA explica o que é preciso para doar.
"Primeiro estar bem de saúde, ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, não precisa vir em jejum. Sempre tem o mito que pra doar tem que estar em jejum, não, se alimente. Só evite gordura nas quatro horas que antecedem a doação e trazer sempre um documento de identidade oficial com foto."
A chefe do Serviço de Hemoterapia do INCA lembra que o Banco de Sangue funciona de segunda a sexta-feira, das sete e meia da manhã às duas e meia da tarde. Mais informações no endereço eletrônico: www.inca.gov.br.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100705