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Estresse, depressão e síndrome do pânico. Essas doenças são cada vez mais comuns nos ambientes de trabalho. As causas podem ser desde a antipatia com alguns colegas de trabalho, violência moral até a pressão e a falta de reconhecimento por parte dos empregadores. Atualmente, com as novas tecnologias, a globalização, e a rapidez do mundo moderno, aumentaram ainda mais as demandas no trabalho e, com elas, as cobranças. Segundo o professor de psicologia da Universidade Católica de Brasília, Emílio Facas, essas cobranças, acompanhadas da falta de reconhecimento, têm sido as principais causas das doenças psicológicas no trabalho.
"O que acontece é que cada vez mais, ao invés de facilitar a vida do trabalhador, se cobra mais dele. E não se dá as condições adequadas. Tem o reconhecimento do esforço do trabalhador. A gente tem modos de gestão perversos que cobram mais e não retribuem"
Um brasiliense, que não quis ser identificado, é um exemplo desses trabalhadores que sofreram com a pressão exagerada no trabalho. Depois de alguns anos, ele descobriu que estava com síndrome do pânico.
"Eu adquiri a síndrome do pânico pela pressão do trabalho, muitas preocupações. Eu tenho várias situações em que você tem que lhe dar e às vezes não encontra saída. E isso vai te dando um pânico, uma sensação de mal estar, pressão cardíaca, a pressão começa a aumentar. São diversas situações que você encontra quando tem a síndrome"
O brasiliense lembra que, na época, a síndrome do pânico não era comum e ele teve dificuldade em descobrir que tinha a doença. Ao sentir sintomas como: falta de sono, estresse e ansiedade recorrentes, o trabalhador deve procurar ajuda de um especialista. Essas e outras informações sobre as doenças psicológicas do trabalho estão no livro: Psicodinâmica e Clínica do Trabalho - Temas, interfaces e casos brasileiros.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100726
Meta de redução de gordura trans nos alimentos já foi alcançada por 94,6% das empresas. Esforço agora é reduzir sódio/sal, açúcar e gordura saturada
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assinou nesta quinta-feira (25), em Brasília, acordo de cooperação com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) que prorroga por mais três anos o Fórum da Alimentação Saudável. Estudo feito pela Abia, em parceria com o governo federal, revela que 94,6% das empresas associadas à entidade, em média, alcançaram a meta estabelecida em 2007, quando o Fórum foi criado: cerca de 230 mil toneladas de gordura trans deixaram de ir para as prateleiras em 2009, na comparação com 2008.
“Esse resultado demonstra o acerto da estratégia do governo e da indústria sentarem e estabelecerem uma agenda, uma pauta, onde a questão da saúde pública foi colocada na mesa, com resultados importantes”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
As metas de redução desse tipo de gordura foram definidas a partir de recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que estabelece o limite de 5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos processados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas. Ao todo, foram avaliadas doze categorias de alimentos, incluindo snacks, massas instantâneas, sorvetes, caldos, chocolates, sopas, panetones, óleos, pratos prontos, biscoitos e bolos, além de margarinas e cremes vegetais. Para a escolha dessas categorias, a Abia – que representa cerca de 70% do setor produtivo nacional – fez um levantamento e selecionou os grupos de alimentos que apresentavam teores mais elevados de gorduras trans.
Desde a criação do Fórum da Alimentação Saudável – estabelecido com o objetivo principal de encontrar alternativas viáveis para a substituição e a conseqüente redução de alimentos prejudiciais à saúde dos brasileiros – foram desenvolvidas importantes ações conjuntas entre os órgãos parceiros: Ministério da Saúde, Abia e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
PRORROGAÇÃO – O acordo foi prorrogado para dar continuidade aos esforços em se atingir 100% das metas de redução de gorduras trans em todos os produtos industrializados. Principalmente, em categorias de alimentos que obtiveram resultados menos expressivos quanto à redução de gorduras trans, como margarinas e cremes vegetais, bolos e biscoitos. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002-2003/IBGE), o consumo domiciliar per capita anual de margarina foi de 1,62kg e, o de biscoitos, 4,81kg.
O esforço de aperfeiçoar a qualidade dos produtos que chegam às prateleiras demonstra o empenho e a articulação entre governo e indústria. Por isso, as medidas previstas no Fórum da Alimentação Saudável também são extremamente importantes para a gradual redução do teor de sódio/sal e açúcar nos alimentos processados. A expectativa é que, até 2020, o consumo de sal pela população brasileira seja reduzido em 50%.
“ A redução do teor de sal é um novo desafio. O consumo excessivo pode causar, a longo prazo, problemas de saúde pública como hipertensão arterial, entre outros. Entregamos à Abia um documento técnico com prioridades para a redução. Haverá agora o desenvolvimento de um trabalho técnico, com estabelecimento de metas, para que esse trabalho continue avançando”, afirmou o ministro Temporão.
Estudos apontam que a redução de 3 gramas no consumo diário de sal levaria a uma redução de 13% nos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 10% nas doenças isquêmicas do coração.
RISCOS À SAÚDE – O consumo de altas taxas de gorduras trans e sal aumentam os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e AVC. No Brasil, segundo dados da POF (2008-2009/IBGE), cerca de um terço das crianças com idade entre 5 e 9 anos apresentam excesso de peso. Entre os adultos, esse percentual chega a 50%.
Além disso, a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) apontou que, em 2009, 24,4% da população adulta das capitais brasileiras foi diagnosticada como hipertensa e 5,8% como diabética. Nesta população, as doenças cardíacas são mais graves, de difícil tratamento e de alto custo para o sistema de saúde. Por isso, o esforço de aprimorar os alimentos para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos brasileiros é preocupação permanente do Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde
Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11922
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, José Gomes Temporão fez um retrato da doença do país e reforçou a necessidade de mobilização para evitar novos surtos
Em entrevista concedida nesta quinta-feira (25/11) ao programa Bom Dia, Ministro da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, detalhou a atual situação da dengue no país e lembrou que pelo menos 15 municípios estão em risco de surto da doença, segundo recente avaliação nacional das informações sobre a infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. O ministro falou ainda sobre vacina contra dengue que está sendo testada no estado do Espírito Santo e lembrou que enquanto não existir essa imunização, é extremamente importante que os governos federal, estaduais, municipais e a sociedade civil estejam unidos na prevenção da doença.
Ministério da Saúde
Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11920
Resultado do boletim Epidemiológico Aids/DST 2010, divulgado nesta quarta-feira (1º de dezembro) pelo Ministério da Saúde, reforça tendência de queda na incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão fez hoje, em Brasília, o lançamento da campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids 2010. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu o Prêmio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids para a Liderança, concedido pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids – UNAIDS. O prêmio foi entregue pelo Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.
A campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids 2010 tem como tema central o preconceito. Os 15 jovens soropositivos, protagonistas da campanha ao lado de 12 artistas nacionais, estavam presentes ao lançamento.
“O preconceito é a mais danosa das doenças”, afirmou o presidente Lula, ao lembrar que ele próprio já foi vítima de preconceito e sabe o mal que ele faz. Lula destacou o reconhecimento feito pela Organização das Nações Unidas pelo trabalho do Brasil na luta contra a aids. “Precisamos quebrar as barreiras que impedem milhões de pessoas de terem acesso aos medicamentos”, disse, destacando o trabalho do Brasil na África, com a construção de uma fábrica de antiretrovirais em Moçambique, que irá transferir tecnologia para a produção de medicamentos àquela população.
Para Temporão, os expressivos avanços do Brasil na luta contra a aids só é possível graças à existência de um sistema universal de saúde no Brasil. “Aqui temos o SUS, através do qual conseguimos garantir o tratamento universal e igualitário a todos os portadores de HIV/Aids no país”, observou.
Boletim epidemiológico
Resultado do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2010, divulgado nesta quarta-feira (1º de dezembro) pelo Ministério da Saúde, reforça tendência de queda na incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos. Comparando-se os anos de 1999 e 2009, a redução chegou a 44,4%. O resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Mas, em relação aos jovens, pesquisa inédita aponta que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.
O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).
Os dados confirmam que o grande desafio é fazer com que o conhecimento se transforme em mudança de atitude. De acordo com a Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP 2008), 97% dos jovens de 15 a 24 anos de idade sabem que o preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo HIV, mas o uso cai à medida que a parceria sexual se torna estável. O percentual de uso do preservativo na primeira relação sexual é de 61% e chega a 30,7% em todas as relações com parceiros fixos.
Para Dirceu Greco, diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, a pesquisa traz um alerta aos jovens que não se veem em risco. "O jovem precisa perceber que a prevenção é uma decisão pessoal e que ele não estará seguro se não se conscientizar e usar o preservativo", enfatiza.
O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e relações homossexuais. O estudo é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela um retrato das novas infecções. “Por isso, estamos investindo cada vez mais em estratégias para essa população”, explica o diretor.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 100% entre 2005 e 2009 (de 202 milhões para 467 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo.
Outra estratégia de impacto para essa população é o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma iniciativa conjunta entre Saúde e Educação. Criado em 2003, hoje está presente em cerca de 66 mil instituições de ensino. Mais do que distribuir camisinhas, o programa insere a temática de prevenção e promoção da saúde sexual e reprodutiva no cotidiano das escolas públicas, que são um espaço permanente de discussão. “Para o governo, está muito claro que a oferta da camisinha deve estar atrelada à informação, para que o jovem tome decisões conscientes”, reforça Greco.
A Saúde também atua na ampliação do diagnóstico do HIV/aids – que é uma medida de prevenção, já que as pessoas que conhecem a sua sorologia podem se tratar para evitar novas infecções. Em quatro anos (2005 a 2009), o número de testes de HIV distribuídos e pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais que dobrou: de 3,3 milhões para 8,9 milhões de unidades. Da mesma forma, o percentual de jovens sexualmente ativos que fizeram o exame aumentou – de 22,6%, em 2004, para 30,1%, em 2008.
Campanha publicitária – Como parte da estratégia para reduzir novas infecções, a campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano é voltada para meninos e meninas de 15 a 24 anos. Com o slogan “A aids não tem preconceito. Você também não deve ter”, a ideia é despertar o jovem para a proximidade da doença com o mundo dele. “Muitos acreditam que uma pessoa com boa aparência está livre de doenças sexualmente transmissíveis, o que é um mito”, esclarece Dirceu Greco.
As peças mostram pessoas vivendo com HIV ao lado de outras que não têm o vírus. A mensagem deixa claro que um soropositivo é como qualquer outra pessoa; por isso, a decisão de usar camisinha não pode ser baseada na aparência do parceiro. A campanha também traz a reflexão sobre o preconceito. Com a participação de jovens vivendo com HIV, o material publicitário mostra que os jovens com aids podem namorar, trabalhar e ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa dessa idade. Serão veiculados spots de rádio e vídeo para TV, entre os dias 1º e 31 de dezembro de 2010. Cartazes, folders, mobiliários urbanos e busdoors também fazem parte do material publicitário, que será distribuído em todo o Brasil. A campanha completa está disponível no hotsite www.todoscontraopreconceito.com.br.
Aids no Brasil – Os novos números da aids (doença já manifesta) no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos registrados desde 1980. A epidemia continua estável. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos de aids por 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença.
Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos – 1999 a 2009 – a taxa de incidência no Sudeste caiu (de 24,9 para 20,4 casos por 100 mil habitantes). Nas outras regiões, cresceu: 22,6 para 32,4 no Sul; 11,6 para 18,0 no Centro-Oeste; 6,4 para 13,9 no Nordeste e 6,7 para 20,1 no Norte. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (58%).
Mais informações à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Ministério da Saúde
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Tel: (61) 3306-7024/7010/7051/7016
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Site: http://www.aids.gov.br/
Revista Pesquisa FAPESP – Em 2001, a equipe de Lygia da Veiga Pereira, coordenadora do Laboratório de Genética Molecular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), produziu os primeiros camundongos geneticamente modificados no Brasil.
Eram roedores com um defeito genético similar ao que causa em seres humanos a síndrome de Marfan, doença caracterizada por problemas cardiovasculares, oculares e no esqueleto: tinham alterações em um gene, o Fbn1, responsável pela síntese da fibrilina 1, proteína fundamental para a formação do tecido conjuntivo.
Agora, quase dez anos após o experimento inicial, a mesma equipe de pesquisadores conseguiu refinar ainda mais o modelo animal da doença. Desenvolveu duas linhagens de animais que, embora carreguem o mesmo defeito genético, manifestam a doença de forma distinta.
Os principais sintomas da síndrome – alongamento de mãos e pernas, desvio da coluna vertebral, deformidade torácica e problemas cardíacos e oculares – aparecem de maneira mais aguda e precoce (três meses antes) na linhagem 129/Sv do que na C57BL/6.
Somente aos seis meses de idade, os roedores do segundo grupo atingem o mesmo nível de gravidade da doença que os animais do primeiro grupo apresentam aos três meses. A equipe da USP, que também inclui pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e do Instituto de Ciências Biomédicas, criou até métodos quantitativos para medir a severidade das alterações clínicas mais significativas da síndrome.
“Acreditamos que a atuação de genes modificadores pode alterar a velocidade do avanço da doença nas duas linhagens. Esses genes modificadores podem ser importantes para entendermos a progressão da síndrome em humanos”, disse Lygia, que publica artigo sobre o estudo nesta quarta-feira (30/11) na edição on-line da revista PLoS One.
A síndrome de Marfan é uma doença autossômica dominante. Basta que uma das duas cópias do gene Fbn1 tenha alguma mutação patogênica para que o problema se manifeste clinicamente.
O resultado com as duas linhagens animou os cientistas da USP. Mas a análise mais detalhada de um dos tipos de camundongos reservava uma surpresa ainda maior. Os animais da linhagem 129/Sv eram isogênicos – tinham, como clones genéticos, exatamente o mesmo DNA – e, ainda assim, expressavam clinicamente a doença em estágios completamente díspares.
Comparados com roedores de um grupo de controle, sem a doença, 16% dos 129/Sv podiam ser classificados como animais assintomáticos, 38% apresentavam um quadro tido como moderado da síndrome e 46% foram classificados como casos graves.
Nesse caso, não se pode atribuir os diversos graus de severidade da doença a eventuais diferenças no material genético dos camundongos. “Fatores epigenéticos podem estar por trás do surgimento de fenótipos (aparência física) distintos nos animais dessa linhagem”, disse Lygia.
Modernamente, a epigenética é definida como o estudo de mudanças no funcionamento do genoma de um organismo que podem ser herdadas, passadas de uma geração a outra, apesar de não ter ocorrido qualquer alteração na sequência original de DNA.
A influência do ambiente e o fato de uma determinada parte do genoma ter vindo do pai (em vez da mãe) podem ser interpretados como fatores epigenéticos, como elementos que, embora externos ao código genético propriamente dito, podem ter repercussões na expressão (ativação) de genes e, assim, modificar a manifestação clínica de uma doença.
“A biologia é muito complexa e ainda não conhecemos todas as variáveis que influenciam o funcionamento dos genes”, disse Lygia.
O artigo A New Mouse Model for Marfan Syndrome Presents Phenotypic Variability Associated with the Genetic Background and Overall Levels of Fbn1 Expression (doi:10.1371/journal.pone.0014136), de Lygia Pereira e outros, pode ser lido em www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0014136.
Por Marcos Pivetta - Agência FAPESP
Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13119/as-varias-faces-da-sindrome-de-marfan.htm