Estresse, depressão e síndrome do pânico. Essas doenças são cada vez mais comuns nos ambientes de trabalho. As causas podem ser desde a antipatia com alguns colegas de trabalho, violência moral até a pressão e a falta de reconhecimento por parte dos empregadores. Atualmente, com as novas tecnologias, a globalização, e a rapidez do mundo moderno, aumentaram ainda mais as demandas no trabalho e, com elas, as cobranças. Segundo o professor de psicologia da Universidade Católica de Brasília, Emílio Facas, essas cobranças, acompanhadas da falta de reconhecimento, têm sido as principais causas das doenças psicológicas no trabalho.

"O que acontece é que cada vez mais, ao invés de facilitar a vida do trabalhador, se cobra mais dele. E não se dá as condições adequadas. Tem o reconhecimento do esforço do trabalhador. A gente tem modos de gestão perversos que cobram mais e não retribuem"

Um brasiliense, que não quis ser identificado, é um exemplo desses trabalhadores que sofreram com a pressão exagerada no trabalho. Depois de alguns anos, ele descobriu que estava com síndrome do pânico.

"Eu adquiri a síndrome do pânico pela pressão do trabalho, muitas preocupações. Eu tenho várias situações em que você tem que lhe dar e às vezes não encontra saída. E isso vai te dando um pânico, uma sensação de mal estar, pressão cardíaca, a pressão começa a aumentar. São diversas situações que você encontra quando tem a síndrome"

O brasiliense lembra que, na época, a síndrome do pânico não era comum e ele teve dificuldade em descobrir que tinha a doença. Ao sentir sintomas como: falta de sono, estresse e ansiedade recorrentes, o trabalhador deve procurar ajuda de um especialista. Essas e outras informações sobre as doenças psicológicas do trabalho estão no livro: Psicodinâmica e Clínica do Trabalho - Temas, interfaces e casos brasileiros.

 

 

Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100726

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