Dados do Departamento de DST/ Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde revelam que, de 2005 a 2009, aumentou o número de brasileiros que procuraram a rede pública de saúde para fazer teste de HIV. Em 2005 somente seiscentas e oitenta mil pessoas mil fizeram o teste rápido. Neste ano, três milhões de pessoas terão o acesso ao mesmo teste. Outros cinco milhões de brasileiros procuraram o teste tradicional para detectar o HIV. O investimento do Ministério da Saúde na compra desses testes também aumentou. Em 2005, foram investidos cerca de quarenta milhões de reais na compra de testes rápidos e o tradicional Eliza. Só neste ano, o ministério deve investir setenta e um milhões na compra desses testes. Segundo a assessora técnica do Departamento de DST/ Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Lilian Inocêncio, a grande procura pelos testes foi impulsionada principalmente pela tecnologia oferecida pela rede pública de saúde brasileira.
"Você introduz um teste de uma alta tecnologia para você ter mais facilmente esses resultados, que antigamente até levava um pouco mais, levava dois meses para uma pessoa saber. E ele não, você chega no serviço, fala eu quero me testar. Trinta minutos tem o resultado. Dali ele já sai com o encaminhamento. Passar por um psicólogo por um médico", explica Lilian Inocêncio.
Lílian Inocêncio ressalta ainda que, por ser uma doença crônica, quanto mais rápida a Aids for diagnosticada, melhor.
"Quanto mais cedo a pessoa ir ao serviço de saúde se testar, independente se ela está doente ou não, ela vai lá para fazer o check-up e ela pode pedir para o médico um exame de anti-HIV. Se ela fazer o exame e ela for soropositiva, então é muito melhor para o sistema que ela entre mais precocemente por que quando você sabe do estado imunológico da pessoa você pode fazer a intervenção muito mais rápido então ela ai ter uma qualidade de vida, um prolongamento de vida muito melhor", explica Lilian Inocêncio.
Segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Lilian Inocêncio, em 2003, o teste rápido foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde a fim de ampliar e facilitar o diagnóstico da Aids no País. Antes dele, a triagem do sangue coletado, o teste Eliza, era o mais usado no País. Os testes são disponíveis na rede pública de saúde de todo o Brasil, inclusive nos municípios de difícil localidade.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde