Não é difícil andar pelas ruas e encontrar adolescentes cada vez mais altos, alguns com mais de dois metros de altura. Normalmente, esse fenômeno do crescimento excessivo acontece por volta dos dezesseis anos, mas não tem uma causa específica. De acordo com a especialista em distúrbio de crescimento e endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores, Maria Christina Kurdian, cada jovem desenvolve um motivo para crescer muito e só um profissional pode dizer a causa e recomendar o melhor tratamento. Ela afirma, no entanto, que o País passou por uma fase de aceleração secular do crescimento, ou seja, os adolescentes passaram a crescer mais nos últimos anos.

"Agora a altura final maior está relacionada à essa aceleração do crescimento que houve nas últimas décadas, mas relacionada ao controle de doenças, vacina, a pessoa comer melhor. Mas praticamente já cessou essa aceleração, que a gente chama de aceleração secular do crescimento, ela já cessou. Quer dizer, as pessoas não estão continuando a crescerem mais, mas se você for comparar a Era atual com cinqüenta anos atrás, com certeza as pessoas são mais altas", explica Maria Christina Kurdian.

A endocrinologista alerta também que os pais precisam ficar atentos ao desenvolvimento dos filhos. Segundo Maria Christina Kurdian, alguns sintomas do distúrbio de crescimento exagerado aparecem logo na infância.

"Uma criança de três anos, quatro anos, cresce, em média, por ano seis centímetros. Então, se uma criança ta crescendo muito mais do que isso caracteriza que ela está com um distúrbio do crescimento, no sentido de um crescimento exagerado, um crescimento muito acelerado. O pediatra sabe qual é a velocidade que a criança cresce. Até a mãe em casa vai ver que a criança está perdendo as roupas muito rapidamente, na escola está maior do que as outras crianças da turminha dela."

A especialista em distúrbio de crescimento e endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores alerta também que medicamentos para bloquear o crescimento têm sempre efeitos colaterais indesejáveis. O ideal é procurar um endocrinologista para receber orientações corretas. Maria Christina Kurdian destaca que também é importante controlar o peso para evitar doenças mais graves.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS100611

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