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O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) vai construir um novo prédio voltado exclusivamente ao tratamento de dependência química e de álcool. Com 40 leitos, o local também abrigará uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps-ad), que atenderá 25 pacientes de alta complexidade por dia, e uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que receberá 14 famílias diariamente. A implantação deve ser concluída em dois anos e meio.
Para construir o prédio, cerca de R$ 11 milhões já estão empenhados, por meio de uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Os recursos serão exclusivos para as obras e outros R$ 400 mil por ano estão previstos para manutenção do prédio.
“O projeto está em fase final de elaboração e em março os editais de licitação deverão ser lançados”, anuncia o especialista em tratamento de dependências químicas do Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC, Arthur Guerra de Andrade, que integra o projeto, ressaltando que as obras deverão começar até o fim deste ano. “A implantação total será feita em um ano e meio após o início das obras.”
O prédio, que também terá escritórios, centros de pesquisa, salas de aula e salas de reuniões para familiares, deverá ser implantado em uma área de 3 mil metros quadrados, ao lado do Hospital das Clínicas. Outro Centro Colaborador, semelhante a este de São Paulo, deverá ser implantado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “A mesma parceria com a Senad foi firmada no Rio Grande do Sul”, finaliza Andrade.
Referência
De acordo com Arthur Guerra de Andrade, o objetivo é que o novo espaço seja referência na formulação de políticas públicas nacionais, realização de pesquisas e tratamento.
“O foco não pode estar apenas no médico, mas também na assistência social. A intervenção médica é mais eficaz quando se tem um diagnóstico social do paciente”, informa o psiquiatra, lembrando que a internação deve ser usada somente em último caso.
Para traçar esse diagnóstico social, o centro contará com equipes multidisciplinares, com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos, responsáveis por conhecer o cenário social do paciente: se ele tem emprego, família, quem são os amigos e se o uso de drogas e álcool faz parte do dia-a-dia dele.
“Essa equipe terá um papel fundamental na prevenção de recaídas”, destaca Andrade, acrescentando que esses profissionais serão contratados pelo HC por meio do programa de residência multiprofissional, aprovado pelo Estado no fim do ano passado. “Serão jovens residentes, atuando em moldes semelhantes à Residência Médica”, explica.
(Com informações da Agência HC de Notícias e da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde)
Agência USP de Notícias
Link de acesso: http://www.usp.br/agen/?p=47537
Brasília – No Dia Mundial do Câncer, lembrado hoje (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a doença é a segunda principal causa de mortes em todo o mundo – perde apenas para doenças cardiovasculares.
Tumores no pulmão, nas mamas, no fígado e na região colorretal provocam a maioria dos óbitos registrados por câncer. A incidência da doença, de acordo com o órgão, pode ser reduzida por meio de estratégias de prevenção, de detecção precoce e de tratamento.
Os fatores de risco listados pela OMS e relacionados ao câncer incluem o uso de tabaco; infecções crônicas por vírus como o da hepatite B e o HPV; sobrepeso e obesidade; radiação; hábitos alimentares ruins; sedentarismo; abuso no consumo de álcool; e exposição a substâncias químicas.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante
Brasília – Cento e cinquenta minutos (duas horas e meia) por semana de atividade física aeróbica moderada podem reduzir o risco de câncer de mama e de cólon, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Dia Mundial do Câncer, lembrado hoje (4), o órgão informou que a atividade física tem um papel importante na redução da incidência de certos tipos de tumores e que o sedentarismo é o quarto maior fator de risco quando se considera o total de óbitos registrados em todo o mundo.
De acordo com a OMS, atualmente, 31% da população global não pratica nenhum tipo de atividade física. O sedentarismo está associado a 3,2 milhões de mortes anuais, sendo 2,6 milhões em países pobres e em desenvolvimento, além de 670 mil óbitos prematuros (pessoas com menos de 60 anos).
Em 2008, quase 460 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de mama e cerca de 610 mil homens por causa do câncer colorretal.
A orientação de 150 minutos por semana de atividade física aeróbica moderada vale para pessoas com 18 anos ou mais. Entre 5 e 17 anos, a recomendação é de pelo menos 60 minutos de atividade física moderada ou alta.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, descobriram que mulheres filhas de mães vítimas de ataque cardíaco ou derrame cerebral têm grandes chances de ter os mesmos problemas. Para o diretor do Instituto do Coração de São Paulo, Antônio de Pádua Mansur, a pesquisa revelou um fato inédito. Segundo ele, até hoje o antecedente familiar não era considerado fator de risco.
"Os familiares que tiveram o derrame, a gente não computava isso. Então, por exemplo, pai e mãe que tiveram derrame não entravam como antecedente familiar. Só entravam aqueles que tiveram o infarto ou uma doença coronariana. Então, esse estudo agora mostrou que, além de considerar o antecedente de infarto, também o antecedente do derrame é muito importante. A mesma coisa para influenciar no desenvolvimento de taquicardia. Isso vai acrescentar um pouco mais na variação de risco do indivíduo."
Sobre os riscos de derrames e ataques cardíacos, o diretor alerta ainda para outros fatores de risco como fumo, pressão alta ou diabetes.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110106
Além de ajudar na saúde, a alegria, a felicidade e outros sentimentos positivos podem melhorar a qualidade de vida. É o que revela um grupo de cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, que revisou todas as pesquisas científicas sobre o assunto. No estudo, os pesquisadores constataram que sentimentos bons são importantes no combate ao estresse e outras doenças. Para o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, isso acontece por que as emoções agem diretamente no metabolismo das pessoas.
"As emoções positivas, o bem estar psicológico, favorece uma série de reações metabólicas positivas, com hormônios e também com o que nós chamamos de mediadores inflamatórios, potencializando positivamente a reação imunológica da pessoa. Então, o bem estar que a pessoa sente, com emoções positivas, influi na qualidade de vida, possivelmente até no prolongamento da vida, na reação aos tratamentos, na prevenção de câncer e doenças infecciosas."
Ainda segundo Jorge Curi, as pessoas de bem com a vida combatem outro inimigo da saúde: o estresse. Para viver bem e com saúde, Curi indica alimentação saudável e atividades físicas regulares, sempre associadas ao controle do estresse.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110109