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Um levantamento recente da SBH, Sociedade Brasileira de Hepatologia, revelou que cerca de 20 por cento da população brasileira tem gordura excessiva no fígado. O problema, conhecido como osteatose hepática, já é uma das principais causas de cirrose no país. De acordo com o gastroenterologista e presidente da SBH, Raymundo Paraná Filho, a doença não apresenta sintomas. Ele explica que hábitos saudáveis podem prevenir o problema.
"É uma situação da atualidade. Nós temos hoje uma população cada vez mais sedentária, a população que ingere fast-food; a comida mais simples, mais rápida, mais calórica; ingere muito açúcar e não queima nada porque é uma população que trabalha na frente do computador. Inclusive as crianças. Portanto, sedentarismo, maus hábitos alimentares e carga genética determinam a evolução para essa doença."
O gastroenterologista afirma que, em alguns casos, só o transplante resolve. Ele alerta para o tratamento correto da doença.
"E tratando a osteatose hepática nós estaríamos tratando a síndrome metabólica e, portanto, reduzindo o risco de diabetes e doenças coronarianas no futuro. O tratamento é comportamental, inicialmente. É uma dieta rica em fibras, pobre em gorduras e açúcar. E a outra situação é a atividade física. Exercício físico é fundamental."
O gastroenterologista e presidente da SBH, Raymundo Paraná Filho, explica que a gordura acumulada no fígado vem essencialmente da alimentação. Carne vermelha, salgadinhos, frituras e biscoitos recheados são alguns itens que devem ser evitados.
Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110141
Estruturar as redes assistenciais em traumatologia e ortopedia no país. Esse é objetivo do Projeto Suporte, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Há cinco anos, o projeto promove cirurgias de alto custo como prótese de quadril e de joelho. O projeto, que conta com a parceria do Ministério da Saúde, já atendeu mais de três mil pessoas e operou mais de mil e seiscentos pacientes. Segundo o coordenador do projeto, José Luiz Ramalho, objetivo é oferecer cirurgias de alta complexidade em estados que não têm capacidade de atender a demanda local.
"A gente consegue fazer um mapeamento de demanda utilizando da central nacional de alta complexidade. A gente já tem uma fila de demanda, com nome e sobrenome. Vai ao estado, faz uma visita de avaliação, onde vai o médico ortopedista e um médico anestesista. Selecionar dentre esses pacientes que estão aguardando cirurgia os que têm o perfil melhor pra uma ação naquele determinado estado. E retorna de duas a quatro semanas depois com uma equipe completa: anestesista, ortopedistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem com o material necessário para poder realizar as cirurgias."
José Luiz Ramalho explica ainda que, para realizar as ações do projeto Suporte, o Into conta com o apoio da rede de saúde local:
"A gente já tem um hospital referenciado pela própria secretaria para realizar as cirurgias. Tem um acordo com o hospital para disponibilizar para que a gente possa realizar as cirurgias. Os profissionais daquela determinada secretaria participam ativamente com a gente nas ações como uma forma de capacitação e a gente tenta realizar o maior número de cirurgias ao longo de uma semana de trabalho."
Segundo José Luiz Ramalho, de 2005 a 2010, o protejo Suporte realizou oitenta e sete ações em todos os estados. Na próxima semana, será a vez do Acre receber o projeto. A equipe de avaliação vai selecionar trinta pacientes para serem operados em março.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110140
Brasília – Medicamentos para hipertensão e diabetes passam a ser distribuídos gratuitamente a partir de hoje (14) pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular. Cerca de 15 mil drogarias em todo o país estão conveniadas ao programa.
Anteriormente, o governo pagava 90% do valor dos medicamentos para hipertensão e diabetes e o cidadão tinha de arcar com o restante.
Para ter acesso aos remédios, é preciso apresentar um documento com foto, o CPF e a receita médica que comprove a necessidade do medicamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil hipertensos e diabéticos devem ser beneficiados com a medida.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Brasília - Duzentas e duas bulas de medicamentos comercializados no Brasil já foram adequadas às novas regras e encontram-se disponíveis para consulta no site da Agência Nacional de Saúde e Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com as novas regras, as informações contidas nas bulas vão garantir mais segurança, clareza e facilidade de compreensão para os usuários.
Entre as principais mudanças está a determinação de aumento no tamanho da letra, a obrigatoriedade do alerta de doping para atletas - de acordo com as determinações do Comitê Olímpico Internacional (COI) – e a chamada explicação técnica. Essa última regra garante que os termos técnicos sejam explicados em linguagem acessível ao paciente.
Outra mudança importante é a obrigação de se fazer adaptações para deficientes visuais. Segundo as novas regras, as empresas deverão oferecer bulas em formatos digitais, de áudio, impressas em braille ou com fonte ampliada, a depender da necessidade e escolha do consumidor.
A norma é resultado de uma discussão com a população, por meio de consulta pública, e começou a ser implementada no ano passado. Progressivamente, todas as bulas serão incorporadas ao Bulário Eletrônico. A medida é resultado de uma parceria entre o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor e a Anvisa.
Por Christina Machado - Repórter da Agência Brasil
Edição: Andréa Quintiere
São Paulo - Um levantamento feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Octavio Frias de Oliveira, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), indica que 95% dos casos de câncer de testículo são verificados em pessoas com até 35 anos e que 60% dos pacientes chegam ao hospital com a doença em estágio avançado, tendo que passar por quimioterapia.
O instituto atende por ano 200 pacientes com a doença, cujos principais sintomas são a dor e o aumento do volume dos testículos. Para combatê-la de forma eficaz, é necessário o diagnóstico precoce. O primeiro passo é o autoexame. Esse tipo de câncer pode aparecer a partir dos 15 anos em homens com problemas crônicos de atrofia ou de testículos que não tenham descido para a bolsa escrotal.
“Essas anomalias levam a alterações celulares que podem gerar a doença. É preciso alertar os homens que, quando há esse tipo de alteração, o melhor é procurar o urologista, que vai conseguir avaliar com segurança para ver se o problema é benigno ou pode ser grave”, disse o coordenador do Setor de Urologia do Icesp, Marcos Dall'Oglio.
Segundo ele, a doença pode causar a morte, mas, se descoberta no estágio inicial, as chances de cura são de 100%. “Tudo depende do estágio do tumor. Em estágios mais avançados, a chance de cura chega a 50%, com tratamento cirúrgico e quimioterapia.”
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade