Emagrecimento
Você sabia que o óleo de abacate pode ser benéfico para a saúde e ainda pode ajudar a emagrecer? É isso mesmo. De acordo com a nutricionista Ana Fornari,ele melhora o quadro de dislipidemia, atua como coadjuvante no tratamento da obesidade, possui efeito benéfico na imunidade e vem sendo considerado um coadjuvante no controle glicêmico. Além disso, estudos comprovam o seu benefício na prevenção do início e progressão da aterosclerose, podendo reduzir o risco de doenças cardiovasculares (DCV).
O mais recente levantamento sobre obesidade no Brasil, realizado pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de pessoas acima do peso no país passou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o estudo indicou também que o número de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Aqueles famosos pneuzinhos na barriga incomodam e muito esteticamente, porém, você sabia que elas também fazem mal à saúde? É isso mesmo. Segundo a endocrinologista Cláudia Chang ela é preocupante e deve ser eliminada. Ela explica que a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que põe glicose do sangue para "dentro" das células. Quando se está acima do peso ou com excesso de concentração de gordura na região abdominal (gordura visceral), a insulina passa a ter "dificuldade" para agir, instalando-se assim um quadro de resistência.
O que o organismo faz para tentar "superar" essa resistência? Produz mais insulina. O problema é que a insulina em excesso gera ganho de peso (ela é um hormônio que produz energia, anabólico), estabelecendo-se assim um círculo vicioso. Como o pâncreas tem sua demanda metabólica muito aumentada (trabalha muito acima da capacidade que deveria), pode chegar uma hora que não consegue mais manter esse "ritmo de produção". "Daí, surgem as alterações glicêmicas que vão desde glicemia de jejum alterada e intolerância a carboidrato (feito pelo teste oral de tolerância a glicose ou curva glicêmica) até o diabetes franco", explica ela.
Existem duas formas de se medir a circunferência abdominal. A mais fácil é na linha da cicatriz umbilical (a outra forma seria no meio entre a borda da última costela e a parte mais alta do osso do quadril, que chamamos de crista ilíaca). Quanto menor a circunferência abdominal, melhor. A endocrinologista explica que existem dois consensos que podem ser usados na prática diária que determinam os valores ideais de circunferência:
- de 2001 (NCEP/ATPIII): que considera valor ideal <102 cm homens e <88 cm mulheres;
- de 2004 (IDF): que considera nível mais baixo (94 cm para homens e 80 cm para mulheres de descendência europeia) e faz uma diferenciação quanto à raça, pois os orientais tendem a apresentar quadro de resistência insulínica com valores de circunferência mais baixos (85 cm para homens e 90 cm para mulheres japonesas).
A resistência insulínica é o principal componente da síndrome metabólica, que consiste basicamente na elevação dos níveis da pressão arterial (hipertensão), alterações nos níveis de colesterol (colesterol bom ou HDL baixo; colesterol ruim LDL alto; elevação dos triglicérides), excesso de peso predominantemente abdominal (gordura visceral) e alterações glicêmicas que vão desde quadros iniciais de alteração na glicemia de jejum e após sobrecarga (pré-diabetes), até o diagnóstico de diabetes franco.
A intervenção mais eficaz para reverter o processo de resistência insulínica é o emagrecimento associado à atividade física. "No estudo DPP – Diabetes Prevention Program – foi visto que naquelas pessoas que tinham quadro de pré-diabetes a modificação do estilo de vida foi mais eficaz do que a medicação para resistência insulínica utilizada isoladamente", diz Cláudia.
De acordo com Cláudia, o ideal seria adotar hábitos alimentares mais saudáveis, com diminuição da quantidade de carboidratos simples (açúcar refinado), dando preferência para carboidratos complexos e integrais (arroz e pão integral). A dieta à base de proteína teria o efeito de ser mais sacietógena (indivíduo sente menos fome) e, como a proteína não utiliza este mecanismo envolvido do metabolismo da insulina, não haveria uma dificuldade de ação na mesma. A cautela que se deve ter é que o corpo tem um "limiar" de absorção proteica (em média 1,5 g/kg/dia). Acima disso, o organismo não consegue estocar e acaba eliminando. O responsável pela eliminação desse excesso de proteína é o rim, ou seja, pessoas com histórico de cálculo renal e alteração da função renal têm de ter muita cautela.
Outro cuidado é para não aumentar a quantidade de gordura da dieta decorrente do aumento proteico, principalmente gordura saturada, que é a pior para o organismo. "O ideal ainda é uma alimentação balanceada associada a um programa regular de atividade física", finaliza Cláudia.
Dra. Cláudia Chang é graduada pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Formada em Endocrinologia e Metabologia pela UNESP. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela USP. Coordenadora e Professora de Pós-Graduação em Endocrinologia pelo ISMD.
Quem já não ouviu falar sobre os suplementos termogênicos, que auxiliam na queima de gordura e emagrecimento? Nos últimos anos esses suplementos têm se tornado famosos devido à sua comprovada eficiência. Mas o que muitos não sabem é que existem muitos alimentos que são termogênicos naturais, dos quais podemos usufruir dos mesmos benefícios que os suplementos.
Usar o hormônio do crescimento em tratamentos com crianças e adolescentes é bem comum, porém, o GH (Growth Hormone) também pode ser usado em adultos.