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Aqueles famosos pneuzinhos na barriga incomodam e muito esteticamente, porém, você sabia que elas também fazem mal à saúde? É isso mesmo. Segundo a endocrinologista Cláudia Chang ela é preocupante e deve ser eliminada. Ela explica que a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que põe glicose do sangue para "dentro" das células. Quando se está acima do peso ou com excesso de concentração de gordura na região abdominal (gordura visceral), a insulina passa a ter "dificuldade" para agir, instalando-se assim um quadro de resistência.

O que o organismo faz para tentar "superar" essa resistência? Produz mais insulina. O problema é que a insulina em excesso gera ganho de peso (ela é um hormônio que produz energia, anabólico), estabelecendo-se assim um círculo vicioso. Como o pâncreas tem sua demanda metabólica muito aumentada (trabalha muito acima da capacidade que deveria), pode chegar uma hora que não consegue mais manter esse "ritmo de produção". "Daí, surgem as alterações glicêmicas que vão desde glicemia de jejum alterada e intolerância a carboidrato (feito pelo teste oral de tolerância a glicose ou curva glicêmica) até o diabetes franco", explica ela.

Existem duas formas de se medir a circunferência abdominal. A mais fácil é na linha da cicatriz umbilical (a outra forma seria no meio entre a borda da última costela e a parte mais alta do osso do quadril, que chamamos de crista ilíaca). Quanto menor a circunferência abdominal, melhor. A endocrinologista explica que existem dois consensos que podem ser usados na prática diária que determinam os valores ideais de circunferência:

- de 2001 (NCEP/ATPIII): que considera valor ideal <102 cm homens e <88 cm mulheres;

- de 2004 (IDF): que considera nível mais baixo (94 cm para homens e 80 cm para mulheres de descendência europeia) e faz uma diferenciação quanto à raça, pois os orientais tendem a apresentar quadro de resistência insulínica com valores de circunferência mais baixos (85 cm para homens e 90 cm para mulheres japonesas).

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