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Nunca é tarde para começar a praticar exercícios físicos. Pelo menos é o que aponta um estudo da University College London, em Londres, que constatou os benefícios da atividade física para o coração, mesmo que iniciada tardiamente, após os 40 ou 50 anos de idade.
Publicado na revista científica Circulation, o estudo britânico verificou que pessoas que se exercitavam pelas duas horas e meia de atividades recomendadas apresentavam menores índices de marcadores inflamatórios no sangue. Segundo os especialistas, esses marcadores inflamatórios, quando em grandes quantidades, estão associados ao aumento de risco de problemas cardiológicos.
Para se beneficiar com a proteção dos exercícios ao coração, não é necessário praticar atividades pesadas na academia. De acordo com a pesquisa, a jardinagem e algumas caminhadas vigorosas já são suficientes para preencher a demanda de duas horas e meia de exercícios semanais exigidos pelos especialistas.
Apesar de não se tratar de um estudo inédito, tendo em vista que outras pesquisas já comprovaram os benefícios dos exercícios físicos, desta vez foi possível verificar a redução de problemas cardíacos, mesmo para pessoas que iniciaram as atividades na faixa etária que compreende 40-50 anos.
Ainda que sejam necessários novos estudos para comprovar quais são os efeitos positivos em relação a doenças cardíacas específicas, já é possível afirmar que exercícios moderados ajudam a proteger o coração de quem está na meia-idade. "Por exemplo, andar em vez de pegar o ônibus. Você pode beneficiar sua saúde com atividades moderadas em qualquer momento da sua vida", orienta Mark Hamer, chefe do estudo.
Fonte: BBC
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou hoje a campanha de atualização da caderneta de vacinação das crianças. O objetivo é melhorar a cobertura vacinal do público infantil, e ela será realizada em conjunto com o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país.
A campanha acontecerá entre os dias 18 e 24 de agosto, sendo o dia 18, sábado, o dia D de divulgação e mobilização nacional.
A população-alvo são as crianças menores de cinco anos. A criança deve ser levada a um posto de vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde), com a caderneta de vacinação, para que o profissional de saúde avalie cada situação e veja as vacinas que a criança ainda não tomou. Estarão disponíveis para esta ação todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10-valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). A pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP) também passam a fazer parte do calendário básico da criança.
Para esta campanha foram disponibilizados R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. O público-alvo nesta faixa etária é de 14,1 milhões de crianças.
Pentavalente
A vacina é injetável e em uma única aplicação reúne a proteção de duas vacinas, a tetravalente (que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) e a vacina contra a hepatite B.
Ela será ministrada aos dois, quatro e seis meses de vida. Além desta, a criança manterá os dois reforços com a DTP, sendo que o primeiro deve ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos.
Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. A vacina hepatite B também ficará disponível a outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a hepatite B.
Pólio Inativada
As crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil a partir de agora irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
Enquanto a pólio não for erradicada no mundo (ela ainda existe em três países – Nigéria, Afeganistão e Paquistão), o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP). Quando ocorrer a erradicação da doença no mundo, o Brasil fará uso apenas da vacina inativada (VIP), que será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada), transformando-se na vacina heptavalente.
Vacina Oral
As doses da vacinação oral contra a poliomielite visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.
Até hoje, a criança recebia a vacina oral poliomielite (VOP) em todo o esquema vacinal, aos dois meses (primeira dose), quatro meses (segunda dose), seis meses (terceira dose) e aos 15 meses (reforço). Agora, nas duas primeiras doses (2 e 4 meses de idade) a criança receberá a vacina inativada poliomielite (VIP) e na terceira dose (seis meses) e no reforço (15 meses) receberá a VOP. Vale salientar que a criança menor de cinco anos de idade que iniciou esquema com a VOP deverá completar o esquema com a mesma vacina. Já a criança menor de cinco anos que ainda não iniciou esquema com a VOP deverá seguir o esquema sequencial.
Vitamina A
Também foi anunciada durante a entrevista coletiva a oferta de suplemento de vitamina A para as crianças menores de 5 anos moradoras das regiões Norte, Nordeste e do Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri, em Minas Gerais, medida que integra o Programa Brasil Carinhoso, que tem como objetivo a superação da extrema pobreza na primeira infância.
Para as demais regiões do país, no decorrer do ano, a suplementação de vitamina A será realizada durante a rotina de Atenção Integral à Saúde das Crianças, que acontece nas Unidades Básicas de Saúde. Até o final do ano, a suplementação será ampliada às demais unidades da federação, contemplando 3.034 municípios em todos os estados brasileiros. Serão incluídos todos os municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria, além dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
A suplementação contribui para reduzir a gravidade das infecções, para a diminuição da mortalidade infantil e contribui também para a saúde da visão e o pleno desenvolvimento cognitivo. A criança deve receber duas doses anuais (não injetáveis), uma a cada seis meses.
Cada município ficará responsável pela estratégia para identificação das crianças, de seis meses a menores de cinco anos, que deverão ser atendidas. A identificação pode ser por demanda espontânea nos postos de saúde ou por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.
Fonte: Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), inaugurou ontem (13) o Laboratório de Tabaco e Derivados (Labtab), o primeiro da América Latina e o sexto do mundo voltado exclusivamente para análise de produtos derivados do tabaco.
Com investimento de R$ 4 milhões, o Labtab será utilizado pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Brasil e consolida a liderança do país nas políticas de controle do tabaco.
"O Labtab passa a ser um laboratório que vai, na prática, verificar se aquilo que está sendo autorizado pela Anvisa de conteúdo [para cigarros, cigarrilhas e charutos] é exatamente o que a indústria do tabaco está colocando nestes produtos. Toda norma, toda regulamentação que a gente faz tem o sentido de prevenir os efeitos maléficos – principalmente de algumas substâncias que contenham esses produtos", afirmou o diretor-geral da Anvisa, Agenor Álvares.
De acordo com Luiz Santini, diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a política nacional antitabagismo vem obtendo êxito na prevenção do uso do tabaco e haverá um grande avanço com a inauguração do novo laboratório.
"Nós do Inca participamos e acompanhamos todo o processo, que se constitui em um importante recurso tecnológico para fortalecer a política nacional de controle de tabaco no país. O laboratório vem acrescentar valor e qualidade a essa política", opinou.
Anualmente no Brasil, o tabagismo é a causa de morte de até 200 mil pessoas, sendo que a prevalência de fumantes, segundo o Inca, é de 17,2% da população com idades que compreendem 15 anos ou mais.
Fonte: Agência Brasil
Um levantamento realizado pelo Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência nacional em cardiologia, salientou a importância dos cuidados com a alimentação também na infância. Segundo o estudo, feito com 100 crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, cerca de 30% das crianças com histórico familiar de cardiopatias têm colesterol total elevado.
O estudo também mostrou que, do total, 8% dos entrevistados apresentavam uma quantidade de LDL, que é o "colesterol ruim", aumentado, enquanto 45% apresentavam uma quantidade de HDL, que é o colesterol bom, abaixo do necessário.
Além dos níveis de colesterol elevados, 40% das crianças avaliadas eram sedentárias e 87% ingeriam quantidade excessiva de gorduras.
Segundo Cristiane Kovacs, nutricionista do hospital estadual Dante Pazzanese, o aumento do colesterol ruim e a diminuição do bom é uma das causas de doenças cardiovasculares, por isso a importância de uma alimentação adequada também na infância. "A adoção de hábitos saudáveis na infância, com alimentação balanceada e prática de atividade física, pode ser o caminho para a prevenção e o controle de problemas de saúde no futuro. Isso porque hábitos inadequados adquiridos ao longo da vida são muito mais difíceis de serem modificados na fase adulta", alerta Cristiane.
Um estudo realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, revelou que a vacina contra a tuberculose pode trazer resultados positivos no tratamento contra o diabetes do tipo 1, chamado de "autoimune".
Divulgada na edição de quarta-feira (8) da revista PLoS ONE, a pesquisa está na sua segunda fase de testes. Segundo os pesquisadores, a vacina é feita a partir de uma modificação da vacina utilizada para evitar a tuberculose, a BCG, que tem como um de seus efeitos colaterais o aumento de uma substância que causa a morte das células de defesa que atacam o pâncreas.
O diabetes do tipo 1, mais comum em pessoas com menos de 35 anos, tem como característica o ataque do organismo contra si mesmo, especificamente contra as células produtoras de insulina, um hormônio que controla o nível de açúcar no sangue.
Por outro lado, o diabetes do tipo 2, mais comum em outras faixas etárias e também mais perigoso, está ligado a fatores relacionados à obesidade e sedentarismo. Neste caso, o pâncreas passa a falhar parcialmente, comprometendo a produção de insulina gradativamente.
Com a vacina BCG modificada, que irá beneficiar apenas pacientes do diabetes do tipo 1, pretende-se retomar a produção natural da insulina, segundo a líder da pesquisa, Denise Faustman. "Estamos tentando criar um tratamento que de fato seja capaz de reverter o diabetes do tipo 1 em pessoas que estão vivendo com essa doença", explica.
Apesar dos efeitos benéficos da vacina, neste caso vale ressaltar que a imunização não previne a doença, mas sim colabora com a reversão da mesma.
Fonte: Hype Science