O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou hoje a campanha de atualização da caderneta de vacinação das crianças. O objetivo é melhorar a cobertura vacinal do público infantil, e ela será realizada em conjunto com o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país.

A campanha acontecerá entre os dias 18 e 24 de agosto, sendo o dia 18, sábado, o dia D de divulgação e mobilização nacional.

A população-alvo são as crianças menores de cinco anos. A criança deve ser levada a um posto de vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde), com a caderneta de vacinação, para que o profissional de saúde avalie cada situação e veja as vacinas que a criança ainda não tomou. Estarão disponíveis para esta ação todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10-valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). A pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP) também passam a fazer parte do calendário básico da criança.

Para esta campanha foram disponibilizados R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. O público-alvo nesta faixa etária é de 14,1 milhões de crianças.

 

Pentavalente

A vacina é injetável e em uma única aplicação reúne a proteção de duas vacinas, a tetravalente (que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) e a vacina contra a hepatite B.

Ela será ministrada aos dois, quatro e seis meses de vida. Além desta, a criança manterá os dois reforços com a DTP, sendo que o primeiro deve ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos.

Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. A vacina hepatite B também ficará disponível a outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a hepatite B.

 

Pólio Inativada

As crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil a partir de agora irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

Enquanto a pólio não for erradicada no mundo (ela ainda existe em três países – Nigéria, Afeganistão e Paquistão), o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP). Quando ocorrer a erradicação da doença no mundo, o Brasil fará uso apenas da vacina inativada (VIP), que será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada), transformando-se na vacina heptavalente.

 

Vacina Oral

As doses da vacinação oral contra a poliomielite visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

Até hoje, a criança recebia a vacina oral poliomielite (VOP) em todo o esquema vacinal, aos dois meses (primeira dose), quatro meses (segunda dose), seis meses (terceira dose) e aos 15 meses (reforço). Agora, nas duas primeiras doses (2 e 4 meses de idade) a criança receberá a vacina inativada poliomielite (VIP) e na terceira dose (seis meses) e no reforço (15 meses) receberá a VOP. Vale salientar que a criança menor de cinco anos de idade que iniciou esquema com a VOP deverá completar o esquema com a mesma vacina. Já a criança menor de cinco anos que ainda não iniciou esquema com a VOP deverá seguir o esquema sequencial.

 

Vitamina A

Também foi anunciada durante a entrevista coletiva a oferta de suplemento de vitamina A para as crianças menores de 5 anos moradoras das regiões Norte, Nordeste e do Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri, em Minas Gerais, medida que integra o Programa Brasil Carinhoso, que tem como objetivo a superação da extrema pobreza na primeira infância.

Para as demais regiões do país, no decorrer do ano, a suplementação de vitamina A será realizada durante a rotina de Atenção Integral à Saúde das Crianças, que acontece nas Unidades Básicas de Saúde. Até o final do ano, a suplementação será ampliada às demais unidades da federação, contemplando 3.034 municípios em todos os estados brasileiros. Serão incluídos todos os municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria, além dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

A suplementação contribui para reduzir a gravidade das infecções, para a diminuição da mortalidade infantil e contribui também para a saúde da visão e o pleno desenvolvimento cognitivo. A criança deve receber duas doses anuais (não injetáveis), uma a cada seis meses.

Cada município ficará responsável pela estratégia para identificação das crianças, de seis meses a menores de cinco anos, que deverão ser atendidas. A identificação pode ser por demanda espontânea nos postos de saúde ou por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Publicidade