Notícias
O Ministério da Saúde vai incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) mais cinco medicamentos para o tratamento de pessoas portadoras de artrite reumatoide, totalizando assim todos os medicamentos biológicos disponíveis no mercado e registrados na Agência Nacional de Saúde (Anvisa).
Os medicamentos que passam a ser oferecidos no SUS são: abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. "A expectativa é ampliar o acesso e garantir medicamentos da mais alta tecnologia para os pacientes, melhorando a qualidade do tratamento e reduzindo as complicações da doença. A partir da decisão, esperamos ainda uma redução significativa dos gastos do Ministério com esses medicamentos", afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Atualmente, o SUS disponibiliza 10 medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos (adalimumabe, etanercepte, infliximabe), que atendem cerca de 30 mil pessoas. A escolha sobre qual medicamento usar deve ser baseada nas características do paciente, segurança, comodidade posológica, tratamentos prévios e concomitantes, conforme definição em protocolo clínico do Ministério da Saúde. O protocolo será revisto e atualizado a partir dessas incorporações.
Os medicamentos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente.
O secretário de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, considera a medida um avanço na política tecnológica de saúde. "O Ministério da Saúde está tomando a dianteira na incorporação de produtos de alto impacto para o cidadão. Estamos colocando a tecnologia a serviço do SUS, gerando alternativas de tratamento, reduzindo custos e ampliando o acesso", afirma o secretário.
O Ministério da Saúde gasta, em média, R$ 25 mil por ano com cada paciente que utiliza medicamentos biológicos. Com esta novidade, e com as negociações com os laboratórios envolvidos, o custo do tratamento por paciente pode cair para, até, R$ 13 mil por ano.
O SUS tem o prazo de até 180 dias, a partir da publicação da portaria, para efetivar a oferta dos medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu ontem (10) a venda, distribuição e uso do lote 3EB03 do medicamento Bronxol Xarope Adulto, fabricado em março de 2012 e com prazo de validade até março de 2014. A medida é válida em todo o país.
Segundo a resolução do órgão, publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, a empresa farmacêutica responsável pela fabricação identificou que os frascos do referido lote foram rotulados erroneamente para o uso infantil, quando na verdade deveriam ser destinados apenas para adultos.
Em vigor desde a data da publicação, a resolução da Anvisa determina o recolhimento imediato do estoque do medicamento no mercado.
Fonte: Anvisa
Um estudo realizado com camundongos na Universidade de Washington apontou que dormir mal pode ser uma indicação inicial de Alzheimer. Acredita-se que um componente-chave da doença seja a formação de placas de proteínas no cérebro e os pesquisadores mostraram que os camundongos têm o sono interrompido quando essas placas começam a ser formadas.
Se essa relação for comprovada, a informação pode ser uma importante ferramenta para o tratamento da doença, já que, quanto mais cedo se descobrem os sinais do Alzheimer, mais efetivo tende a ser o seu tratamento.
Na pesquisa, foi constatado que camundongos de hábitos noturnos costumam dormir 40 minutos a cada hora, porém, assim que as placas começaram a ser formadas, o período de sono foi reduzido para 30 minutos. "Se estas anormalidades começam cedo assim no desenvolvimento do Alzheimer humano, elas podem nos fornecer um sintoma facilmente perceptível (da doença)", disse um dos pesquisadores, David Holtzman.
Porém, nem sempre descobertas em camundongos são aplicáveis a seres humanos e especialistas afirmaram ser necessários mais estudos para que se tenha uma visão mais clara do problema.
Fonte: BBC Brasil
Um estudo da Universidade de Stanford divulgado na última semana, nos Estados Unidos, iniciou uma polêmica sobre os alimentos orgânicos. De acordo com os resultados, a comida orgânica não é mais nutritiva do que outros tipos de alimentos, apesar de demonstrar conter até 30% menos de agrotóxicos.
A pesquisa contradiz o que muitos especialistas em nutrição revelam a respeito dos alimentos orgânicos e recebeu críticas de ativistas que fazem campanha favorável à agricultura sustentável e ao consumo de produtos orgânicos. Porém, na média, não foram detectadas diferenças na tabela nutricional desses produtos.
Realizado com base em dados de 17 estudos que comparavam pessoas que comiam alimentos orgânicos com outras que não comiam, o trabalho contou também com a observação de outros 223 estudos sobre fungos, bactérias, nutrientes e agrotóxicos em diversos alimentos como leite, ovos, frutas, legumes e carnes.
"Alguns acreditam que comida orgânica é sempre mais saudável e com mais nutrientes. Nós ficamos um pouco surpresos de não descobrirmos isso", admite o pesquisador-chefe, Crystal Smith-Spangler.
Por definição, alimentos orgânicos são aqueles cultivados sem o uso de agrotóxicos ou defensivos agrícolas, com o emprego de técnicas que agridem menos o meio ambiente. Além disso, esse tipo de cultivo não utiliza modificações genéticas, sendo assim considerado mais "natural".
Para os críticos da pesquisa americana, conclusões de longo prazo são impossíveis, já que nenhum dos trabalhos analisados pelo estudo de Stanford durou mais de dois anos. "Um estudo do Reino Unido usando uma análise correta das estatísticas descobriu que a maioria das diferenças nos níveis de nutrientes entre frutas e legumes orgânicos e não orgânicos vistos neste estudo dos Estados Unidos é, na verdade, muito significativa", justificou a Associação do Solo, entidade que defende o plantio sustentável.
Fonte: BBC Brasil
O Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), lançou ontem a Campanha Nacional de Enfrentamento do Câncer Colorretal, com o objetivo de orientar a população e sensibilizar os profissionais da área de saúde, capacitando-os para o acolhimento do tratamento.
Este tipo de câncer ataca o intestino grosso. Lesões inicialmente benignas vão crescendo na parede do cólon e, se associadas com predisposição genética e hábitos não saudáveis de vida, podem transformar-se em câncer com o tempo.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal é o segundo tipo mais prevalente no mundo. Em 2010 foram registrados 13.344 óbitos decorrentes do câncer colorretal, sendo 6.452 em homens e 6.892 em mulheres.
No lançamento da campanha, que aconteceu durante a cerimônia de abertura do 61° Congresso Brasileiro de Coloproctologia, em Belo Horizonte (MG), foram distribuídas duas mil cartilhas aos especialistas presentes no congresso. Elas também serão disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde e nos serviços especializados, com dicas de prevenção, tratamento e sintomas da doença.
Estrutura – O Sistema Único de Saúde (SUS) garante assistência aos pacientes que possuem a doença. O Ministério da Saúde investe por ano, em média, R$ 7 milhões com a realização de quimioterapia. Só no primeiro quadrimestre de 2012, foram realizadas 3.012 quimioterapias no tratamento do câncer colorretal.
As Unidades Básicas de Saúde disponibilizam o exame e a consulta e, caso sejam identificados indícios da doença, o paciente é encaminhado para um serviço de referência. Ao todo são 273 serviços habilitados – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) –, que oferecem cirurgias, quimioterapia, radioterapia, nutrição enteral/parenteral e tratamentos paliativos.
Prevenção e sintomas – A doença pode ser identificada por meio de sangue nas fezes, dores e cólicas abdominais frequentes, por mais de 30 dias, alteração no ritmo intestinal, emagrecimento rápido, anemia, cansaço e fraqueza.
Para prevenir a doença, o ideal é evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos. A ingestão de álcool também não é recomendada, mesmo que em pequena quantidade, pois é fator de risco para esse tipo de câncer, assim como o hábito de fumar.
Fonte: Ministério da Saúde