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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (17) a apreensão e inutilização do lote 3115 do produto Butazona, na apresentação 100 comprimidos e na apresentação 10 comprimidos, sem lote declarado, ambos com fabricação de fevereiro de 2012 e validade até junho de 2014. A medida é válida em todo o país.
Segundo resolução publicada ontem no Diário Oficial da União, a empresa fabricante e detentora do registro do remédio em território nacional revelou que amostras do lote em questão foram submetidas a análises laboratoriais e análises comparativas visuais, que verificaram que o produto não foi fabricado pelo laboratório.
Ainda de acordo com o texto, o medicamento Butazona estaria sendo vendido de forma clandestina no país. Para a Anvisa, a medida tem como objetivo o interesse sanitário e entra em vigor a partir da data da sua publicação.
A Butazona é um medicamento frequentemente indicado contra doenças reumáticas como a gota, uma inflamação provocada pelo excesso de ácido úrico no corpo, além de artrite e artrose, que atingem as articulações e comprometem a função das mãos e de outros membros.
Fonte: Anvisa
Pesquisadores brasileiros do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) e de mais cinco institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos desenvolveram um novo método de diagnóstico da leucemia. Agora, será possível ter mais precisão e rapidez nesse tipo de análise, além de um melhor monitoramento da resposta do organismo ao tratamento quimioterápico.
Atualmente, para diagnosticar esse tipo de câncer do sangue, é feita uma análise das alterações estruturais dos cromossomos nas células. Neste método, as células são observadas uma a uma no microscópio, permitindo o estudo de apenas 20 delas. Por outro lado, com a nova técnica, o mesmo processo é realizado, mas com um diferencial: a capacidade de análise de até 30 mil células é feita em menor tempo.
De acordo com um dos pesquisadores e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Rodrigo Calado, o novo método de diagnóstico usa o citômetro de fluxo, um aparelho que atualmente é usado em exames de linfócitos em pacientes portadores do vírus HIV ou com anemia aplástica e fibrose pulmonar, que são ocasionadas por anormalidades nos telômeros dos cromossomos.
Ao combinar o citômetro de fluxo com o método antigo, denominado fluorescência, notou-se uma maior eficiência do processo. "Combinamos os dois para poder analisar uma grande quantidade de células", afirmou Calado.
Além de poder ser utilizado no diagnóstico, o método que emprega o citômetro de fluxo ofereceu aos pesquisadores uma importante ferramenta no acompanhamento das respostas do organismo ao tratamento do câncer. "Se havia, no começo, 100% de células com alteração no cromossomo e, com o passar do tempo, o número diminuiu para 1%, isso indica que o tratamento está sendo efetivo", completou o pesquisador.
Para desenvolver o novo método, Calado revela que foram necessários dois anos de pesquisa. No entanto, para que ele esteja disponível à população, serão necessários mais três ou quatro anos, já que os laboratórios devem ainda adaptar o que já existe para poder fazer esse método.
Fonte: Agência Brasil
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Bioquímica, Ciência da Alimentação e Nutrição da Universidade Hebraica de Jerusalém diz que consumir gordura em horários controlados pode emagrecer. A prática faz com que o metabolismo não acumule a gordura ingerida, e sim a utilize para produzir energia.
Até agora a informação que se tinha, com base em outras pesquisas, era que alimentar mamíferos com uma dieta rica em gordura prejudicava o metabolismo e levava à obesidade.
A pesquisa israelense, que foi divulgada na publicação científica da Federação de Sociedades Americanas de Biologia, queria estudar a hipótese de que ingerir gorduras sempre na mesma hora regularia o relógio biológico e reduziria os efeitos da gordura.
O estudo foi feito com quatro grupos de ratos, que foram alimentados com dietas muito ou pouco gordurosas durante 18 semanas. Um grupo recebia alimentos ricos em gorduras na mesma hora e durante o mesmo período de tempo todos os dias. Outro grupo recebia pouca gordura em alimentos fixos, outro recebia pouca gordura sem horário fixo e o último se alimentava com muita gordura sem horário fixo.
No final da experiência, os quatro grupos engordaram, no entanto, os ratos que comiam gordura em horários controlados ganharam menos peso do que os que tinham ingerido pouca gordura, apesar de ambos terem consumido a mesma quantidade de calorias totais. Outra constatação foi a de que nos ratos controlados a gordura ingerida não foi acumulada, mas sim utilizada pelo organismo para produzir energia nos períodos entre as refeições.
Fonte: BBC
O Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), unidade da rede pública estadual e maior centro de oncologia da América Latina, faz um alerta para que pacientes em tratamento de câncer mantenham a vacinação em dia. Isso porque, em função do tratamento, esses pacientes se tornam imunodeprimidos, por isso, manter a caderneta em dia pode prevenir doenças, o que é importante para o bom estado clínico do paciente.
De acordo com o Icesp, o paciente em tratamento oncológico pode receber vacinas com patógenos mortos ou com vírus e bactérias inativados, como a da influenza, pneumonia e tétano. Já as imunizações que apresentam vírus e bactérias atenuados, como a da tríplice viral e a de febre amarela, não devem ser ministradas a esses pacientes ou a pessoas portadoras de outras doenças que causem imunodepressão.
Os familiares e cuidadores desses pacientes também devem manter a vacinação em dia, para evitar a transmissão cruzada de doenças.
Um estudo britânico publicado na revista Nature anunciou um grande avanço no tratamento da surdez, ao usar células-tronco para restabelecer a audição de animais. Os pesquisadores afirmam ter conseguido recuperar parcialmente a audição de ratos, ao reconstruir os nervos do ouvido que transmitem os sons para o cérebro. Em humanos, isso significa que alguém incapaz de ouvir o barulho de um congestionamento consiga escutar uma conversa normal.
No entanto, os pesquisadores admitem que aplicar tal tratamento em seres humanos ainda é um projeto distante.
Para ouvir, as pessoas precisam que seus ouvidos convertam as ondas sonoras em sinais elétricos que podem ser compreendidos pelo cérebro. Isso ocorre dentro do ouvido interno, onde as vibrações movem cílios minúsculos – e esse movimento cria um sinal elétrico. Em cerca de uma em cada dez pessoas com surdez profunda, as células nervosas que deveriam captar o sinal não funcionam corretamente. É como derrubar o bastão na primeira passagem de uma prova de revezamento.
O objetivo principal dos pesquisadores era substituir as células nervosas com defeito. Para isso, utilizaram células-tronco de um embrião humano, que são capazes de se desenvolver em outros tipos de células do corpo humano – de nervos à pele, passando por músculos e rins, entre outros.
Uma mistura química foi acrescentada às células-tronco para convertê-las em células parecidas com os neurônios do gânglio espiral.
Essa mistura foi injetada no ouvido interno de 18 roedores surdos e após 10 semanas foi constatado que a audição dos roedores melhorou. Em cerca de 45% dos animais testados, a capacidade de audição foi restaurada ao final do estudo. Cerca de um terço dos ratos respondeu bem ao tratamento e alguns recuperaram 90% da audição. Apenas menos de um terço não apresentou reação alguma.
"Isso significaria passar de tão surdo que você não pode ouvir um caminhão na rua a um nível em que você pode ouvir uma conversa", diz o cientista Marcelo Rivolta.
Esperança - os roedores usados na pesquisa foram gerbilos, que são capazes de ouvir uma variedade de sons semelhante à ouvida pelos humanos e diferente da dos camundongos.
O estudo também deve reacender a polêmica sobre a segurança e a ética de tratamentos com células-tronco. "É um grande momento, realmente um importante avanço", avalia o cientista Dave Moore, diretor do Conselho de Pesquisa Médica do Instituto de Pesquisa sobre Audição, em Nottingham.
"A pesquisa é incrivelmente encorajadora e nos dá uma esperança real de que será possível corrigir a verdadeira causa de alguns tipos de perda da audição no futuro", diz o pesquisador Ralph Holme, chefe de pesquisas biomédicas da organização beneficente Action on Hearing Loss.
Fonte: BBC