Notícias
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pretende regular as justificativas das operadoras dos planos de saúde para as negativas de autorização para procedimentos médicos, como consultas, exames e cirurgias. A decisão virá por meio de uma consulta pública com a sociedade civil, que será realizada a partir de quinta-feira (27).
Segundo o órgão, caso a proposta seja aceita, as operadoras de planos de saúde deverão informar, por meio escrito ou eletrônico, em linguagem clara e adequada, o motivo da não autorização do procedimento, apontando a cláusula contratual ou dispositivo legal que a justifique.
Para emitir a justificativa por carta ou e-mail, caso o consumidor solicite, a operadora de plano de saúde terá o prazo de até 48 horas para fazê-lo, exceto em casos de urgência ou emergência, que exigirão comunicação imediata. Caso descumpram a medida, as operadoras estão sujeitas a multa de até R$ 30 mil.
Aberta à sociedade, a consulta pública receberá sugestões do dia 27 de setembro ao dia 26 de outubro e está disponível no site da ANS no endereço:
Fatores ambientais, principalmente a poluição por agentes químicos, podem estar relacionados a um novo tipo de doença: a tireoidite química autoimune. A possibilidade foi levantada por uma pesquisa recente da professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Maria Angela Zaccarelli Marino, que foi aceita para a publicação em um dos mais renomados periódicos sobre imunologia, o Journal of Clinical Immunology.
O estudo analisou, durante 15 anos, moradores da capital paulista e de outras quatro cidades do Grande ABC, por meio de acompanhamento e avaliação de mais de 6 mil pacientes por consultas médicas e exames laboratoriais de sangue com dosagem dos hormônios tireoidianos.
Os primeiros passos da pesquisa tiveram início em 1989, quando foram constatados muitos casos de tireoidite crônica autoimune na divisa entre Santo André, São Paulo e Mauá, região onde estão instaladas várias indústrias do setor petroquímico. A partir daí, foram avaliadas 6.306 pessoas, com idade entre 5 e 78 anos.
De acordo com Zaccarelli, os pacientes foram divididos em dois grupos conforme o local de moradia: 3.356 pacientes do grupo 1, que residiam em locais próximos às indústrias petroquímicas, e 2.950 pacientes do grupo 2, que moravam em regiões mais afastadas da região industrial.
Resultados obtidos
Durante os primeiros anos de estudos, os resultados mostraram que, em 1992, apenas 2,5% da população do grupo 1 apresentava sintomas da tireoidite crônica autoimune. Pouco menos de 10 anos depois, em 2001, o mesmo grupo apresentava taxa de 57,6%, enquanto a população do grupo 2 não apresentou aumento significativo.
"A poluição pode ser o fator desencadeante para formação de anticorpos antitireoidianos, que são substâncias que agridem a glândula tireoide, ocasionando a tireoidite crônica autoimune. Os poluentes funcionariam como gatilho para desencadear o problema", detalhou a pesquisadora.
Além da poluição, Zaccarelli completa que outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, vitiligo, lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla, podem estar relacionadas à tireoidite crônica autoimune. "Em crianças, o aumento de casos de tireoidite crônica autoimune foi acima de 40% no período estudado. São dados preocupantes, visto que a doença é a maior causa de hipotireoidismo primário, que se não for tratado adequadamente pode levar a danos irreversíveis", ressalta.
Fonte: Agência Brasil
Dor de cabeça é algo comum e para resolver, basta tomar um analgésico, certo? Segundo o Instituto Nacional de Excelência Clínica e de Saúde (Nice, na sigla em inglês), errado. De acordo com o Instituto, o uso contínuo de remédios para dor de cabeça pode causar ainda mais dores, por conta de um "ciclo vicioso". "Pessoas que ingerem medicamentos regularmente, como acido acetilsalicíilico, paracetamol e tripitano, podem estar causando mais dor do que alívio a si mesmas", diz documento elaborado pelo painel. "Enquanto tratamentos de farmácia são eficientes para aliviar dores de cabeça ocasionais, acredita-se que uma em cada 50 pessoas sofra dores causadas pelo excesso de medicação, e a incidência é cinco vezes maior entre as mulheres."
Não há dados específicos sobre a incidência do problema na Grã-Bretanha, país onde foi feito o estudo, mas estudos feitos em outros países sugerem que entre 1 e 2% da população é afetada por dores de cabeça. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em alguns grupos pesquisados a incidência chega a 5% da população. No Brasil, estudos de 2009 apontam a incidência de enxaqueca em cerca de 15% da população.
Na Inglaterra e no País de Gales os médicos agora são orientados a alertar os pacientes para que suspendam imediatamente o uso dos analgésicos, porém os sintomas podem demorar aproximadamente um mês para passar.
Os especialistas acreditam que as pessoas afetadas tenham começado a ter dores de cabeça comuns diárias e o problema foi se agravando à medida que se automedicavam. Manjit Matharu, neurologista consultor do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia, disse que, em geral, a automedicação se torna um problema sério quando os pacientes começam a ingerir analgésicos por dez a 15 dias todo mês.
"Isso é um grande problema para a população. O número de pessoas com excesso de uso de remédios para dor de cabeça já é de um a cada 50. Isso representa aproximadamente 1 milhão de pessoas que têm dor de cabeça diariamente ou quase diariamente devido ao uso de analgésicos", diz Matharu.
A vulnerabilidade ao excesso de medicação para dor de cabeça também pode ser algo genético, em pessoas com histórico familiar de dores de cabeça. Elas podem ser mais suscetíveis aos analgésicos, mesmo que estes não sejam específicos para dor de cabeça.
'Diagnóstico mais preciso'
Os médicos do Instituto sugerem acupuntura para pacientes suscetíveis a enxaquecas e dores de cabeça tensionais.
De acordo com Wendy Thomas, chefe da Fundação Enxaqueca da Grã-Bretanha, essas orientações deverão ajudar o trabalho dos médicos. "As medidas vão colaborar para um diagnóstico mais preciso, recomendações apropriadas e informações baseadas em evidências para aqueles com dores de cabeça perturbadoras. Também vão conscientizar sobre os excessos de automedicação, que podem ser um problema sério para aqueles com dores de cabeça graves."
Fonte: BBC
Um estudo feito por pesquisadores americanos constatou que a visão da mulher e do homem é diferente. Segundo o estudo, os olhos dos homens são mais sensíveis aos pequenos detalhes e aos objetos que se movem em grande velocidade, já as mulheres distinguem cores com mais facilidade.
Esse resultado foi obtido depois de dois estudos paralelos. Em um deles, foi apresentada aos participantes uma amostra de uma cor específica e eles tinham que descrever a cor usando uma série de termos predeterminados. Dessa forma, o psicólogo Isaac Abramov descobriu que homens e mulheres descreviam a mesma cor de forma diferente. "Ambos veem o azul como azul, mas que porcentagem de vermelho veem na cor difere se o indivíduo é homem ou mulher", diz Abramov. Isso explica por que as mulheres são melhores quando se trata de combinar cores ou de buscar tons semelhantes entre si.
O outro estudo se concentrou em como cada sexo percebe os detalhes e as imagens em movimento e os pesquisadores constataram que os homens detectam os detalhes, por mínimo que seja, com mais facilidade. "Por exemplo, se um avião ingressa em nosso campo visual, como um ponto ínfimo no horizonte, o homem o notará antes da mulher", diz o cientista.
São inúmeras as hipóteses que podem explicar essa diferença. "Uma explicação possível é que no cérebro se encontram receptores do hormônio masculino, testosterona, e a maior concentração desse hormônio está na parte superior do cérebro – o córtex cerebral –, que é a principal zona visual", destaca.
Outra teoria está relacionada à evolução. O homem, como caçador, viu evoluir sua capacidade de ver à distância uma presa ou um animal que pudesse representar uma ameaça, enquanto as mulheres aperfeiçoaram suas capacidades para melhorar seu desempenho como coletoras.
Segundo Abramov, essas diferenças são sutis e afetam a visão em seu nível mais primário.
Além disso, isso não afeta a percepção – ao menos no que se sabe até o momento –, já que esta se alimenta de muitos outros fatores, como a educação, a memória e os interesses.
Fonte: BBC
O cartunista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, lançou na última segunda-feira (17) o primeiro gibi com personagens soropositivos, Igor e Vitória. Por meio deles, Maurício pretende abordar questões que envolvem o impacto social da síndrome, como o convívio com crianças portadoras do vírus, além de discutir conceitos sobre o que é a doença e como é a sua forma de contágio.
Segundo Christiano Ramos, presidente da ONG Amigos da Vida, que propôs a ideia dos personagens, a criação dos personagens poderá resolver um problema existente detectado nas mídias para crianças. "O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a AIDS com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças", afirmou.
Esta não é a primeira vez que Maurício de Sousa investe na criação de personagens com a intenção de informar e conscientizar leitores. Anteriormente, o cartunista já havia criado personagens como Dorinha (deficiente visual), Humberto (mudo) e Luca (deficiente físico), mostrando que crianças com limitações físicas são normais e devem ser tratadas como tal.
Para o cartunista, existe a chance de que Igor e Vitória sejam incluídos no elenco permanente de Turma da Mônica. "Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugere medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal", ressaltou Maurício.
A princípio, serão distribuídos gratuitamente cerca de 30 mil exemplares do gibi em brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais de uma das redes patrocinadoras da iniciativa e em hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
Segundo a ONG, a expectativa é que as histórias de Igor e Vitória cheguem ainda neste ano a outras cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife.
Fonte: Agência Brasil